domingo, 9 de dezembro de 2012

“Macanudismo, quadrinhos, desenhos e pinturas de Liniers”.

Ao entrar na exposição, percebi a quantidade de detalhes para querer mostrar o lado bom e ruim da vida. De cara, podemos até perceber que se trata de uma exposição série, mas ao “estudar” a exibição, notei que o artista puxa muito para o humor. Como que Liniers tem a paciência e as ideias de passar ao mundo tudo que temos a oferecer? Delicado e detalhista, o quadrinista Argentino se parece pouco comigo. Posso até notar a diferença entre o bom e o ruim, até saber mostrar, mas da forma que ele encontrou, nunca.

As histórias são pequenas e diretas. Já as pinturas, muito abstratas e até difíceis de fazer. Ele une diversos quadros para fazer a pintura em todos eles, dando trabalho e paciência, coisa que eu tenho pouca.

As historinhas chamam atenção pela sinceridade e humor. Por exemplo, um que achei bastante engraçado: dois amigos estão na chuva e, ao abrir a sombrinha, a chuva para. Ao fechar, a mesma volta e assim sucessivamente. Enquanto isso, os amigos comentam um com o outro que “o dia hoje está mais para soluço”, dando a entender que a chuva está com soluço, pelo fato de cair e parar.

Tenho a plena certeza de que muitos vão ver a exposição, achar bonito e não entender o que ela passa. Outros entenderão, mas não terão paciência de ler todas as histórias em quadrinhos e outros vão ler todas e não entender. Posso falar por mim, não li todas, entendi algumas e gostei muito dos detalhes. É incrível como uma pessoa consegue mostrar a sociedade tamanha importância com a vida, humor e até o mítico e estranho mundo imaginário, com cabeças flutuantes e monstros de chapéu. Uma exposição quase que 100% surreal.

Ao final de tudo, gostei bastante e indico a quem quiser relaxar a mente e viajar um pouco no mundo surrealista, que pode trazer surpresa para cada tipo de leitura.

"Something about Alice"

O filme relata a história de Alice, uma menininha que “viaja” por um mundo completamente fantasioso. Ela adormece e logo em seguida acorda assustada, passeando por um lugar novo e esquisito. A história se passa em lugares estranhos e com criaturas ainda mais estranhas. Alice se transforma numa boneca e sai caminhando e conhecendo esse novo mundo.

Conhece o coelho atrasado, o chapeleiro maluco e a Rainha de Copas que corta a cabeça dos súditos que são acusados de cometer algum crime. Alice passeia tanto que faz amigos e inimigos. Ela tenta descobrir onde está, mas ninguém a ajuda. O único que poderia apoiá-la seria o coelho, mas ele sempre estava atrasado para algum compromisso. Ao longo do tempo, Alice vai tentando desvendar tudo e de repente, volta para onde estava, notando que tudo não se passou de um sonho.

O que dá a impressão é de que o roteiro do filme é o próprio livro escrito, a obra descrita. É notável por causa da ausência de diálogos e quando há, a voz da narração surge, dando a impressão ainda maior da descrição da obra.

Um filme estranho, impressionista, bizarro e até um pouco chocante. Mas a composição e o modo que foi feito, trás um grande up. A película é feita toda em stop-motion e trás um valor mais alto e notável para o telespectador. Um filme famoso, de arte e feito de um modo bastante valorizado pelo mundo do cinema.

A Cultura de Massa, a Policultura e a Sociedade

           As transformações no sistema de cultura do mundo desde a época de 1950 até os dias de hoje são notáveis. Nos tempos antigos, cultura era um termo muito comum na sociedade. Todos iam a um bom teatro, um cinema, e até assistir peças teatrais nas ruas mesmo. Davam valor à cultura. O tempo foi passando, e mesmo com o golpe militar e a repressão do governo, a população ainda insistiu. Muitos eram estudantes, que queriam um mundo melhor, um país melhor e retratavam isso em cultura.

            Com a chegada do século 21, a crise na cultura se exerce no país e a população passa a consagrar a tecnologia e a vida noturna, esquecendo e deixando de lado o que o Brasil tem de bom a oferecer. Bons filmes, peças teatrais entre outras formas de cultura. O que predomina nos dias de hoje é a cultura de massa, também chamada de cultura popular. É caracterizada pela imagens e fenômenos famosos que acontecem no mundo virtual, os “virais”, “redes sociais” etc, além de ser fortemente influenciada pela mídia de massa.

     Na cultura popular existem subculturas; crenças no superficial, consumismo, sensacionalismo e corrupção. O termo surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas.

          “Cultura de Massa é o total de ideias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream de uma dada cultura.” (Fonte: Internet). É entendível como cultura influenciada ou influenciável. Por que será que a cultura de antigamente foi dizimada? Será que estamos numa era de revoltas e desistências, já que a tecnologia e as teorias de informação estão dizendo que o mundo vai se acabar?

          Não se deve acreditar em tudo que é dito. O problema da sociedade é a influência. Grande parte da população é facilmente controlada por ela mesma. Quem diria que peças de teatro e filmes brasileiros não seriam um dos mais vistos? A influência do estrangeiro causou isso na sociedade. O cinema americano é o mais visto no país... além de que, famílias, influenciadas pelo externo, passam isso para seus precedentes, sem nem sequer, perceber.

      A sociedade precisa acordar para ter sua cultura de volta. Se diz “policultural”, mas resumindo é “farinha do mesmo saco”. Nota-se também, a vontade dos jovens de se soltar. Por exemplo: Se um jovem ouve da sociedade que ela é policultural, ele deseja seguir seu rumo e escolher sua própria cultura e seguimento, mas para isso, precisa da emancipação, causando um grande transtorno para a família, que lá no começo, ajudou a criar ele dessa forma.

          Acredito que bastou uma crise popular para dar início a várias crises na sociedade.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Antiguidade vira decoração em casa

           A partir do século XX, a decoração das casas mudou bastante. Entre as décadas de 50, 60 e 70, as cores predominavam e, o que chamamos de “brega” hoje em dia, era moda na época. Xadrez, azulejos de várias cores nas paredes, sofá e eletrodomésticos vermelhos, eram itens quase que obrigatórios nas residências dos brasileiros.

            O tempo foi passando e a “padronização” foi ganhando espaço. A partir do século XXI, as pessoas foram tomando gosto por tecnologia e cores mais suaves em suas casas, além de objetos novos, finos e de design arrojado. Mas como toda regra há uma exceção, de alguns tempos para cá, veio-se notando a grande presença de objetos antigos nas residências.

            A casa do Cerimonialista Marcilio Reinaux, trás desde uma referência do modernismo recifense ao antiquado gosto europeu. Com objetos desde o século XIX, Reinaux faz, da decoração de sua casa, um jogo de passado e presente.

“Estou no meio termo. Guardo apenas o que julgo interessante e que tenha em mim, despertado algum tipo de interesse. No meu caso, guardo objetos que sejam um referencial de fatos ou acontecimentos, os quais eu entenda, que precisam ser lembrados em futuro, seja por alguma necessidade ou por mero prazer de ter.” frisa Marcilio.

O termo “Memorabilia” é uma expressão latina que envolve esse imenso universo de guardar e colecionar objetos. Significa literalmente: "coisas que servem para serem lembradas". Embora sendo de ampla aplicação, mais se ajusta  a partir do momento em que se torna necessário recordar, recolher ou mesmo editar obras de autores antigos. Preservar a memória e projeta-la para a posteridade, parece ser o papel fundamental da memorabilia.

Assim, de certa forma, guardar objetos, por quaisquer que sejam as razões, históricas, sentimentais, mercantilistas, quem o faz, ou seja, quem guarda, está nada mais do que praticando uma boa forma de Memorabilia. Assim, diz-se que tudo o que teve um significado importante para uma pessoa, pode ser preservado e ou mesmo recuperado com uma memorabilia, que na prática é o recolher de forma preferencialmente organizada, experiências vivenciadas com objetos, conhecimentos adquiridos, enfim tudo aquilo que marcam a vida e pela importância que possuem devam ser preservadas.

“Todos os objetos que tenho em minha casa representam um pequeno fragmento de um  grande e maior "tesouro" posto. Cada um têm uma "história", algumas agregadas de valor sentimental, outras não.” Afirmou Marcilio.

A Cultura de Massa, a Policultura e a Sociedade


O livro se trata das transformações no sistema de cultura do mundo desde a época de 1950 até os dias de hoje. Nos tempos antigos, cultura era um termo muito comum na sociedade. Todos iam a um bom teatro, um cinema, e até assistir peças teatrais nas ruas mesmo. Davam valor à cultura. O tempo foi passando, e mesmo com o golpe militar e a repressão do governo, a população ainda insistiu. Muitos eram estudantes, que queriam um mundo melhor, um país melhor e retratavam isso em cultura.

Com a chegada do século 21, a crise na cultura se exerce no país e a população passa a consagrar a tecnologia e a vida noturna, esquecendo e deixando de lado o que o Brasil tem de bom a oferecer. Bons filmes, peças teatrais entre outras formas de cultura. O que predomina nos dias de hoje é a cultura de massa, também chamada de cultura popular. É caracterizada pela imagens e fenômenos famosos que acontecem no mundo virtual, os “virais”, “redes sociais” etc, além de ser fortemente influenciada pela mídia de massa.

Na cultura popular existem subculturas; crenças no superficial, consumismo, sensacionalismo e corrupção. O termo surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas.

“Cultura de Massa é o total de ideias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream de uma dada cultura.” (Fonte: Internet). É entendível como cultura influenciada ou influenciável. Por que será que a cultura de antigamente foi dizimada? Será que estamos numa era de revoltas e desistências, já que a tecnologia e as teorias de informação estão dizendo que o mundo vai se acabar?

Não se deve acreditar em tudo que é dito. O problema da sociedade é a influência. Grande parte da população é facilmente controlada por ela mesma. Quem diria que peças de teatro e filmes brasileiros não seriam um dos mais vistos? A influência do estrangeiro causou isso na sociedade. O cinema americano é o mais visto no país... além de que, famílias, influenciadas pelo externo, passam isso para seus precedentes, sem nem sequer, perceber.

A sociedade precisa acordar para ter sua cultura de volta. Se diz “policultural”, mas resumindo é “farinha do mesmo saco”. Nota-se também, a vontade dos jovens de se soltar. Por exemplo: Se um jovem ouve da sociedade que ela é policultural, ele deseja seguir seu rumo e escolher sua própria cultura e seguimento, mas para isso, precisa da emancipação, causando um grande transtorno para a família, que lá no começo, ajudou a criar ele dessa forma.

Acredito que bastou uma crise popular para dar início a várias crises na sociedade

domingo, 23 de setembro de 2012

Inveja mata

É uma pena saber que existem tantas pessoas que sentem inveja... Por que esse sentimento ainda é tão presente entre as pessoas? Inveja é pior que ciúme, pior que tristeza, pior até que o ódio, pois inveja é silenciosa e muitas vezes está ao seu lado, mas não percebemos pois ela é casada com a falsidade. Quem possui um sentimento desses, deveria se tratar, além de doentio é inconcebível um invejoso tratar tão bem quem por ele passa.

O pior de tudo não é nem a inveja... O pior mesmo são os invejosos dizerem que amam Deus. De que adianta amar o Senhor, ter toda uma vida de crença e amor à Ele, se no fundo tem um sentimento tão nojento? De que adianta se mostrar feliz, sempre brincando, compartilhando a crença em Deus, se tem inveja do próximo? Não sei; e também não sei se gostaria de saber...

Quando um invejoso se aproxima, este consegue ser tão imperceptível que passamos a acreditar e crer no que dizem. A inveja é um sentimento que transforma a pessoa em profissional da falsidade. É notável que muitos que tem inveja, sequer se afastam das vítimas; estão sempre presente, para jogar um mal olhado e todo mau sentimento que têm dentro de si.

Mas a vida é assim; é feita de desafios, e um deles é vencer a inveja alheia. Vou me juntar a Deus, pois sem Ele nada é possível na vida e vou conseguir ganhar dos invejosos, para ser um homem feliz e de destaque na vida. Já disse William Shakespeare: “Nunca desista de seus sonhos”.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amigo (20 de julho)

O que é “amigo”? Aquele irmão que pedimos a Deus? Companheiro de baladas, de festas, de reuniões? É aquele que sempre escuta? Que sempre está presente? Que sempre apoia, não importa o que você faça? Amigo? Ah, o amigo... Amigo é um ser especial.

Quando entramos para faculdade, descobrimos a importância de um amigo, pois lá só se encontram colegas. Raros os casos de amizades para o resto da vida, feitas na faculdade. Amigo de verdade é aquele que passa anos sem falar com você, e quando se reencontram, o tempo que passou nem é perceptível. É de uma intimidade tremenda.

Amigo é aquele que briga feio, discute, fala mal e minutos depois, está bem, como se nada tivesse acontecido. Amigo de verdade chega a ser aquele que tem mais liberdade que seu irmão ou primos.

Amigo é igual a diamante. Não pode ser feito, não pode ser escolhido. Tem de ser achado. Quando nos demos ao luxo de dizer que temos amigos de verdade, não importa a quantidade, podemos afirmar que temos sorte. Quando estamos na presença de amigos, nossa mente esquece de tudo e de todos. Só queremos aproveitar aquele momento.

Quando um amigo vai embora, ou até mesmo quando está doente, por algum motivo, o peso no coração é tão grande, que seu dia-a-dia não é o mesmo por um período. É triste saber que muitos ainda não têm o privilégio de uma boa amizade.

Mas eu posso dizer, eu tenho amigos de verdade! Feliz dia do amigo, para os meus amigos!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Consumismo

Ao entender o que significa o “consumismo”, percebemos o quão grave é a situação, principalmente no Brasil. Quando assisti o documentário “Criança: a alma do negócio” fiquei chocado com a quantidade de crianças que são consumistas. Mas o que mais me chamou atenção, não foi esse fator e sim o quão elas são influenciadas pela publicidade exposta quase que 24 horas por dia na televisão, meio de “diversão” das crianças de hoje.

O Brasil é um país de consumistas. Não são somente os pequenos que sofrem dessa, podemos chamar, quase doença. O ato acontece muito, por incrível que pareça nas classes médias baixas, onde existe a forma de parcelamento de compras. Mas um dos fatores de compra desses produtos é o simples fato de querer mostrar ao próximo que você também tem aquele instrumento que está na moda, mesmo que não possa pagar. Gente deixa de comer, de ter uma vida saudável, se transformam em devedores... tudo para ter o que a população chama de “moda”. Mas até onde vai esse consumismo imenso?

O consumismo hoje está ligado ao entretenimento, em outras palavras, a televisão. Propagandas de produtos, muitas vezes irregulares ou alimentos que possam causar algum tipo de incômodo são passadas ali, claramente para toda e qualquer pessoa vulnerável assistir. No caso das crianças, propagandas de roupas, comidas e eletrônicos são as mais mostradas. Não se tem mais a aparição de brinquedos, elas hoje querem é eletrônico, roupas da moda e shopping. Me choquei quando vi no documentário que uma das crianças entrevistadas queria ser rainha do mundo e morar num shopping.

Quanto mais consumo de produtos na moda, mais popular você é. Nos Estados Unidos da América, nenhum produto (com exceção de carros e casas) pode ser parcelado. Se você tem o dinheiro você compra; se não, junte e pode obter. Na minha visão, isso gera certo controle do consumismo para a sociedade. Me pergunto, por que não implantar esse projeto aqui no Brasil e vermos como funciona? É claro que antes, a publicidade necessitaria de ser diminuída e/ou até proibida em alguns casos.

3 questões sobre Ciência Política

1ª questão: Interpretar o comportamento dos personagens do filme “O Invasor” a partir de Hobbes e Maquiavel.

O filme mostra o lado negro da vida. A competição, a necessidade de vencer e até que ponto pode chegar o suborno e a máfia. O que muitos já sabem é que existe uma máfia por trás de quase tudo ilegal na vida. Até aí, tudo bem. Mas, quase metade dessas pessoas que sabem disso, não tem conhecimento de onde vem a máfia.

Tomamos como exemplo o filme; sócios contratam um matador para eliminar um terceiro sócio e ficar com a parte deste na empresa. Até o final do filme, vemos que há parcerias que são feitas e acordos sigilosos. Mas, quando o sócio correto decide abrir o jogo, é surpreendido com um policial corrupto que acoberta todo o caso, fazendo de mandante o sócio que planejou tudo.

De acordo com Maquiavel, o Estado e o governo devem ser mostrados como realmente são e não como deveriam ser. O que é explícito (somente para o telespectador) no filme. O que fica implícito é que a máfia continua e os segredos são muitos. Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado.

O matador contratado pelos sócios fez seu serviço, mas não ficou somente até aquele ponto. Ele cercava a vida dos empresários, fazendo de um inferno toda uma situação que, supostamente, era para ser extinta. Então, resumindo, na ideia de Hobbes, realmente, os empresários só poderiam ter paz se concordassem com o que o matador queria.


2ª questão: Interpretar o comportamento dos personagens do texto “Nossa história” que conta dos 26 anos do Movimento Sem Terra, a partir dos pensamentos de Rousseau e Locke.

Num país como o Brasil, onde governantes e concessionários se tornam “donos” das “terras públicas”, fica difícil o controle desses espaços, que deveriam ser usados para a melhoria dos cidadãos.

O Movimento Sem Terra (MST) completa, este ano, 26 anos. A maioria da população, quando ouvem falar do MST já associam a guerras, brigas, discussões e interrupções na vida metódica do país. Mas o que muitos não sabem é que o MST vem lutando pelos direitos que são nossos.

A Reforma Agrária é o ponto que mais é estudado e pedido pelo movimento. Um dos pontos principais é a produção de alimentos, que deve ser feita pensando no país, no melhor para sua população e não somente para exportação e baseado em bolsa de valores.

O que o MST vem fazendo é justamente o pensamento de Rousseau, em que ele fala que o homem não pode renunciar à sua liberdade, diferente do pensamento de Locke: "o homem, por ser livre por natureza, não pode ser privado dessa condição e submetido ao poder de outro sem o próprio consentimento".

O liberalismo, que é um sistema político-econômico baseado na defesa da liberdade individual, é explícito no texto e o que os teóricos pensam sobre o assunto é basicamente diferente.

Para Locke, o homem nasceu sob o “estado natural” ou “de natureza”: não existia poder comum ou lei estabelecida, exceto a lei natural, que é a razão humana e para Rousseau a democracia deveria dar-se de maneira direta.

Resumindo, se Locke pensa que o liberalismo parece ser maior do que a democracia, ao falar de Rousseau, temos exatamente a impressão contrária.


3ª questão: Relacionar o documentário “Vocação de poder” com o texto “Como Controlar o Representante? Considerações sobre as Eleições para a Câmara dos Deputados no Brasil” de Jairo Nicolau.

O documentário “Vocação de Poder” mostra todos os bastidores que é um ano de votação. Desde a candidatura, até a possível eleição do candidato. O documentário tenta mostrar como é a vida de cada um deles, com vídeos do dia a dia e como fazem para “buscar” seus votos. O espectador nota, a medida que vai se passando, o que é necessário para poder conseguir a confiança dos eleitores.

Muitos apelam para o poder já “inserido” em família, como é o caso do candidato a vereador que tem pais deputados. A influência que ele sofre dos pais é tamanha, que pode até ser confundida por alguns eleitores, achando que aquele candidato é igual ou parecido com seus ancestrais. Mas até que ponto pode chegar essa “influência”?

O que muitos eleitores não sabem (deveriam saber, pois o poder está em suas mãos) é que existem formas de controlar a atividade parlamentar no país. São alguns: lista aberta, votação apenas na legenda, coligações entre outras.

O que não fica exposto no documentário é o poder que é imposto à muitos dos candidatos. Tomamos como exemplo o caso do candidato Carlo Caiado. Família na política e novo quando se candidatou, Carlo sofreu forte pressão e assim, ganhando um poder imenso quando eleito. Era de se notar que ele tinha uma vocação ao poder, somente pela influência familiar, como é o caso do candidato com pais deputados, com poder ainda maior.

A candidatura da pastora Márcia foi um dos fatores que mais chamou atenção no filme. Só pelo fato dela já ter o “poder” em suas mãos, por ser pastora, de cara já havia conseguido muitos votos. Não foi surpresa para ninguém que ela tenha sido eleita.

Um dos elementos que o texto “Como Controlar o Representante? Considerações sobre as Eleições para a Câmara dos Deputados” de Jairo Nicolau abrange é a Clareza de responsabilidade, que permite os eleitores identificarem o partido responsável pelas políticas implementadas pelo governo, dando a eles um poder de votação ainda maior. Então, Jairo Nicolau afirma:

Portanto, um elemento fundamental para definir a clareza de responsabilidade é o grau de apoio parlamentar do governo. Os governos unipartidários e majoritários, tal como os gabinetes formados no Reino Unido nas décadas de 80 e 90, por exemplo, possibilitariam um alto grau de clareza de responsabilidade por parte do eleitor.

Análise crítica do seriado "Awake"

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, como requisito parcial à obtenção do grau do 2º GQ da disciplina Linguagens Audiovisuais sob orientação da professora Aline Grego.


Introdução

A semiótica é basicamente a ciência que estuda todos os fenômenos culturais, como se fossem sistemas significação, ou seja, que têm um significado. Há nela, uma série de ramificações como a semiótica estruturalista, que fala dos signos verbais; a semiótica Russa, que fala da linguagem, literatura e de outros fenômenos culturais; entre outras.

O instrumento que estudamos foi a série americana “Awake”, que significa “acordado”. A história, na verdade, contém duas versões. Um cidadão comum perde seus maiores desejos, seu filho e sua esposa, num acidente e, depois disso, vive duas vidas. Um dia ele acorda com a mulher e no outro com o filho.

O que queremos mostrar é a dúvida que fica ao telespectador do que é real e do que não é real. Se a vida que ele tem com o filho é a verdadeira, ou se quando ele está com a esposa, significa um sonho. Tudo isso fica a critério de descoberta e “achismo” do espectador.

Como o sema é a unidade mínima da semântica, cuja função é a de diferenciar significações, definimos a semiótica discursiva como comparação à série analisada. A visão de Algirdas Greimas é estruturalista da linguagem. Para ele a semiótica é a “teoria da significação”, que somente se torna operacional quando situa a análise em dois níveis. Ex.: masculino/feminino – plural/singular. No caso da série, vida/não vida – real/não real.


Dois sonhos, uma realidade.

Awake conta a história de Michael Britten, um detetive da polícia de Los Angeles que sofre um acidente de carro com a família, e a partir de então, se vê ligado a duas realidades, uma delas em que apenas sua mulher, Hannah, sobreviveu e a outra seu filho Rex. Essas duas vidas se alternam, a cada vez que Michael dorme, e assim, ele vive seus dias dividido entre a felicidade de ter sua família, pelo menos em parte junto a ele, e a dúvida de estar vivendo um sonho.

Cada realidade é identificada pelo espectador através do tom da fotografia utilizado em cena. O diretor utiliza as cores preferidas de Rex, o verde, e Hannah, o vermelho, para dar a textura das imagens e conduzir quem as acompanha, durante as trocas contínuas de realidade que Michael faz. Além disso, ele usa pulseiras, vermelha e verde, para distinguir em que realidade ele está acordando.

Michael tem que desvendar crimes nas duas realidades, que de alguma forma estão sempre conectados, se completando e só solucionando um, é possível encontrar a resposta para o outro. Para essa tarefa, ele conta com seus parceiros, Bird na realidade verde e Vega, na vermelha e divide seus medos e dúvidas com seus terapeutas, Dr. Evans e Dr. Lee, diferentes em cada realidade, os únicos a quem Michael confia em contar o que acontece e que a todo momento induzem Michael a acreditar que a realidade oposta, é apenas uma criação.

Em pequenas doses, o expectador ganha mais uma pista do mistério, e aos poucos descobre que a situação de Michael está ligada a algo muito maior, e que até seu acidente esconde um mistério envolvendo as pessoas em que mais ele confia.

Ficha técnica:

Diretor – Jeffrey Reiner
Atores: Jason Isaacs - Michael Britten; Laura Allen - Hannah Britten; Steve Harris - Detective Isaiah 'Bird' Freeman; Dylan Minnette - Rex Britten; BD Wong - Dr. John Lee.


Análise crítica

De acordo com os estudos propostos por Greimas, um filme tem que adquirir significado e sentido ao leitor. Para isso, é necessária uma junção de partículas encontradas no filme, seja através de um discurso, um zoom, o silêncio ou elementos fotográficos presentes na cena.

Analisando o seriado Awake, percebemos fortemente a presença da semiótica discursiva, em que, o enunciador utiliza a junção dos elementos da cena para dar significado ao discurso, fazendo com que, o espectador “participe” da trama. O que está visível e invisível é capaz de ser captado, produzindo sentido.

Tomemos como exemplo, a primeira cena do episódio piloto, em que, o acidente de carro aciona fortemente o barulho de estilhaços e a batida do carro na ribanceira. Você não precisa ouvir os gritos dos personagens que sofreram o acidente e tão pouco observar a cena de longe para entender que o carro está capotando em uma ribanceira.

Os sons produzidos em Awake chama-se banda sonora, que percorre todos os episódios, sem trilha sonora. Apenas o som das vozes (som representativo), os ruídos, sons naturais (sons figurativos), estão presentes, referindo-se aos objetos do “mundo real”.

Outra cena a ser analisada logo no início da série é o momento no qual o detetive Michael Britten está conversando com seus terapeutas. Não precisamos de nenhuma placa mostrando qual profissão eles exercem, pois o ambiente e o modo como os personagens conversam já pode ser subentendido. O mesmo acontece para o próprio personagem principal, através dos ícones presentes nele: roupa social, postura ereta, distintivo da polícia; o que nos leva a crer que ele é um policial.

Na enunciação percebe-se o olhar que institui e organiza o que se encena... O ponto de vista do qual se observam as coisas, é dizer, o eixo em torno do qual giram as imagens e sons e que, conjuntamente, dão as coordenadas para que o espectador também se situe na narrativa”. (CASETTI, Francesco)

No decorrer dos episódios, o enunciador apresenta grande influência no seu espectador, tentando conquistá-lo. Ele tenta injetar, de forma indireta, o seu ponto de vista, para fazer o espectador entender ou se perder, como acontece no seriado. A principal enunciação do seriado é a dúvida árdua para saber quem de fato está vivo, se é a sua mulher ou seu filho.

Neste caso, a contrariedade está presente, já que, se o filho estiver vivo, a relação com sua mulher não passa de um sonho; se sua mulher estiver viva, sua proximidade com o filho é irreal, ou seja, um pressupõe ao outro. Essa relação de realidade e fantasia é bem demarcada quando o diretor põe a cor azulada quando há cenas com o garoto e uma cor bem alaranjada transmitindo calor, que é a da sua mulher. A pulseira em que ele utiliza em cada dia é marca registrada do personagem para se situar com quem ele “passará” o dia.

O grande trunfo do diretor é conduzir o espectador à constante dúvida da real existência daquelas realidades paralelas ou da criação da mente de um homem que sofreu um grande trauma.


Referências bibliográficas

Awake (TV Series 2012) – IMDb
Disponível em: . Acesso em 30/05/2012

Créditos à Adriana Ribeiro, Carlos Prado e Vítor Albuquerque

terça-feira, 15 de maio de 2012

Observatórios de Mídia

Pesquisa apresentada à disciplina A Comunicação e a Cidadania, do curso de jornalismo Unicap, pelo aluno: Vítor Albuquerque. Orientação: Professora Ana Maria Veloso


1. Introdução
O que entendemos sobre Observatório de Mídia é justamente o estar observando a mídia ao seu redor. É o incentivo à formar organizações nacionais para acompanhar a mídia mundial.

No mundo de pesquisas, existem diversos artigos publicados e sites, representados por grandes jornalistas e pesquisadores como Ignácio Ramonet, que representam justamente pesquisas realizadas por esses autores; como é o exemplo do site http://www.observatoriodemidia.org.br.

Este tem como função buscar construir uma rede de Observatórios e outras organizações da sociedade civil.  Segue texto retirado do site:

O Observatório Brasileiro de Mídia foi fundado em janeiro de 2005 no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e é associado ao Media Watch Global, também criado no Fórum Social Mundial, em janeiro de 2003. O MWG – do qual fazem parte Ignácio Ramonet, Bernard Cassen, Roberto Sávio, Mario Lubetkin, Joaquim Ernesto Palhares e Carlos Tibúrcio entre outros jornalistas, pesquisadores e representantes da sociedade civil

Diversos pesquisadores vêm explorando cada vez mais o tema “Observatório de Mídia”, devido a fortes mudanças em concessões e a grande “audiência” de acontecimentos inadequados para o mundo da mídia.

Tomamos como exemplo, o caso da jornalista Fátima Bernardes, que passou mais de dez anos na bancada do Jornal Nacional da Rede Globo, e agora, com a mudança do diretor de jornalismo do JN, ela teve de sair da bancada, ficando no lugar, a esposa do autor da ação, Patrícia Poeta.

Este é um tema a se discutir e observar dentro da mídia. Como que, simplesmente, a mudança de diretores na concessão pode mover em tamanho padrão jornalístico somente para favorecer um caso que nem se engloba profissionalmente? É isto que os observatórios de mídia espalhados vêm a discutir unidos.


2. Desenvolvimento
Não há somente um Observatório de Mídia. Existem diversos espalhados pelo mundo. Tomamos como exemplo a pesquisa do professor Edgar Rebouças, da Universidade Federal do Espírito Santo, cuja integrou sobre os observatórios de mídia em 23 países e catalogou 77 experiências, nenhuma em países autoritários. Tirando do artigo, Observatórios de Mídia e democracia, publicado por Pedro Caribé, em 07/09/2010 na edição 606, o próprio afirma:

O acompanhamento das políticas públicas, o combate à concentração midiática, a defesa da informação livre e o acesso à informação são apontados como alguns dos focos recorrentes dos observatórios, sejam de teor democrático revolucionário, reformista ou conservadores. Os observatórios surgem então como alternativa de controle social: "A ação dos observatórios junto à mídia busca limitar a prioridade econômica do lucro máximo e tenta instituir o interesse social em seus conteúdos", destaca o artigo.

É claro que os Observatórios não são estritamente iguais. Assim como há divergências nas culturas, há também na mídia de respectivos países, causando assim um trabalho mais cauteloso desses respectivos Observatórios. Ainda sobre o artigo de Pedro Caribé, ele destaca que “O aprofundamento da vida pública via participação social nos observatórios é atestado pelo fato de os países com democracias mais tradicionais e consolidadas terem mais recorrência na prática.

Os Observatórios de Mídia também servem para, além de observar, destacar os problemas que a sociedade encontra, tendo seus direitos negados. No mesmo artigo de Pedro Caribé, ele cita que a participação de Cicilia Peruzzo, da Universidade Metodista de São Paulo, foi destacada pela extensa defesa, que a mesma fez, do direito a comunicação enquanto conquista os desafios conceituais e as perspectivas nos estudos científicos. Segue um trecho abaixo do tema de pesquisa realizada por Peruzzo:

Reconhecida pelos estudos em comunicação popular e comunitária, Cicilia resgatou a luta de setores que têm constantemente seus direitos negados pelos meios de comunicação, em particular as minorias historicamente discriminadas, e citou exemplos como o da Classificação Indicativa e o caso do direito de resposta conquistado pela sociedade civil contra o extinto programa de João Kleber da RedeTV!. Nesses casos, a pesquisadora ressalta que o conceito inicial da liberdade de expressão e informação foi ampliado com outras dimensões mais próximas aos direitos humanos e a cultura.

Diversos pesquisadores vêm combatendo, nos observatórios de mídia, o abuso de poder nas concessões. Primeiramente, o que são concessões? "é um contrato administrativo por meio do qual a Administração delega ao particular a gestão e a execução, por sua conta e risco, sob o controle do Estado, de uma atividade definida por lei como serviço público" (conceito oferecido por Marcos Juruena Villela Souto).

Em outras palavras: Ato de conceder; permissão, condescendência. Um bom exemplo de concessão no Recife é o Jornal do Commercio, concessão do empresário João Carlos Paes Mendonça. Sendo ele o dono do meio de comunicação/concessão, o mesmo pode elogiar seus outros negócios para mostrar a sociedade tudo de bom que pode oferecer, como é o caso do Shopping Rio Mar, que será inaugurado em outubro de 2012.

O empreendimento vai ser bom para a sociedade, trazendo emprego e turismo, mas também será ruim para a população de baixa renda que vive ao redor, além de construírem em área de mangue; área que era para ser preservada. Em sua concessão, JCPM não permite englobar esse tipo de informação.

Em artigo publicado na edição brasileira do “Le Monde Diplomatique” nº 45, em outubro de 2003, por Ignácio Ramonet, ele cita os responsáveis por todas as violações de direitos humanos:

Há muitas e muitas e muitas décadas que a imprensa e os meios de comunicação representam, no contexto democrático, um recurso dos cidadãos contra os abusos dos poderes. Na realidade, os três poderes tradicionais – legislativo, executivo e judiciário – podem falhar, se equivocar e cometer erros. Com maior freqüência, é claro, nos Estados autoritários e ditatoriais, onde o poder político se torna o principal responsável por todas as violações de direitos humanos e por todas as censuras contra as liberdades.

Muitos artigos já foram escritos sobre o tema. Pedro Caribé, Ignácio Ramonet, Patrícia Cunha, Edgar Rebouças, Ana Maria Veloso entre outros grandes nomes do mundo da comunicação. Vou tirar como exemplo o artigo publicado pela professora da Universidade Católica de Pernambuco, Ana Maria Veloso, que escreveu o artigo, “Gênero, Poder e Resistência: a ação das mulheres nos Observatórios de Mídia” juntamente com Patícia Cunha e Edgar Rebouças.

O artigo foi publicado no site do Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) e tem como principais enfoques os Observatórios de Mídia, Direito à Comunicação, Resistência, entre outros. Segue parte do resumo do artigo “apresentado ao GP de Comunicação para a Cidadania do XI Encontro dos Grupos/Núcleos de Pesquisa em Comunicação, evento componente do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.” (trecho retirado do artigo):

Na tentativa de analisar a participação das mulheres nos observatórios de mídia em vários países do mundo, o artigo recorre às produções de autores/as como Janeth Wasko (2006), Vincent Mosco (1996), Ellen Riordan (2004) e Michelle Mattelart (1982).

A participação de mulheres nos observatórios de mídias vem crescendo bastante, provando assim que há muito mais mulheres presentes na investigação da mídia e no mundo da comunicação, diferente de algumas décadas atrás, onde mulheres nem direito ao voto tinham, tampouco liberdade de expressão. No artigo publicado por Ana Veloso, Patrícia Cunha e Edgar Rebouças, eles destacam a participação feminina nos observatórios de mídia:

Como conclusões, o texto aponta que a participação feminina, de modo organizado nesse campo, pode fortalecer a ação dos movimentos que lutam pela democratização da comunicação e favorecer a ascensão das mulheres ao status de sujeito político no setor.

Os observatórios de mídia surgiram do “controle social”, que é justamente o controle da sociedade para com o governo. Por meio deste, a sociedade se envolve num exercício de refletir e discutir, para politizar problemas que afetam a vida coletiva, fazendo assim com que o governo atue sob fiscalização da opinião pública.

Ainda sobre o artigo citado acima, os autores comentam do surgimento dos Observatórios de Mídia e ainda comparam com o controle social:

Ao contrário da censura, o controle social não representa nenhuma ameaça à liberdade de expressão e não ocorre anterior à veiculação dos conteúdos. Ele se dá posteriormente à divulgação das mensagens, quando o público faz uma leitura crítica dos temas, assuntos e abordagens, em diálogo, inclusive, com as políticas da área. Essa forma de observação dos (as) ouvintes/telespectadores pode ser implementada, notadamente, para o monitoramento do que é exibido pelas empresas concessionárias de rádio e televisão. E assim nascem os observatórios de mídia.

Como citei acima, a repressão de mulheres na sociedade era muito forte e visível. No artigo “Gênero, Poder e Resistência: a ação das mulheres nos Observatórios de Mídia”, os autores citam também como o mundo feminino se revelou ciente do que faz e muito inteligente.Há uma citação do artigo que achei interessante:

Sendo assim, dentro dos denominados movimentos de resistência ao poder dos grupos de mídia que controlam as indústrias culturais, percebemos que uma das táticas adotadas pelas mulheres organizadas foi a criação de observatórios de mídia e de agências de notícias em todo o mundo, tanto para denunciar invisibilidade feminina como sujeito coletivo nos meios de comunicação, quanto a coisificação da mulher como mercadoria pela propaganda.


3. Conclusões
Existem diversos sites e artigos publicados, até mesmo na internet, que falam sobre o assunto. As concessões, como citei no trabalho, são como um anexo ao tema. Além da censura, controle social e mídia em si.

Há ainda, no artigo publicado pelos professores Ana Veloso, Patrícia Cunha e Edgar Rebouças um trecho que achei adequado para encerrar o trabalho. Ele resume, em um parágrafo, o que um observatório de mídia oferece:

Verificamos que os observatórios, de um modo geral, assumem características muito versáteis e apresentam diversos objetivos e sistemas de ações que vão desde o formato de uma revista eletrônica sobre a mídia até a proposta de ouvidoria pública. Eles podem ser divididos em dois grupos gerais, segundo Luís Albornoz e Micael Herschmann (2006): um primeiro grupo, em que os observatórios são concebidos como espaços articuladores da cidadania a partir dos quais se pode monitorar o funcionamento dos meios de comunicação (“observatório fiscal”) e, outro, em que são considerados como novos organismos que colaboram através de suas intervenções e reflexões na formação de políticas públicas (“observatório think tank”)”.



5. Referências bibliográficas
- Artigo “O quinto poder” de Ignacio Ramonet, publicado na edição brasileira do Le Monde Diplomatique nº 45, outubro de 2003.
- Artigo “Observatórios de mídia e democracia” de Pedro Caribé, publicado em setembro de 2010 no site: www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/observatorios_de_midia_e_democracia
- Artigo “Gênero, Poder e Resistência: a ação das mulheres nos Observatórios de Mídia” de Ana Maria da Conceição Veloso, professora da Universidade Católica de Pernambuco, Patrícia Cunha, professora da Universidade Federal de Pernambuco e Edgard Rebouças, professor da Universidade Federal do Espírito Santo

- Artigo “Observatórios de mídia como instrumentos para (da) democracia” de Patrícia Cunha e Edgar Rebouças.

Sites (acesso em 23, 24, 25 e 26 de março de 2012):
http://www.observatoriodemidia.org.br/quem.asp
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/observatorios_de_midia_e_democracia
http://www.portalintercom.org.br/


Jamais vu: o “nunca visto”


Quando se é ouvido o termo Déjà vu, o primeiro pensamento que vem à cabeça, na maioria das vezes, é a tentativa de desvendar o significado. Muitos já associam com pressentimentos e superstição, mas o que realmente significa?

O termo Jamais vu é o oposto do famoso Déjà vu. A experiência acontece numa situação casual, por exemplo: O cidadão que utiliza o mesmo caminho para voltar para casa todos os dias, em certa vez, ele esquece ou simplesmente não sabe onde está, mas, naquele momento, o inconsciente dele sabe onde ele está; isso causa um desconforto muito grande. Muitos, ao sentir o Jamais vu, começam a se desesperar no momento do ato e já pensam em procurar alguém que possa ajudar. É nessas horas que surge a dúvida, a quem procurar?

Jamais vu e suas derivações são consideradas, às vezes, uma ideia recalcada fora do consciente. Então, a vítima pode, num outro momento, ir para um determinado lugar em que o inconsciente reconhece algo daquela situação, só que quem sofre não sabe dizer o que significa.

A experiência não é muito divulgada nem discutida na sociedade, por isso tamanho estranhamento quando sentimos o Jamais vu. Alguns médicos que estudam o cérebro, como psicólogos, psiquiatras e psicanalistas podem ajudar, e muito, a clarear a mente daqueles que estão aflitos com o fato ocorrido.

“São pensamentos inconscientes recalcados”, frisou a médica psicanalista, Ana Lúcia Falcão. De acordo com ela o Déjà vu e suas derivações, ocorrem no inconsciente. “É uma coisa que todo mundo tem. Raiva, ódio, amor, paixão... São sentimentos e ideias que todos têm e que não podem fazer tanta diferença.”

Mas, o que todos desejam saber seria o que de fato significa o fenômeno Jamais vu, por que ele acontece e qual o tratamento. A associação do acontecimento com ciência é bem comum. Já os religiosos acreditam que nossa alma ‘viaja pelo tempo’ enquanto dorme, e por isso, temos a sensação de que já vivenciamos aquilo.

       Ainda de acordo com Ana Lúcia Falcão, só é necessária a procura de um profissional quando a situação se agravar bastante: “Eu acho que procurar um psicanalista só é válido quando a experiência estiver proporcionando um incômodo muito grande. Quando o paciente estiver sofrendo ou então se essas sensações tornam-se num grau de sofrimento incontrolável.” Afirmou Ana Lúcia

        Estudiosos da área acreditam que o fenômeno é explicável como se o inconsciente estive reconhecendo acontecimentos ou querendo se expressar, isso significa que quanto mais a vítima puder compartilhar seus conflitos, melhor.

Muitos acreditam que esses fenômenos acontecem em relação à esquizofrenia, um tipo de sofrimento psíquico, classificado entre as psicoses e alterações do pensamento, alucinações, delírios e alterações no contato com a realidade. Mas, para os psicanalistas, além de não ser considerada uma patologia nem uma psicopatologia, chega a ser comparada com a doença.

“Para nós psicanalistas, as experiências não podem ser relacionadas à esquizofrenia, pois a doença tem um padrão bem definido. Para que seja identificada a esquizofrenia em um paciente, é necessário que sintomas gravíssimos venham à tona, e o Déjà vu ou Jamais vu, são fatos tão minúsculos que raramente ocorrem no dia a dia.” Ressalta a psicanalista.

A Escola de Bauhaus

Trabalho apresentada à disciplina Comunicação Visual I, do curso de jornalismo Unicap, pelo aluno: Vítor Albuquerque. Orientação: Professora Carla Patrícia.


1. Introdução
Quando ouvimos “escola de Bauhaus”, logo nos vem a cabeça a pergunta: “O que é isto?”. Pensamos ser uma escola de um senhor cujo nome é Bauhaus e não estamos errados. Vamos direto ao ponto. A Escola de Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. Vem dela o chamado Modernismo, que dura até hoje e foi também a primeira escola de design do mundo, o que causou muitas surpresas para a época.

Fundada por Walter Gropius, em 25 de abril de 1919, a intenção era fazer uma escola combinada de arquitetura, artesanato e uma academia de artes. Isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram por lá. Resumindo, a principal intenção era de unir arte e indústria.

A origem da palavra Bauhaus não é um nome próprio, ou homenagem a quem criou a escola e sim a tradução para casa de construção. Era uma escola onde todos se uniam em busca de uma nova visão para linguagens e criação, independente de ser aluno, professor ou mestre, todos se ajudavam.


2. Desenvolvimento
A Escola de Bauhaus deu incentivo a diversas escolas de artes espalhadas pelo mundo. O conceito de design e arquitetura que Bauhaus inseriu está sendo copiado até hoje pelos diversos cursos técnicos e até mesmo graduações.

Bauhaus é uma forma simplificada de Staatliches Bauhaus (Casa estatal de construção ou arquitetura). Seu criador, Walter Gropius, manifestou suas palavras na inauguração da escola:

"A arquitetura é a meta de toda a atividade criadora. Completá-la e embelezá-la foi, antigamente, a principal tarefa das artes plásticas... Não há diferença fundamental entre o artesão e o artista... Mas todo artista deve necessariamente possuir competência técnica. Aí reside sua verdadeira fonte de inspiração criadora... Formaremos uma escola sem separação de gêneros que criam barreiras entre o artesão e o artista. Conceberemos uma arquitetura nova, a arquitetura do futuro, em que a pintura, a escultura e a arquitetura formarão um só conjunto."

Suas palavras definem as ideias básicas da escola de Bauhaus e do movimento desencadeado por ela, na Alemanha. A Bauhaus fixou algumas diretrizes estéticas que iriam permanecer em todo o mundo durante o século XX. A mistura de conhecimentos de diversas artes como a pintura, música, dança, teatro, arquitetura, escultura e literatura, era uma das principais atividades da Bauhaus. A escola era livre e dela originou-se os estilos abstratos modernistas, como foi citado na introdução.

Na cidade de Weimar, foram integradas, pelo arquiteto Walter Gropius, duas escolas. A Artes e Ofícios, pertencente a Henri van de Velde e a Belas-Artes do alemão Hermann Muthesius. A Bauhaus teve sede em um edifício construído por Van de Velde.

Com a intenção de restabelecer a dignidade medieval do artesanato e do artesão, o inglês William Morris, propôs o movimento Arts and Crafts, que deram origem à escola Bauhaus. Mesmo assim, o ensino dela era contra ao ponto de vista de Morris, contrárias à produção em série e à revolução tecnológica.

Com o intuito e a finalidade de ressaltar a personalidade do homem, a Bauhaus estimulava a livre criação combatendo a arte pela arte.
Mais importante que formar um profissional, segundo Gropius, era formar homens ligados aos fenômenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno.” (trecho retirado do site http://www.pitoresco.com.br/art_data/bauhaus.htm).

Sendo assim, dentro de convicções filosóficas havia liberdade de criação entre professores e alunos.

A escola tinha diversas participações e uma dos principais finalidades era a de explorar a arte em pintura, música, criação de arte em si. Tirando um trecho do texto “A escola de Bauhaus - BAUHAUS É UMA FORMA SIMPLIFICADA DE Staatliches Bauhaus (Casa estatal de construção ou arquitetura)” percebemos isto:

O ensino era suficientemente elástico, com a participação, na pesquisa conjunta, de artistas, mestres de oficinas e alunos. Para Gropius, a unidade arquitetônica só podia ser obtida pela tarefa coletiva, que incluía os mais diferentes tipos de criação, como a pintura, a música, a dança, a fotografia e o teatro.

Ao longo em que se vai estudando a Escola de Bauhaus, vamos percebendo o quanto ela foi caçada pelos conservadores da oposição, obrigando a escola a mudar de localização. Tirei outro trecho do texto encontrado na internet que fala um pouco sobre essa “cassação” da escola:

Ameaçada de dissolução pela forte oposição dos conservadores a suas inovações, a escola mudou-se em 1925 para Dessau, onde ficou até o advento do nazismo. Para abrigá-la, Gropius projetou e construiu um conjunto de prédios que eram, em si mesmos, um manifesto de arquitetura moderna e uma das mais extraordinárias obras da década de 1920.

As atividades da Bauhaus foram intensificando logo depois que ela se mudou para Dessau, com o lançamento de publicações e a organização de exposições. 3 anos depois de sua mudança, o então diretor da escola, Walter Gropius, passou o cargo para o suíço Hannes Meyer.

Com a nova direção da escola, sua arquitetura realçou ainda mais. “Em 1930, Meyer foi substituído pelo arquiteto alemão Mies van der Rohe. Este reorganizou a escola e deu-lhe um novo impulso.” (trecho retirado do texto)

Escola de Bauhaus se mudou novamente em 1932, quando os nazistas tomaram o poder da cidade de Dessau, e foi parar em Berlim, capita da Alemanha. Lá, ela ainda durou 1 ano até seu fechamento. Mesmo com seu encerramento, os ensinamentos da Bauhaus já haviam se espalhado pelo mundo. Um trecho do texto afirma isso:

O ensino inovador da Bauhaus já havia se difundido a essa altura nos principais centros de arte. Tal difusão tornou-se ainda maior quando os grandes mestres da escola, devido às perseguições nazistas, passaram a emigrar, principalmente para os Estados Unidos e a Inglaterra.

Abaixo podemos ver uma foto de tirada entre 1919 e 1933 dos que passaram pela escola de Bauhaus. Da esquerda para a direita: Die Meister auf dem Dach des Bauhausgebäudes, Dessau, von links: Josef Albers, Hinnerk Scheper, Georg Muche, László Moholy-Nagy, Herbert Bayer, Joost Schmidt, Walter Gropius, Marcel Breuer, Wassily Kandinsky, Paul Klee, Lyonel Feininger, Gunta Stölzl und Oskar Schlemmer.

(Foto retirada do site http://www.bauhaus.de/bauhaus1919/)


3. Conclusões
Uma pesquisa como tal exige muito aprofundamento e muita, investigação. O que fiz foi somente um esboço do que foi a escola de Bauhaus. Existem diversos sites e artigos publicados, até mesmo na internet, que falam sobre o assunto. A luta dos nazistas para derrubar a escola, o seu fechamento e sua influência são assuntos que merecem terem um aprofundamento maior.

Há ainda, no texto que baseei meu trabalho um trecho que retirei e achei adequado como parte da minha conclusão da pesquisa. Ele resume tudo que ocorreu após o fechamento da escola e as influências que o mundo da arte sofreu:

Em 1928, Sandor Bortink fundou em Budapest o Mühely, também chamado Bauhaus de Budapeste, que existiu até 1938. Em 1933, Josef Albers instalou um departamento do tipo Bauhaus no Black Mountain College (Carolina do Norte, Estados Unidos) e depois na Universidade de Harvard.    Em 1937, Moholy-Nagy criou em Chicago a New Bauhaus, mais tarde incorporada ao MIT (Massachusetts Institute of Technology). Gropius passou a lecionar em Harvard e Mies van der Rohe tornou-se um dos principais arquitetos da remodelação de Chicago. Em 1950 inaugurou-se em Ulm, na Alemanha, a Hochschule für Gestaltung (Escola Superior da Forma), dirigida por Max Bill, ex-aluno da Bauhaus de Dessau. A essa última instituição, em especial, coube dar seguimento programático às formulações da antiga Bauhaus -- uma escola que se integrou perfeitamente no contexto da civilização do século XX para dar-lhe uma visualidade própria.


5. Referências bibliográficas
- Texto “A escola de Bauhaus - BAUHAUS É UMA FORMA SIMPLIFICADA DE Staatliches Bauhaus (Casa estatal de construção ou arquitetura)” retirado do site http://www.pitoresco.com.br/art_data/bauhaus.htm.
- Texto “Escola de Bauhaus” por Fernando Rebouças, retirado do site http://www.infoescola.com/artes/escola-de-bauhaus/

Sites (acesso em 26, 27 e 28 de março de 2012):
http://www.pitoresco.com.br/art_data/bauhaus.htm
http://www.bauhaus.de/bauhaus1919/
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=368
http://www.infoescola.com/artes/escola-de-bauhaus/