segunda-feira, 6 de junho de 2011

Unicap - Católica In termina com a realização de Júri Simulado

Aconteceu na tarde de sexta-feira (3), às 14h, no auditório G2, o encerramento do Católica In, com a participação de quase 30 escolas, entre públicas e privadas, da Região Metropolitana do Recife. Os cursos do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) e do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH) foram os visitados pelos alunos na sexta-feira.

Estiveram presentes na solenidade de abertura a coordenadora geral de Graduação e do Católica In, Verônica Brayner; o diretor do CTCH, Degislando Nóbrega; e os coordenadores do curso de Teologia, Cláudio Vianney; de Filosofia, Karl Heinz Efken; de Pedagogia, Elba Leicht; de Direito, Catarina Oliveira; de História, Newton Cabral; de Letras, Haidée Camelo; e Soraia Nunes, presidente do Instituto Nacional de Mediação e Arbitragem (Inama).

A professora Catarina Oliveira fez uma breve explanação para os estudantes que escolheram as atividades do curso de Direito: “É uma alegria enorme tê-los aqui conosco. Eu não tive a oportunidade de presenciar um curso antes mesmo de começar, e hoje, com o Católica In, vocês podem tirar dúvidas e conhecer melhor o que vão escolher para o futuro”, ressaltou Catarina.

O curso de Direito proporcionou uma atividade prática, o Júri Simulado, que aconteceu no Núcleo de Práticas Jurídicas da Unicap, a Astepi. Os alunos do ensino médio puderam conferir de perto como é realizado todo um processo jurídico.

A apresentação da Astepi, e do caso que seria julgado, foi feita pela professora Alice Neves Costa, que explicou o que ia acontecer no Júri Simulado, composto pela juíza e professora da Unicap, Fernanda Moura; José Durval Lins, delegado e professor de Direito da Católica, mas no caso fez o papel do promotor; e Alexandre Nunes, advogado e professor da instituição. O réu foi representado pelo estudante de Direito Ari Agripino da Cunha. Os jurados foram compostos pelos estudantes da plateia, previamente selecionados pela juíza.

Antes de começar, a juíza Fernanda Moura explicou para os presentes que aquilo era uma simulação de um julgamento e explicou que “os jurados são compostos de ‘juízes leigos’, ou seja, eles não precisam ser formados em Direito para poderem estar ocupando esses lugares. Antes de começar o julgamento, a juíza fez a leitura do mesmo, interrogou e entrevistou o réu e, após isso, o promotor de justiça fez a acusação e, logo depois, o advogado defendeu o réu. Procedimento comum em um júri.

O caso: Heraldo Bernardino Soares, vulgo “Peto” e José Severino de Oliveira Júnior, conhecido por “Júnior do Amor” no dia 23/05/2005, por volta das 03h00 usando uma arma de fogo efetuaram disparos contra Ricardo Meireles do Nascimento, vulgo “Cado”, ocasionando-lhe a morte. O motivo do crime, segundo as investigações, consistiu no fato de ter a vítima ameaçado o primeiro denunciado pelo fato de ter este mantido relações extraconjugais com sua namorada, bem como a existência de um débito pela compra de maconha ao segundo denunciado, “Júnior do Amor”.

Ao final do júri, o réu foi absolvido com quatro votos a favor e três contra. Os estudantes contaram o que acharam da oportunidade: “Achei ótima, pois assim, nós pudemos ter experiências verdadeiras. Foi tudo muito real. Eu nunca tinha visto um júri. Tive a visão do que realmente é e o que faz um advogado, um promotor e um juiz”, destaca a estudante do Colégio Padre Nércio Rodrigues, Saymara Suzane da Silva, de 16 anos.

“Eu adorei! Foi perfeito. Vi que é isso que quero para minha vida. A Unicap está de parabéns! Evento superorganizado, proporcionando para nós estudantes do ensino médio uma oportunidade muito válida para nosso futuro,” elogiou a estudante de 18 anos, Luana Peixoto, do Colégio Agnes.

Já a estudante Milka Cavalcanti de Paula, de 17 anos, também aluna do Agnes, conta que participou do evento outros dias: “Eu vim em dois dias. No de Fisioterapia e hoje. Foi tudo bastante organizado e os profissionais sempre respondem nossas perguntas da melhor maneira possível. Em nenhum momento deixaram de responder alguma dúvida.”

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Perfil - “E teve boatos de que eu ainda estava na pior!”

Guarulhos, cidade relativamente calma, em comparação a grande São Paulo. Há alguns anos, um grupo de amigos estava em um barzinho, se divertindo e brincando. Para eles, nada de mal podia lhes acontecer. Foi quando, de repente, um homem entra no local e fere um dos integrantes do grupo de amigos. A pessoa tenta se defender ao máximo e é atacada sem piedade. O indivíduo foi levado ao hospital, onde foi atendido e internado em estado grave. Dias depois, chega-se a triste notícia de que tinha-se perdido um pulmão.

Estamos falando da extrovertida, simpática, elegante e contagiante, Luisa Marilac. Ela, que é transexual, ficou famosa por um vídeo caseiro que fez em sua casa, na cidade Roqueta Del Mare, na Espanha. Luisa fez o vídeo em reposta a uma desilusão amorosa que teve com o ex-marido. No vídeo, ela mesma deixa claro que está muito bem sem ele, e que os boatos são meros e simples boatos: “E teve boatos de que eu ainda estava na pior... Se isso é tá na pior, p@$!&! O que é que quer dizer tá bem né?” afirma Luisa em seu vídeo, se referindo a sua boa e tranquila vida europeia.

“Levei sete facadas de graça”

Voltando ao que tínhamos falado, Luisa estava em um encontro com suas amigas, na época ela tinha 15 anos de idade, e já estava tomando os hormônios para se transformar em mulher. Um homem, que até hoje não foi identificado, entrou no estabelecimento e começa a esfaquear Luisa gratuitamente. “Foram sete facadas! Eu não consegui ver nada. Eu só fazia me defender com minha perna e meus braços. Foi horrível.” Conta Luisa.

A homofobia nos dias de hoje, podemos dizer, está muito menor, mas há ainda um alto índice, principalmente no Brasil. Ela diz que fugiu para a Europa por sofrer muito preconceito. “Eu nasci numa família muito conservadora, no interior de Minas Gerais. Naquele tempo era impensável o que eu estava pensando em ser.” A ex-garota de programa deu a volta por cima e seguiu em frente: “Quando eu me descobri homossexual tomei a decisão de seguir minha vida daquele jeito, pois eu era daquele jeito. Fui para São Paulo, Rio de Janeiro e depois de sofrer tanto preconceito, fugi para a Espanha. Eu só estou sendo eu mesma. Sempre respeitei todo mundo, por que ninguém pode me respeitar?” indagou Marilac, referindo-se a massa homofóbica da sociedade brasileira.

“É a realidade! Vamos parar de ser hipócrita!”

Luisa, ao se descobrir homossexual, procurou imediatamente uma psicóloga, pois sempre soube que era homossexual, mas queria entender tudo aquilo. Quando ela decidiu assumir, sofreu vários tipos de preconceito: “Infelizmente isso ainda existe no Brasil. É muito fácil fazer as coisas debaixo do pano. Mas podem ir numa sauna gay que você encontra de tudo! Pastor, homens casados, deputados, enfim. Todo mundo fala mal, mas ninguém quer assumir!” revolta-se.

A estrela nos contou ainda que não esperava todo esse sucesso (Mais de 1 milhão de acessos em seu vídeo no Youtube). Agora, a diva da internet está visitando todo o Brasil, acompanhada de sua mãe e empresária, hoje, grande admiradora da filha. No dia 28 de maio de 2011, veio pela primeira vez à terra do Frevo, convidada pela maior boate do norte/nordeste, a Clube Metrópole. “Adorei Recife! Não esperava todo esse sucesso. Cidade linda, gente linda, receptiva e calorosa.” E ela ainda enfatiza: “Além da cidade, quero experimentar os homens recifenses, né?” Brincou.

Foi bastante atenciosa com os fãs na noite em que visitou a boate. Além de sorridente, foi bem aceita pelo público presente na casa noturna. Marilac nos contou sobre seus planos de moradia: “Se eu encontrar algo de diferente, vou ficar por aqui. Não vejo motivo para ir embora. Mas, sem esquecer que ainda tenho medo de viver aqui. Sofri muito e ainda tenho um pé atrás.”.

Unicap - Daniel da Hora encerra Semana de Publicidade da Católica

“Vou tirar o estilo Roberto Carlos!”. É assim que Daniel da Hora começou a palestra, se referindo ao pedestal onde coloca-se o microfone. Dessa forma divertida e contagiante, Daniel começou o Publishop, evento sobre criação publicitária que aconteceu nesta sexta-feira (27), às 10h, no auditório G1. Vinculado ao evento, houve também o encerramento da Semana de Publicidade, do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Pernambuco.

Daniel da Hora é diretor de Arte, diretor de Criação e consultor em Criação e Inovação Publicitária, presidente do Clube de Criação de Pernambuco – CCPE e professor da Universidade Federal de Pernambuco.

A conferência contou com a participação do coordenador do curso, Rodrigo Duguay; do coordenador da Agência Experimental de Publicidade e Propaganda, Fernando Fontanella; profª Thelma Guerra; profª Izabela Domingues; profª Janaína Calazans e os alunos de Publicidade.

Daniel começou sua palestra mostrando alguns vídeos e trabalhos realizados na mídia nacional e internacional. A palestra foi bastante interativa e teve a participação dos alunos com dúvidas e esclarecimentos. Daniel também comentou que “o profissional da área deve agregar valores, deve ser intuitivo, simples, mas ao mesmo tempo impactante. A intenção é motivar o consumidor e que a mercadoria seja viciante, traga algum benefício claro e seja acessível quando e onde ele estiver”.

“Receber um profissional como Daniel, que está ligado tanto à mídia e criação quanto ao mundo acadêmico é uma grande honra para nós da Católica. É importante que esses profissionais do mercado venham trazer sua experiência para que os alunos possam praticar o que veem em sala de aula”, ressalta Rodrigo Duguay.

Daniel mostrou vídeos promocionais de alta criatividade, que ganharam prêmios em festivais importantes como o Cannes Lion, para justamente estimular a criatividade dos alunos da graduação. Foram debatidos temas como “O Digital como Integrador”, “Termômetro da melhor ideia”, “O que fazer com a ideia?” e “O Consumidor Espera Algo”. Daniel também ressaltou a importância das mídias sociais, como Twitter, Facebook, Flirck, para a divulgação desses trabalhos.

“Hoje estou trazendo, não só essa palestra sobre como podemos trabalhar as ideias em publicidade e propaganda, mas como a ideias podem atingir o público a partir de um insight de uma marca. Discutir de como, a partir de mídias alternativas e de ideias, as marcas podem interagir. Vamos discutir também sobre o Cannes Lion, que é o maior festival de propaganda do mundo. Eu digo que é uma pós-graduação que realizamos em uma semana”, brincou da Hora.

Camila Araújo, aluna do 8º período, elogiou o evento: “É importante para nós estarmos cientes sobre a criatividade publicitária e como nós devemos nos portar diante de um desafio de uma campanha. Achei uma oportunidade ótima, de estarmos assistindo a uma palestra de uma pessoa tão importante e tão entendida nesse mundo que estamos entrando”.