terça-feira, 15 de maio de 2012

Observatórios de Mídia

Pesquisa apresentada à disciplina A Comunicação e a Cidadania, do curso de jornalismo Unicap, pelo aluno: Vítor Albuquerque. Orientação: Professora Ana Maria Veloso


1. Introdução
O que entendemos sobre Observatório de Mídia é justamente o estar observando a mídia ao seu redor. É o incentivo à formar organizações nacionais para acompanhar a mídia mundial.

No mundo de pesquisas, existem diversos artigos publicados e sites, representados por grandes jornalistas e pesquisadores como Ignácio Ramonet, que representam justamente pesquisas realizadas por esses autores; como é o exemplo do site http://www.observatoriodemidia.org.br.

Este tem como função buscar construir uma rede de Observatórios e outras organizações da sociedade civil.  Segue texto retirado do site:

O Observatório Brasileiro de Mídia foi fundado em janeiro de 2005 no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e é associado ao Media Watch Global, também criado no Fórum Social Mundial, em janeiro de 2003. O MWG – do qual fazem parte Ignácio Ramonet, Bernard Cassen, Roberto Sávio, Mario Lubetkin, Joaquim Ernesto Palhares e Carlos Tibúrcio entre outros jornalistas, pesquisadores e representantes da sociedade civil

Diversos pesquisadores vêm explorando cada vez mais o tema “Observatório de Mídia”, devido a fortes mudanças em concessões e a grande “audiência” de acontecimentos inadequados para o mundo da mídia.

Tomamos como exemplo, o caso da jornalista Fátima Bernardes, que passou mais de dez anos na bancada do Jornal Nacional da Rede Globo, e agora, com a mudança do diretor de jornalismo do JN, ela teve de sair da bancada, ficando no lugar, a esposa do autor da ação, Patrícia Poeta.

Este é um tema a se discutir e observar dentro da mídia. Como que, simplesmente, a mudança de diretores na concessão pode mover em tamanho padrão jornalístico somente para favorecer um caso que nem se engloba profissionalmente? É isto que os observatórios de mídia espalhados vêm a discutir unidos.


2. Desenvolvimento
Não há somente um Observatório de Mídia. Existem diversos espalhados pelo mundo. Tomamos como exemplo a pesquisa do professor Edgar Rebouças, da Universidade Federal do Espírito Santo, cuja integrou sobre os observatórios de mídia em 23 países e catalogou 77 experiências, nenhuma em países autoritários. Tirando do artigo, Observatórios de Mídia e democracia, publicado por Pedro Caribé, em 07/09/2010 na edição 606, o próprio afirma:

O acompanhamento das políticas públicas, o combate à concentração midiática, a defesa da informação livre e o acesso à informação são apontados como alguns dos focos recorrentes dos observatórios, sejam de teor democrático revolucionário, reformista ou conservadores. Os observatórios surgem então como alternativa de controle social: "A ação dos observatórios junto à mídia busca limitar a prioridade econômica do lucro máximo e tenta instituir o interesse social em seus conteúdos", destaca o artigo.

É claro que os Observatórios não são estritamente iguais. Assim como há divergências nas culturas, há também na mídia de respectivos países, causando assim um trabalho mais cauteloso desses respectivos Observatórios. Ainda sobre o artigo de Pedro Caribé, ele destaca que “O aprofundamento da vida pública via participação social nos observatórios é atestado pelo fato de os países com democracias mais tradicionais e consolidadas terem mais recorrência na prática.

Os Observatórios de Mídia também servem para, além de observar, destacar os problemas que a sociedade encontra, tendo seus direitos negados. No mesmo artigo de Pedro Caribé, ele cita que a participação de Cicilia Peruzzo, da Universidade Metodista de São Paulo, foi destacada pela extensa defesa, que a mesma fez, do direito a comunicação enquanto conquista os desafios conceituais e as perspectivas nos estudos científicos. Segue um trecho abaixo do tema de pesquisa realizada por Peruzzo:

Reconhecida pelos estudos em comunicação popular e comunitária, Cicilia resgatou a luta de setores que têm constantemente seus direitos negados pelos meios de comunicação, em particular as minorias historicamente discriminadas, e citou exemplos como o da Classificação Indicativa e o caso do direito de resposta conquistado pela sociedade civil contra o extinto programa de João Kleber da RedeTV!. Nesses casos, a pesquisadora ressalta que o conceito inicial da liberdade de expressão e informação foi ampliado com outras dimensões mais próximas aos direitos humanos e a cultura.

Diversos pesquisadores vêm combatendo, nos observatórios de mídia, o abuso de poder nas concessões. Primeiramente, o que são concessões? "é um contrato administrativo por meio do qual a Administração delega ao particular a gestão e a execução, por sua conta e risco, sob o controle do Estado, de uma atividade definida por lei como serviço público" (conceito oferecido por Marcos Juruena Villela Souto).

Em outras palavras: Ato de conceder; permissão, condescendência. Um bom exemplo de concessão no Recife é o Jornal do Commercio, concessão do empresário João Carlos Paes Mendonça. Sendo ele o dono do meio de comunicação/concessão, o mesmo pode elogiar seus outros negócios para mostrar a sociedade tudo de bom que pode oferecer, como é o caso do Shopping Rio Mar, que será inaugurado em outubro de 2012.

O empreendimento vai ser bom para a sociedade, trazendo emprego e turismo, mas também será ruim para a população de baixa renda que vive ao redor, além de construírem em área de mangue; área que era para ser preservada. Em sua concessão, JCPM não permite englobar esse tipo de informação.

Em artigo publicado na edição brasileira do “Le Monde Diplomatique” nº 45, em outubro de 2003, por Ignácio Ramonet, ele cita os responsáveis por todas as violações de direitos humanos:

Há muitas e muitas e muitas décadas que a imprensa e os meios de comunicação representam, no contexto democrático, um recurso dos cidadãos contra os abusos dos poderes. Na realidade, os três poderes tradicionais – legislativo, executivo e judiciário – podem falhar, se equivocar e cometer erros. Com maior freqüência, é claro, nos Estados autoritários e ditatoriais, onde o poder político se torna o principal responsável por todas as violações de direitos humanos e por todas as censuras contra as liberdades.

Muitos artigos já foram escritos sobre o tema. Pedro Caribé, Ignácio Ramonet, Patrícia Cunha, Edgar Rebouças, Ana Maria Veloso entre outros grandes nomes do mundo da comunicação. Vou tirar como exemplo o artigo publicado pela professora da Universidade Católica de Pernambuco, Ana Maria Veloso, que escreveu o artigo, “Gênero, Poder e Resistência: a ação das mulheres nos Observatórios de Mídia” juntamente com Patícia Cunha e Edgar Rebouças.

O artigo foi publicado no site do Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) e tem como principais enfoques os Observatórios de Mídia, Direito à Comunicação, Resistência, entre outros. Segue parte do resumo do artigo “apresentado ao GP de Comunicação para a Cidadania do XI Encontro dos Grupos/Núcleos de Pesquisa em Comunicação, evento componente do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.” (trecho retirado do artigo):

Na tentativa de analisar a participação das mulheres nos observatórios de mídia em vários países do mundo, o artigo recorre às produções de autores/as como Janeth Wasko (2006), Vincent Mosco (1996), Ellen Riordan (2004) e Michelle Mattelart (1982).

A participação de mulheres nos observatórios de mídias vem crescendo bastante, provando assim que há muito mais mulheres presentes na investigação da mídia e no mundo da comunicação, diferente de algumas décadas atrás, onde mulheres nem direito ao voto tinham, tampouco liberdade de expressão. No artigo publicado por Ana Veloso, Patrícia Cunha e Edgar Rebouças, eles destacam a participação feminina nos observatórios de mídia:

Como conclusões, o texto aponta que a participação feminina, de modo organizado nesse campo, pode fortalecer a ação dos movimentos que lutam pela democratização da comunicação e favorecer a ascensão das mulheres ao status de sujeito político no setor.

Os observatórios de mídia surgiram do “controle social”, que é justamente o controle da sociedade para com o governo. Por meio deste, a sociedade se envolve num exercício de refletir e discutir, para politizar problemas que afetam a vida coletiva, fazendo assim com que o governo atue sob fiscalização da opinião pública.

Ainda sobre o artigo citado acima, os autores comentam do surgimento dos Observatórios de Mídia e ainda comparam com o controle social:

Ao contrário da censura, o controle social não representa nenhuma ameaça à liberdade de expressão e não ocorre anterior à veiculação dos conteúdos. Ele se dá posteriormente à divulgação das mensagens, quando o público faz uma leitura crítica dos temas, assuntos e abordagens, em diálogo, inclusive, com as políticas da área. Essa forma de observação dos (as) ouvintes/telespectadores pode ser implementada, notadamente, para o monitoramento do que é exibido pelas empresas concessionárias de rádio e televisão. E assim nascem os observatórios de mídia.

Como citei acima, a repressão de mulheres na sociedade era muito forte e visível. No artigo “Gênero, Poder e Resistência: a ação das mulheres nos Observatórios de Mídia”, os autores citam também como o mundo feminino se revelou ciente do que faz e muito inteligente.Há uma citação do artigo que achei interessante:

Sendo assim, dentro dos denominados movimentos de resistência ao poder dos grupos de mídia que controlam as indústrias culturais, percebemos que uma das táticas adotadas pelas mulheres organizadas foi a criação de observatórios de mídia e de agências de notícias em todo o mundo, tanto para denunciar invisibilidade feminina como sujeito coletivo nos meios de comunicação, quanto a coisificação da mulher como mercadoria pela propaganda.


3. Conclusões
Existem diversos sites e artigos publicados, até mesmo na internet, que falam sobre o assunto. As concessões, como citei no trabalho, são como um anexo ao tema. Além da censura, controle social e mídia em si.

Há ainda, no artigo publicado pelos professores Ana Veloso, Patrícia Cunha e Edgar Rebouças um trecho que achei adequado para encerrar o trabalho. Ele resume, em um parágrafo, o que um observatório de mídia oferece:

Verificamos que os observatórios, de um modo geral, assumem características muito versáteis e apresentam diversos objetivos e sistemas de ações que vão desde o formato de uma revista eletrônica sobre a mídia até a proposta de ouvidoria pública. Eles podem ser divididos em dois grupos gerais, segundo Luís Albornoz e Micael Herschmann (2006): um primeiro grupo, em que os observatórios são concebidos como espaços articuladores da cidadania a partir dos quais se pode monitorar o funcionamento dos meios de comunicação (“observatório fiscal”) e, outro, em que são considerados como novos organismos que colaboram através de suas intervenções e reflexões na formação de políticas públicas (“observatório think tank”)”.



5. Referências bibliográficas
- Artigo “O quinto poder” de Ignacio Ramonet, publicado na edição brasileira do Le Monde Diplomatique nº 45, outubro de 2003.
- Artigo “Observatórios de mídia e democracia” de Pedro Caribé, publicado em setembro de 2010 no site: www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/observatorios_de_midia_e_democracia
- Artigo “Gênero, Poder e Resistência: a ação das mulheres nos Observatórios de Mídia” de Ana Maria da Conceição Veloso, professora da Universidade Católica de Pernambuco, Patrícia Cunha, professora da Universidade Federal de Pernambuco e Edgard Rebouças, professor da Universidade Federal do Espírito Santo

- Artigo “Observatórios de mídia como instrumentos para (da) democracia” de Patrícia Cunha e Edgar Rebouças.

Sites (acesso em 23, 24, 25 e 26 de março de 2012):
http://www.observatoriodemidia.org.br/quem.asp
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/observatorios_de_midia_e_democracia
http://www.portalintercom.org.br/


Jamais vu: o “nunca visto”


Quando se é ouvido o termo Déjà vu, o primeiro pensamento que vem à cabeça, na maioria das vezes, é a tentativa de desvendar o significado. Muitos já associam com pressentimentos e superstição, mas o que realmente significa?

O termo Jamais vu é o oposto do famoso Déjà vu. A experiência acontece numa situação casual, por exemplo: O cidadão que utiliza o mesmo caminho para voltar para casa todos os dias, em certa vez, ele esquece ou simplesmente não sabe onde está, mas, naquele momento, o inconsciente dele sabe onde ele está; isso causa um desconforto muito grande. Muitos, ao sentir o Jamais vu, começam a se desesperar no momento do ato e já pensam em procurar alguém que possa ajudar. É nessas horas que surge a dúvida, a quem procurar?

Jamais vu e suas derivações são consideradas, às vezes, uma ideia recalcada fora do consciente. Então, a vítima pode, num outro momento, ir para um determinado lugar em que o inconsciente reconhece algo daquela situação, só que quem sofre não sabe dizer o que significa.

A experiência não é muito divulgada nem discutida na sociedade, por isso tamanho estranhamento quando sentimos o Jamais vu. Alguns médicos que estudam o cérebro, como psicólogos, psiquiatras e psicanalistas podem ajudar, e muito, a clarear a mente daqueles que estão aflitos com o fato ocorrido.

“São pensamentos inconscientes recalcados”, frisou a médica psicanalista, Ana Lúcia Falcão. De acordo com ela o Déjà vu e suas derivações, ocorrem no inconsciente. “É uma coisa que todo mundo tem. Raiva, ódio, amor, paixão... São sentimentos e ideias que todos têm e que não podem fazer tanta diferença.”

Mas, o que todos desejam saber seria o que de fato significa o fenômeno Jamais vu, por que ele acontece e qual o tratamento. A associação do acontecimento com ciência é bem comum. Já os religiosos acreditam que nossa alma ‘viaja pelo tempo’ enquanto dorme, e por isso, temos a sensação de que já vivenciamos aquilo.

       Ainda de acordo com Ana Lúcia Falcão, só é necessária a procura de um profissional quando a situação se agravar bastante: “Eu acho que procurar um psicanalista só é válido quando a experiência estiver proporcionando um incômodo muito grande. Quando o paciente estiver sofrendo ou então se essas sensações tornam-se num grau de sofrimento incontrolável.” Afirmou Ana Lúcia

        Estudiosos da área acreditam que o fenômeno é explicável como se o inconsciente estive reconhecendo acontecimentos ou querendo se expressar, isso significa que quanto mais a vítima puder compartilhar seus conflitos, melhor.

Muitos acreditam que esses fenômenos acontecem em relação à esquizofrenia, um tipo de sofrimento psíquico, classificado entre as psicoses e alterações do pensamento, alucinações, delírios e alterações no contato com a realidade. Mas, para os psicanalistas, além de não ser considerada uma patologia nem uma psicopatologia, chega a ser comparada com a doença.

“Para nós psicanalistas, as experiências não podem ser relacionadas à esquizofrenia, pois a doença tem um padrão bem definido. Para que seja identificada a esquizofrenia em um paciente, é necessário que sintomas gravíssimos venham à tona, e o Déjà vu ou Jamais vu, são fatos tão minúsculos que raramente ocorrem no dia a dia.” Ressalta a psicanalista.

A Escola de Bauhaus

Trabalho apresentada à disciplina Comunicação Visual I, do curso de jornalismo Unicap, pelo aluno: Vítor Albuquerque. Orientação: Professora Carla Patrícia.


1. Introdução
Quando ouvimos “escola de Bauhaus”, logo nos vem a cabeça a pergunta: “O que é isto?”. Pensamos ser uma escola de um senhor cujo nome é Bauhaus e não estamos errados. Vamos direto ao ponto. A Escola de Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. Vem dela o chamado Modernismo, que dura até hoje e foi também a primeira escola de design do mundo, o que causou muitas surpresas para a época.

Fundada por Walter Gropius, em 25 de abril de 1919, a intenção era fazer uma escola combinada de arquitetura, artesanato e uma academia de artes. Isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram por lá. Resumindo, a principal intenção era de unir arte e indústria.

A origem da palavra Bauhaus não é um nome próprio, ou homenagem a quem criou a escola e sim a tradução para casa de construção. Era uma escola onde todos se uniam em busca de uma nova visão para linguagens e criação, independente de ser aluno, professor ou mestre, todos se ajudavam.


2. Desenvolvimento
A Escola de Bauhaus deu incentivo a diversas escolas de artes espalhadas pelo mundo. O conceito de design e arquitetura que Bauhaus inseriu está sendo copiado até hoje pelos diversos cursos técnicos e até mesmo graduações.

Bauhaus é uma forma simplificada de Staatliches Bauhaus (Casa estatal de construção ou arquitetura). Seu criador, Walter Gropius, manifestou suas palavras na inauguração da escola:

"A arquitetura é a meta de toda a atividade criadora. Completá-la e embelezá-la foi, antigamente, a principal tarefa das artes plásticas... Não há diferença fundamental entre o artesão e o artista... Mas todo artista deve necessariamente possuir competência técnica. Aí reside sua verdadeira fonte de inspiração criadora... Formaremos uma escola sem separação de gêneros que criam barreiras entre o artesão e o artista. Conceberemos uma arquitetura nova, a arquitetura do futuro, em que a pintura, a escultura e a arquitetura formarão um só conjunto."

Suas palavras definem as ideias básicas da escola de Bauhaus e do movimento desencadeado por ela, na Alemanha. A Bauhaus fixou algumas diretrizes estéticas que iriam permanecer em todo o mundo durante o século XX. A mistura de conhecimentos de diversas artes como a pintura, música, dança, teatro, arquitetura, escultura e literatura, era uma das principais atividades da Bauhaus. A escola era livre e dela originou-se os estilos abstratos modernistas, como foi citado na introdução.

Na cidade de Weimar, foram integradas, pelo arquiteto Walter Gropius, duas escolas. A Artes e Ofícios, pertencente a Henri van de Velde e a Belas-Artes do alemão Hermann Muthesius. A Bauhaus teve sede em um edifício construído por Van de Velde.

Com a intenção de restabelecer a dignidade medieval do artesanato e do artesão, o inglês William Morris, propôs o movimento Arts and Crafts, que deram origem à escola Bauhaus. Mesmo assim, o ensino dela era contra ao ponto de vista de Morris, contrárias à produção em série e à revolução tecnológica.

Com o intuito e a finalidade de ressaltar a personalidade do homem, a Bauhaus estimulava a livre criação combatendo a arte pela arte.
Mais importante que formar um profissional, segundo Gropius, era formar homens ligados aos fenômenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno.” (trecho retirado do site http://www.pitoresco.com.br/art_data/bauhaus.htm).

Sendo assim, dentro de convicções filosóficas havia liberdade de criação entre professores e alunos.

A escola tinha diversas participações e uma dos principais finalidades era a de explorar a arte em pintura, música, criação de arte em si. Tirando um trecho do texto “A escola de Bauhaus - BAUHAUS É UMA FORMA SIMPLIFICADA DE Staatliches Bauhaus (Casa estatal de construção ou arquitetura)” percebemos isto:

O ensino era suficientemente elástico, com a participação, na pesquisa conjunta, de artistas, mestres de oficinas e alunos. Para Gropius, a unidade arquitetônica só podia ser obtida pela tarefa coletiva, que incluía os mais diferentes tipos de criação, como a pintura, a música, a dança, a fotografia e o teatro.

Ao longo em que se vai estudando a Escola de Bauhaus, vamos percebendo o quanto ela foi caçada pelos conservadores da oposição, obrigando a escola a mudar de localização. Tirei outro trecho do texto encontrado na internet que fala um pouco sobre essa “cassação” da escola:

Ameaçada de dissolução pela forte oposição dos conservadores a suas inovações, a escola mudou-se em 1925 para Dessau, onde ficou até o advento do nazismo. Para abrigá-la, Gropius projetou e construiu um conjunto de prédios que eram, em si mesmos, um manifesto de arquitetura moderna e uma das mais extraordinárias obras da década de 1920.

As atividades da Bauhaus foram intensificando logo depois que ela se mudou para Dessau, com o lançamento de publicações e a organização de exposições. 3 anos depois de sua mudança, o então diretor da escola, Walter Gropius, passou o cargo para o suíço Hannes Meyer.

Com a nova direção da escola, sua arquitetura realçou ainda mais. “Em 1930, Meyer foi substituído pelo arquiteto alemão Mies van der Rohe. Este reorganizou a escola e deu-lhe um novo impulso.” (trecho retirado do texto)

Escola de Bauhaus se mudou novamente em 1932, quando os nazistas tomaram o poder da cidade de Dessau, e foi parar em Berlim, capita da Alemanha. Lá, ela ainda durou 1 ano até seu fechamento. Mesmo com seu encerramento, os ensinamentos da Bauhaus já haviam se espalhado pelo mundo. Um trecho do texto afirma isso:

O ensino inovador da Bauhaus já havia se difundido a essa altura nos principais centros de arte. Tal difusão tornou-se ainda maior quando os grandes mestres da escola, devido às perseguições nazistas, passaram a emigrar, principalmente para os Estados Unidos e a Inglaterra.

Abaixo podemos ver uma foto de tirada entre 1919 e 1933 dos que passaram pela escola de Bauhaus. Da esquerda para a direita: Die Meister auf dem Dach des Bauhausgebäudes, Dessau, von links: Josef Albers, Hinnerk Scheper, Georg Muche, László Moholy-Nagy, Herbert Bayer, Joost Schmidt, Walter Gropius, Marcel Breuer, Wassily Kandinsky, Paul Klee, Lyonel Feininger, Gunta Stölzl und Oskar Schlemmer.

(Foto retirada do site http://www.bauhaus.de/bauhaus1919/)


3. Conclusões
Uma pesquisa como tal exige muito aprofundamento e muita, investigação. O que fiz foi somente um esboço do que foi a escola de Bauhaus. Existem diversos sites e artigos publicados, até mesmo na internet, que falam sobre o assunto. A luta dos nazistas para derrubar a escola, o seu fechamento e sua influência são assuntos que merecem terem um aprofundamento maior.

Há ainda, no texto que baseei meu trabalho um trecho que retirei e achei adequado como parte da minha conclusão da pesquisa. Ele resume tudo que ocorreu após o fechamento da escola e as influências que o mundo da arte sofreu:

Em 1928, Sandor Bortink fundou em Budapest o Mühely, também chamado Bauhaus de Budapeste, que existiu até 1938. Em 1933, Josef Albers instalou um departamento do tipo Bauhaus no Black Mountain College (Carolina do Norte, Estados Unidos) e depois na Universidade de Harvard.    Em 1937, Moholy-Nagy criou em Chicago a New Bauhaus, mais tarde incorporada ao MIT (Massachusetts Institute of Technology). Gropius passou a lecionar em Harvard e Mies van der Rohe tornou-se um dos principais arquitetos da remodelação de Chicago. Em 1950 inaugurou-se em Ulm, na Alemanha, a Hochschule für Gestaltung (Escola Superior da Forma), dirigida por Max Bill, ex-aluno da Bauhaus de Dessau. A essa última instituição, em especial, coube dar seguimento programático às formulações da antiga Bauhaus -- uma escola que se integrou perfeitamente no contexto da civilização do século XX para dar-lhe uma visualidade própria.


5. Referências bibliográficas
- Texto “A escola de Bauhaus - BAUHAUS É UMA FORMA SIMPLIFICADA DE Staatliches Bauhaus (Casa estatal de construção ou arquitetura)” retirado do site http://www.pitoresco.com.br/art_data/bauhaus.htm.
- Texto “Escola de Bauhaus” por Fernando Rebouças, retirado do site http://www.infoescola.com/artes/escola-de-bauhaus/

Sites (acesso em 26, 27 e 28 de março de 2012):
http://www.pitoresco.com.br/art_data/bauhaus.htm
http://www.bauhaus.de/bauhaus1919/
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=368
http://www.infoescola.com/artes/escola-de-bauhaus/