Outubro de 2010
O livro conta a história de mulheres sofridas da China. A jornalista Xinram que trabalha em um programa de rádio no país, segue em uma jornada por quase toda a China atrás de depoimentos que mostrem a realidade dessas mulheres. Muitas molestadas e subjugadas e nem conhecimento disso têm, pois são completamente distantes do mundo real, do mundo ocidental.
O que chama mais atenção é o trabalho delas. Mas, não é trabalho fora. Muitas passam o dia cuidando da casa e dos filhos. Completamente impedidas de sair de casa e de trabalharem. Têm de esperar o marido voltar do trabalho e ainda dá conta de tudo e de satisfazê-lo sexualmente. Mas, em muitas aldeias, há um tipo de “monogamia”. Em casas mais pobres, há uma mulher para todos os irmãos da família, ou seja, ela terá de se relacionar sexualmente com todos; usada somente como objeto.
Cada história tem um forte apelo emocional e serve para mostrar a realidade da China oculta do mundo ocidental. Muitos desse mundo não conhecem o tratamento que as mulheres da China recebem. A autoridade reina em muitas famílias, e quem desobedecer, recebe um enorme castigo; muitos são pauladas, moléstia, estupros e até a morte por asfixia ou outras causas mais chocantes.
O machismo é a principal causa disso tudo. A autoridade vai passando de pai para filho, para os netos e assim sucessivamente. Não há como impedir. As mulheres chinesas não têm coragem de enfrentar e acabam cedendo.
A repressão é tamanha que a jornalista Xinram só consegue escrever seu livro “As mulheres da China” depois que se muda de lá. O livro, além de histórias pessoais, nos traz muito sobre a geografia, sobre a história, cultura, hábitos e costumes do povo da China.
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