Setembro de 2009
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A Fotografia, antes de tudo é uma linguagem. Um sistema de códigos, verbais ou visuais, um instrumento visual de comunicação. E toda a linguagem nada mais é do que um suporte, um meio, uma base que sustenta aquilo que realmente deve ser dito: a mensagem. A Fotografia oferece uma série de atribuições: todos fotografam visando vários objetivos: recordar um momento de vida que passa, documentar um fato ou um conceito técnico, divulgar uma visão de mundo ou simplesmente expor uma idéia. Desde o início da era humana, o homem tenta guardar algum tipo de memória visual do já vivido. Sejam por desenhos, obras de arte, estátuas, quadros; e desde que inventaram a máquina fotográfica, temos a fotografia. Só que antigamente, as fotos eram tiradas, reveladas, vistas e guardadas. Hoje, se quiser ver uma foto da sua infância, basta ir até o armário e resgatar as fotos antigas.
Só que com a popularização das máquinas digitais, o que acontece, tiramos a foto, passamos para o computador e pronto. É muito mais fácil utilizar imagens digitais. Mas dificilmente as revelamos, afinal, as temos todas ali, no alcance de alguns cliques. De todas as manifestações artísticas, a fotografia foi a primeira a surgir dentro do sistema industrial. O mercado encontrava-se numa fase de profunda mudança, pode-se dizer que a fotografia neste contexto atingiu a todos por meio de novos produtos, ela possibilitou a maior democratização do saber, tornando o mundo portátil e ilustrado. Assim como a Revolução Industrial não eliminou o sistema de manufaturas, mas enfraqueceu-o como fonte de renda e trabalho, a fotografia trouxe a veracidade e seu surgimento contribuiu diretamente para que todos os segmentos artísticos passassem por uma profunda reflexão, evidenciando as relações que unem o período introdutório à fotografia com a evolução da própria sociedade. Com o surgimento dos filmes coloridos, muito se falou no fim da fotografia preto-e-branco. Mas sabemos que isso não aconteceu. Esta sobreviveu tornando-se uma opção artística, os filmes preto e branco tem maior riqueza de tons, além de facilitar a abstração das imagens, o que nos permite criar algo que não é um registro, mas sim um diferencial. A falta de cor torna a imagem registrada mais distante do nosso olhar, o que facilita a busca de um registro além da realidade, ou de uma outra realidade já extinta despertando saudosismo. Sem a presença das cores podemos perceber melhor as formas, expressões e tonalidades. A introdução da cor, porém, não significou uma revolução conceitual na fotografia. A cor teve, com efeito, um impacto relativamente pequeno no conteúdo e estética, apesar de ter eliminado o último obstáculo utilizado pelos críticos do século XIX para lhe negarem o estatuto de arte. A fotografia vive uma crise de identidade com a revolução digital, similar à que a pintura enfrentou com a invenção da fotografia. A evolução da linguagem fotográfica segue, em estreita dependência do seu contexto histórico, numa relação evidente entre a evolução da linguagem e as condições sociais em que a fotografia, enquanto meio de expressão evolui. A fotografia digital não é novidade no meio científico. Ela foi desenvolvida na década de 60, durante o período da “Guerra Fria”, quando os Estados Unidos e a extinta União Soviética, pela disputa ideológica e espacial, dividiam o mundo com imagens de vôos espaciais, transmitidas às bases terrestres através do sistema digital, ainda embrionário. A partir dos anos de 1990 a nova tecnologia começou a chegar ao grande público e, desde então, a fotografia vem experimentando uma grande transformação, com forte impacto nas empresas do setor e usuários de câmeras. Hoje temos à disposição ferramentas para capturar uma imagem de forma digital, ou digitalizar imagens já existentes e facilmente manipulá-las em praticamente todas as suas propriedades, desde saturação, brilho, contraste e nitidez, até a própria forma dos elementos que compõem a foto. Muitos têm criticado esta manipulação digital, porém o que ocorre é a sofisticação dos recursos de edição e montagem, sempre utilizados por fotógrafos. A fotografia tem sido um campo vasto de pesquisa com o objetivo de reproduzir imagens do mundo que nos cerca. Muitos mecanismos e processos diferentes surgiram e desapareceram ao longo dos séculos e muitos ainda virão e desaparecerão, mas sempre haverá nostálgicos, com suas máquinas manuais e filmes em P&B. Isto não é ser desatualizado, é apenas uma diferenciação da forma de se expressar. E também cada vez mais surgirão os entusiasmados pelo novo. Porém, alguns princípios básicos são constantes ao longo de toda a história, apesar dos diversos meios e recursos utilizados para se chegar ao mesmo objetivo: registrar na lembrança, a existência. Neste aspecto a fotografia digital ainda não cumpre a sua função, considerando que as mídias eletrônicas, devido à rápida obsolescência tecnológica, ainda não encontraram um meio seguro de preservação como os sistemas fotográficos anteriores.
Louis Jacques Mandé Daguerre, nascido no dia 18 de novembro de 1787, em Cormeilles-en-Parisi, Val-d'Oise, França e falecido no dia 10 de julho de 1851, Bry-sur-Marbe, França, foi um pintor, cenógrafo, químico e inventor, tendo sido o primeiro a conseguir uma imagem fixa pela ação direta da luz em 1835. No prosseguimento dos experimentos fotográficos de Joseph Nicéphore Niépce, a descoberta decisiva coube a Louis Daguerre, que em 1835 apanhou uma placa revestida de prata sensibilizada com iodeto de prata, que apesar de exposta não apresentava sequer vestígios de imagem, guardou-a displicentemente em um armário e ao abri-lo no dia seguinte, encontrou uma imagem revelada. Fez experiências, por eliminação com os outros produtos que estavam no armário, para descobrir que a imagem latente tinha sido revelada por ação do mercúrio. Em 1837, ele já havia padronizado o processo que ainda tinha como grandes problemas, longo tempo de exposição cerca de 15 a 30 minutos, a imagem era invertida e o contraste era muito baixo. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava sensível à luz do dia e rapidamente era destruída; Daguerre solucionou este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim uma imagem inalterável. Daguerre tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de industriais por querer manter secreta a parte fundamental do seu processo. Em 1839, vendeu sua invenção, o daguerreótipo, ao governo Francês. Durante muito tempo, alguns escritos reverenciaram o francês Louis Daguerre como o "inventor" ou descobridor da fotografia, ou seja, aquele que primeiro produziu uma imagem fixa pela ação direta da luz. Sem dúvida, Daguerre vinha trabalhando na idéia há muito tempo, acompanhando de perto, desde 1829, seu sócio na pesquisa da heliografia: Nicéphore, este sim o primeiro a obter uma verdadeira fotografia. Daguerre, mais do que um competente pesquisador, era um hábil comerciante. Provavelmente, a lenda do acaso na descoberta do revelador foi apenas uma jogada de marketing. Sem dúvida, Daguerre vinha trabalhando na idéia há muito tempo, acompanhando de perto, desde 1929, seu sócio na pesquisa da heliografia (gravação através da luz): Joseph Nicéphore Niépce, este sim o primeiro a obter uma verdadeira fotografia.
A fotografia é muito usada na mídia de hoje em revistas, jornais, outdoors. Ela está presente e quase todo o mundo da comunicação.
Referências bibliograficas
- Busselle, Michael. ; Tudo sobre fotografia. 10ª reimpressão da 1ª edição de 1979
- Kossoy, Boris. ; Fotografia e História. Ateliê Editorial, 2ª edição, 168 p.
- Kubrusly, Claudio. ; O que é fotografia. Editora Brasiliense, São Paulo 2003, 111 p.
Créditos à: Angélica Zenith, Marcone Marques, Marina Maranhão, Pérola Fonsêca e Vítor Albuquerque
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