quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Antiguidade vira decoração em casa

           A partir do século XX, a decoração das casas mudou bastante. Entre as décadas de 50, 60 e 70, as cores predominavam e, o que chamamos de “brega” hoje em dia, era moda na época. Xadrez, azulejos de várias cores nas paredes, sofá e eletrodomésticos vermelhos, eram itens quase que obrigatórios nas residências dos brasileiros.

            O tempo foi passando e a “padronização” foi ganhando espaço. A partir do século XXI, as pessoas foram tomando gosto por tecnologia e cores mais suaves em suas casas, além de objetos novos, finos e de design arrojado. Mas como toda regra há uma exceção, de alguns tempos para cá, veio-se notando a grande presença de objetos antigos nas residências.

            A casa do Cerimonialista Marcilio Reinaux, trás desde uma referência do modernismo recifense ao antiquado gosto europeu. Com objetos desde o século XIX, Reinaux faz, da decoração de sua casa, um jogo de passado e presente.

“Estou no meio termo. Guardo apenas o que julgo interessante e que tenha em mim, despertado algum tipo de interesse. No meu caso, guardo objetos que sejam um referencial de fatos ou acontecimentos, os quais eu entenda, que precisam ser lembrados em futuro, seja por alguma necessidade ou por mero prazer de ter.” frisa Marcilio.

O termo “Memorabilia” é uma expressão latina que envolve esse imenso universo de guardar e colecionar objetos. Significa literalmente: "coisas que servem para serem lembradas". Embora sendo de ampla aplicação, mais se ajusta  a partir do momento em que se torna necessário recordar, recolher ou mesmo editar obras de autores antigos. Preservar a memória e projeta-la para a posteridade, parece ser o papel fundamental da memorabilia.

Assim, de certa forma, guardar objetos, por quaisquer que sejam as razões, históricas, sentimentais, mercantilistas, quem o faz, ou seja, quem guarda, está nada mais do que praticando uma boa forma de Memorabilia. Assim, diz-se que tudo o que teve um significado importante para uma pessoa, pode ser preservado e ou mesmo recuperado com uma memorabilia, que na prática é o recolher de forma preferencialmente organizada, experiências vivenciadas com objetos, conhecimentos adquiridos, enfim tudo aquilo que marcam a vida e pela importância que possuem devam ser preservadas.

“Todos os objetos que tenho em minha casa representam um pequeno fragmento de um  grande e maior "tesouro" posto. Cada um têm uma "história", algumas agregadas de valor sentimental, outras não.” Afirmou Marcilio.

A Cultura de Massa, a Policultura e a Sociedade


O livro se trata das transformações no sistema de cultura do mundo desde a época de 1950 até os dias de hoje. Nos tempos antigos, cultura era um termo muito comum na sociedade. Todos iam a um bom teatro, um cinema, e até assistir peças teatrais nas ruas mesmo. Davam valor à cultura. O tempo foi passando, e mesmo com o golpe militar e a repressão do governo, a população ainda insistiu. Muitos eram estudantes, que queriam um mundo melhor, um país melhor e retratavam isso em cultura.

Com a chegada do século 21, a crise na cultura se exerce no país e a população passa a consagrar a tecnologia e a vida noturna, esquecendo e deixando de lado o que o Brasil tem de bom a oferecer. Bons filmes, peças teatrais entre outras formas de cultura. O que predomina nos dias de hoje é a cultura de massa, também chamada de cultura popular. É caracterizada pela imagens e fenômenos famosos que acontecem no mundo virtual, os “virais”, “redes sociais” etc, além de ser fortemente influenciada pela mídia de massa.

Na cultura popular existem subculturas; crenças no superficial, consumismo, sensacionalismo e corrupção. O termo surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas.

“Cultura de Massa é o total de ideias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream de uma dada cultura.” (Fonte: Internet). É entendível como cultura influenciada ou influenciável. Por que será que a cultura de antigamente foi dizimada? Será que estamos numa era de revoltas e desistências, já que a tecnologia e as teorias de informação estão dizendo que o mundo vai se acabar?

Não se deve acreditar em tudo que é dito. O problema da sociedade é a influência. Grande parte da população é facilmente controlada por ela mesma. Quem diria que peças de teatro e filmes brasileiros não seriam um dos mais vistos? A influência do estrangeiro causou isso na sociedade. O cinema americano é o mais visto no país... além de que, famílias, influenciadas pelo externo, passam isso para seus precedentes, sem nem sequer, perceber.

A sociedade precisa acordar para ter sua cultura de volta. Se diz “policultural”, mas resumindo é “farinha do mesmo saco”. Nota-se também, a vontade dos jovens de se soltar. Por exemplo: Se um jovem ouve da sociedade que ela é policultural, ele deseja seguir seu rumo e escolher sua própria cultura e seguimento, mas para isso, precisa da emancipação, causando um grande transtorno para a família, que lá no começo, ajudou a criar ele dessa forma.

Acredito que bastou uma crise popular para dar início a várias crises na sociedade