Novembro de 2010
TRE Indeciso sobre posse de Tiririca
Depois da grande “novela” que foi a candidatura do então humorista Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como “Tiririca”, ocorreu ainda algumas acusações de que ele poderia ser analfabeto. Alguns testes foram realizados pelo Tribunal Regional Eleitoral, para provar que o mesmo possui conhecimento necessário para tomar posse do cargo de Deputado Federal, do Partido da República (PR), em São Paulo.
Tiririca sofreu diversos tipos de preconceitos durante sua campanha. A mesma, não levada a sério, mostrava que o candidato não estava preparado para assumir cargo de tamanha importância. Mesmo assim, Francisco mostrou que qualquer um pode entrar para política. Ele ainda deixava claro em seus programas eleitorais que se fosse eleito, revelaria os “segredos” da Câmara dos Deputados.
Depois de muita discussão e mistério (para alguns), o humorista ganhou a campanha com mais de um milhão de votos, sendo o primeiro de seu partido e levando muitos outros candidatos pela legenda do PR. Após tomar posse, surgiu a possível possibilidade de que ele não tinha sequer ensino fundamental, como foi dito anteriormente. O TRE aplicou uma prova de conhecimentos básicos para Francisco Silva provar de que pode tomar posse como Deputado.
Depois de muita confusão e discussão no plenário da câmara e no Tribunal Regional Eleitoral, o teste ainda não foi liberado e o humorista pode não tomar posse.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Mini monografia sobre "O Caso Jean Carlos e a Ética no Jornalismo" - Ética Jornalística
Novembro de 2010
"O Caso Jean Carlos e a Ética no Jornalismo"
Introdução
“Termo coletivo usado para se referir às indústrias de comunicação e aos profissionais envolvidos”. Essa é a definição para “mídia”. Nos tempos de hoje, muitos não apoiam a mesma, pelo simples motivo dela ser altamente manipuladora e ter prejudicado diversas pessoas. Diariamente, vemos casos de manipulação pela mídia. “Em 26 de julho de 2005, o técnico em Enfermagem Jean Carlos da Costa Rocha, foi preso no Hospital da Restauração (HR), no Recife, acusado de masturbar meninos. No momento, o rapaz encontrava-se no local, pois uma amiga sua estava internada. No dia do ocorrido, por volta das 10h da manhã, Jean estava saindo da sala e tirando a bata, quando se deparou com uma mulher o apontando e em seguida dois policiais que estavam no local fazendo a escolta de um preso, foram logo o segurando e dando voz de prisão. Sem saber o que fazer, o técnico caiu em lágrimas. Ali começara a condenação de mais um inocente.” (Parte retirada do trabalho).
Jean foi inocentado anos depois, mas teve de se mudar, pois sua vida na cidade passara a ser praticamente impossível. Ninguém queria por perto um “maníaco”. O técnico em Enfermagem mora hoje no sul do país e tem uma vida estabelecida.
O que ocorreu com Jean é mais um caso do que ocorre com muitas pessoas.
Indivíduos são acusados injustamente e sofrem uma grande pressão da mídia contra eles. Jornais, revistas, TV, rádio... Todos querendo um furo de reportagem, uma boa matéria, um fato chocante. Não se interessam na vida do acusado, nem sequer respeitam os códigos de Ética Jornalístico que lhes foram ensinados.
Todo o artigo dois do código fala da importância e responsabilidade do conteúdo de uma matéria. Todo jornalista deve ter o máximo de cuidado ao acusar um indivíduo, que pode até ser inocente e ter sua vida destruída por ele, como foi o caso de Jean. Deve-se respeitar o entrevistado e a divulgação do caso deverá ser precisa e correta. Isso não ocorre nos dias de hoje.
Jean, depois de anos, foi inocentado e conseguiu sua vida de volta, mas a mídia não pôs isso em capa como fez e nem sequer se desculpou. Uma simples nota no jornal foi o suficiente. Mas, para aqueles que se prejudicaram e vem se prejudicando completamente por causa da mídia? São esquecidos?
Esse trabalho serve para mostrar o poder que a mídia tem, e como ela usa-o, tanto para o bem quanto para o mal. Poder demais leva pessoas a cometer absurdos, passar por cima da lei e de si próprio.
2. O Caso
Em 26 de julho de 2005, o técnico em Enfermagem Jean Carlos da Costa Rocha, foi preso no Hospital da Restauração (HR), no Recife, acusado de mastubar meninos. No momento, o rapaz encontrava-se no local, pois uma amiga sua estava internada. O mau entendido aconteceu já que ele não era funcionário do local. “Fui ao HR após meses sem ir ao local. Uma grande amiga minha estava internada por questões de queimadura e sem receber visitas, me senti na obrigação de visitá-la e dar apoio”. Jean já havia sido funcionário do estabelecimento anos atrás.
No dia do ocorrido, por volta das 10h da manhã, Jean estava saindo da sala e tirando a bata, quando se deparou com uma mulher o apontando e em seguida dois policiais que estavam no local fazendo a escolta de um preso, foram logo o segurando e dando voz de prisão. Sem saber o que fazer, o técnico caiu em lágrimas. Ali começara a condenação de mais um inocente.
Sem ter como se defender, ele foi levado à delegacia, onde foi questionado diversas vezes. Jean foi orientado a confessar um crime que não havia cometido. No outro dia, o rapaz teve sua cara estampada em todos os jornais da cidade e os programas “policialescos” locais aproveitaram da situação para conseguir o seu minuto de audiência absoluta.
Uma semana depois, o delegado chamou a mãe que havia denunciado o enfermeiro e eis que surge a novidade que, a mulher havia dado um nome e endereço falso. Não havia mais provas contra o rapaz, porém, ele já estava condenado pela sociedade.
2.1 Caso Jean Carlos x Ética da Imprensa
Há quatro anos repercutiu na imprensa pernambucana e em alguns veículos regionais, a notícia do técnico de enfermagem Jean Carlos da Costa Rocha, de 22 anos, que foi preso acusado de abusar sexualmente de pacientes do sexo masculino, no Hospital da Restauração.
As instituições que, na disputa para manter o direito fundamental do cidadão a informação, presente no Art 1º do capítulo I do Código de Ética dos jornalistas brasileiros, acabaram infringindo as normas desse mesmo código que disciplina e condiciona a ética da liberdade de imprensa.
A notícia da prisão de Jean Carlos foi alardeada e fortemente dolorosa entre os parentes e familiares, bem como, na própria índole moral e social do técnico de enfermagem, quando a imprensa em busca do “furo” e incentivada pelo imediatismo, acabou engolindo de vez uma infração salgada, quando levou as páginas dos jornais, aos VTs dos noticiários locais e aos programas populares radiofônicos, a exposição do caso.
Sem a devida apuração e provas consistentes, acabou levando nas costas uma ferida ao errar drasticamente em não cumprir eticamente o que manda o Art 4º que enfatiza o seguinte: o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, e deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação.
A imprensa agiu com ferocidade e levou a carreira profissional e a vida social de Jean Carlos as ruínas, ao tornar público o seu próprio erro, na época imperceptível, mas que lá na frente com a comprovação de inocência do enfermeiro, fez feio ao infringir a conduta profissional do jornalista, quando foi de encontro ao inciso VII do Art 6º, quando não respeitou o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão;
Durante a realização do trabalho desse caso, buscamos ouvir alguns jornalistas de alguns veículos de comunicação que escreveram matérias na época e após passado os quatro anos de vida do sensacionalismo da imprensa pernambucana em torno dessa história de Jean Carlos que saiu fortalecido e de cabeça em pé com sua inocência, fomos ouvir alguns deles.
Numa breve conversa com a editora-chefe do jornal Diario de Pernambuco, Paula Losada, questionamos como o jornal se comportaria sobre as matérias publicadas acusando Jean sobre os supostos abusos sexuais no HR, mesmo depois de se comprovar a anulação de sua culpa. Paula Lousada disse que o jornal publicou e fundamentou sua responsabilidade em informar, baseado em relatos policiais.
A ação contraditória vai de encontro ao principio básico do jornalismo: a apuração séria e responsável. Será que o jornal caiu na desvantagem de um relato prévio de uma instituição de segurança pública e deixou de lado a premissa de uma séria investigação jornalística, para atender uma emergente exclusividade editorial.
A atitude do DP e dos demais veículos, fugiu do compromisso do código de ética ao desrespeitar o Art 8º quando culpou a polícia como a fonte principal do erro ao repassar que o Jean Carlos tinha praticado os abusos.
O artigo deixa evidente que o jornalista é responsável por toda a informação que divulga. Reforçamos ainda mais o pensamento ao trazer o que defende o Art 11no inciso II, quando deixa claro que o jornalista não pode divulgar informações de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes.
Um caso como este, é a prova do quão a mídia é despreparada na hora de investigar e apurar as notícias. A busca incessante para dar o “furo jornalístico” não permite a calma e a confirmação, é preciso ir logo a redação, fazer a matéria mais apelativa e melhor que o do concorrente. Com tudo que nos foi apresentados, consultamos o Código de Ética dos Jornalistas da Fenaj para compararmos quais artigos foram desrespeitados. E observamos que:
Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que:
I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas;
II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público;
Art. 3º O exercício da profissão de jornalista é uma atividade de natureza social, estando sempre subordinado ao presente Código de Ética.
Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação.
Art. 6º É dever do jornalista:
VI - não colocar em risco a integridade das fontes e dos profissionais com quem trabalha;
VIII - respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão;
Art. 7º O jornalista não pode:
IV - expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua identificação, mesmo que parcial, pela voz, traços físicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais;
Art. 8º O jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela alteração será de seu autor.
Art. 12 O jornalista deve:
II - buscar provas que fundamentem as informações de interesse público;
VI - promover a retificação das informações que se revelem falsas ou inexatas e defender o direito de resposta às pessoas ou organizações envolvidas ou mencionadas em matérias de sua autoria ou por cuja publicação foi o responsável;
2.2 As conseqüências de um mau jornalismo
Após ter tido sua vida revirada, Jean descobriu o peso que a mídia tem. Sua família teve sua casa depredada, murro pichado e carro arranhado. O enfermeiro foi demitido do trabalho, sua mãe que era cabeleireira de um bairro popular, não tinha mais clientes. Foram poucos os amigos que se mantiveram ao lado da família.
O enfermeiro recebeu um pedido de desculpas por parte do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (COREN) e foi a partir daí que as coisas começaram a melhorar no âmbito profissional. Somente um ano depois, ele conseguiu ter sua vida de volta, tudo começava do zero. Mas nada era como antes. Jean conseguiu um emprego em um hospital particular em Boa Viagem, trabalhou lá durante 3 anos, até que um dia, ele foi reconhecido e teve todas as matérias coladas no quadro principal do hospital. O rapaz não agüentou e hoje mora em Blumenau-SC onde tenta refazer sua vida. “Deixei todas as coisas ruins em Recife e não pretendo voltar para lá nunca mais”.
O trabalho nos permitiu observar na prática aquilo que havíamos visto na teoria, sobre a imprensa e a forma como ela manipula as informações. Um caso como o de Jean Carlos é a prova de que jornalistas formados e aqueles em formação, como nós, devemos ter a maior cautela possível quando nos depararmos com uma informação nova ou um furo a cobrir.
Muitas vezes a pressa justificada pelo deadline, a cobrança do editor, a audiência e o furo de notícias são colocados como “fatores que justificam” este tipo de conduta antiética dos profissionais. Mas pensamos que, antiético mesmo, é se usar dessas desculpas para justificar um erro que é condenável no código da própria profissão, muitas vezes desconhecido.
3. Conclusão
O trabalho permitiu a reflexão sobre a importância da ética dentro da profissão, uma vez que pode-se condenar injustamente uma pessoa, como Jean foi condenado, e acabar com a vida dessa pessoa, que fica exposta a todo tipo de julgamento ante a sociedade.
Pensamos que cabe ao jornalista, encarregado de produzir as matérias que a sociedade lerá, ter o cuidado e a sensibilidade na hora de escrever, em pensar um pouco mais nas pessoas que estão envolvidas num fato, e no modo como ele vai escrever sobre estes envolvidos, sejam acusados ou não. Cabe a nós, vigiarmos constantemente e colocar em prática aquilo que prega o Código de Ética dos Jornalistas nas redações, adotando assim uma postura mais séria para o veículo e também com os leitores, a fim de evitar que novos casos como o de Jean Carlos apareçam.
Créditos à: André Maia, Isabella Andrade, Juliana Isola e Vítor Albuquerque
"O Caso Jean Carlos e a Ética no Jornalismo"
Introdução
“Termo coletivo usado para se referir às indústrias de comunicação e aos profissionais envolvidos”. Essa é a definição para “mídia”. Nos tempos de hoje, muitos não apoiam a mesma, pelo simples motivo dela ser altamente manipuladora e ter prejudicado diversas pessoas. Diariamente, vemos casos de manipulação pela mídia. “Em 26 de julho de 2005, o técnico em Enfermagem Jean Carlos da Costa Rocha, foi preso no Hospital da Restauração (HR), no Recife, acusado de masturbar meninos. No momento, o rapaz encontrava-se no local, pois uma amiga sua estava internada. No dia do ocorrido, por volta das 10h da manhã, Jean estava saindo da sala e tirando a bata, quando se deparou com uma mulher o apontando e em seguida dois policiais que estavam no local fazendo a escolta de um preso, foram logo o segurando e dando voz de prisão. Sem saber o que fazer, o técnico caiu em lágrimas. Ali começara a condenação de mais um inocente.” (Parte retirada do trabalho).
Jean foi inocentado anos depois, mas teve de se mudar, pois sua vida na cidade passara a ser praticamente impossível. Ninguém queria por perto um “maníaco”. O técnico em Enfermagem mora hoje no sul do país e tem uma vida estabelecida.
O que ocorreu com Jean é mais um caso do que ocorre com muitas pessoas.
Indivíduos são acusados injustamente e sofrem uma grande pressão da mídia contra eles. Jornais, revistas, TV, rádio... Todos querendo um furo de reportagem, uma boa matéria, um fato chocante. Não se interessam na vida do acusado, nem sequer respeitam os códigos de Ética Jornalístico que lhes foram ensinados.
Todo o artigo dois do código fala da importância e responsabilidade do conteúdo de uma matéria. Todo jornalista deve ter o máximo de cuidado ao acusar um indivíduo, que pode até ser inocente e ter sua vida destruída por ele, como foi o caso de Jean. Deve-se respeitar o entrevistado e a divulgação do caso deverá ser precisa e correta. Isso não ocorre nos dias de hoje.
Jean, depois de anos, foi inocentado e conseguiu sua vida de volta, mas a mídia não pôs isso em capa como fez e nem sequer se desculpou. Uma simples nota no jornal foi o suficiente. Mas, para aqueles que se prejudicaram e vem se prejudicando completamente por causa da mídia? São esquecidos?
Esse trabalho serve para mostrar o poder que a mídia tem, e como ela usa-o, tanto para o bem quanto para o mal. Poder demais leva pessoas a cometer absurdos, passar por cima da lei e de si próprio.
2. O Caso
Em 26 de julho de 2005, o técnico em Enfermagem Jean Carlos da Costa Rocha, foi preso no Hospital da Restauração (HR), no Recife, acusado de mastubar meninos. No momento, o rapaz encontrava-se no local, pois uma amiga sua estava internada. O mau entendido aconteceu já que ele não era funcionário do local. “Fui ao HR após meses sem ir ao local. Uma grande amiga minha estava internada por questões de queimadura e sem receber visitas, me senti na obrigação de visitá-la e dar apoio”. Jean já havia sido funcionário do estabelecimento anos atrás.
No dia do ocorrido, por volta das 10h da manhã, Jean estava saindo da sala e tirando a bata, quando se deparou com uma mulher o apontando e em seguida dois policiais que estavam no local fazendo a escolta de um preso, foram logo o segurando e dando voz de prisão. Sem saber o que fazer, o técnico caiu em lágrimas. Ali começara a condenação de mais um inocente.
Sem ter como se defender, ele foi levado à delegacia, onde foi questionado diversas vezes. Jean foi orientado a confessar um crime que não havia cometido. No outro dia, o rapaz teve sua cara estampada em todos os jornais da cidade e os programas “policialescos” locais aproveitaram da situação para conseguir o seu minuto de audiência absoluta.
Uma semana depois, o delegado chamou a mãe que havia denunciado o enfermeiro e eis que surge a novidade que, a mulher havia dado um nome e endereço falso. Não havia mais provas contra o rapaz, porém, ele já estava condenado pela sociedade.
2.1 Caso Jean Carlos x Ética da Imprensa
Há quatro anos repercutiu na imprensa pernambucana e em alguns veículos regionais, a notícia do técnico de enfermagem Jean Carlos da Costa Rocha, de 22 anos, que foi preso acusado de abusar sexualmente de pacientes do sexo masculino, no Hospital da Restauração.
As instituições que, na disputa para manter o direito fundamental do cidadão a informação, presente no Art 1º do capítulo I do Código de Ética dos jornalistas brasileiros, acabaram infringindo as normas desse mesmo código que disciplina e condiciona a ética da liberdade de imprensa.
A notícia da prisão de Jean Carlos foi alardeada e fortemente dolorosa entre os parentes e familiares, bem como, na própria índole moral e social do técnico de enfermagem, quando a imprensa em busca do “furo” e incentivada pelo imediatismo, acabou engolindo de vez uma infração salgada, quando levou as páginas dos jornais, aos VTs dos noticiários locais e aos programas populares radiofônicos, a exposição do caso.
Sem a devida apuração e provas consistentes, acabou levando nas costas uma ferida ao errar drasticamente em não cumprir eticamente o que manda o Art 4º que enfatiza o seguinte: o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, e deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação.
A imprensa agiu com ferocidade e levou a carreira profissional e a vida social de Jean Carlos as ruínas, ao tornar público o seu próprio erro, na época imperceptível, mas que lá na frente com a comprovação de inocência do enfermeiro, fez feio ao infringir a conduta profissional do jornalista, quando foi de encontro ao inciso VII do Art 6º, quando não respeitou o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão;
Durante a realização do trabalho desse caso, buscamos ouvir alguns jornalistas de alguns veículos de comunicação que escreveram matérias na época e após passado os quatro anos de vida do sensacionalismo da imprensa pernambucana em torno dessa história de Jean Carlos que saiu fortalecido e de cabeça em pé com sua inocência, fomos ouvir alguns deles.
Numa breve conversa com a editora-chefe do jornal Diario de Pernambuco, Paula Losada, questionamos como o jornal se comportaria sobre as matérias publicadas acusando Jean sobre os supostos abusos sexuais no HR, mesmo depois de se comprovar a anulação de sua culpa. Paula Lousada disse que o jornal publicou e fundamentou sua responsabilidade em informar, baseado em relatos policiais.
A ação contraditória vai de encontro ao principio básico do jornalismo: a apuração séria e responsável. Será que o jornal caiu na desvantagem de um relato prévio de uma instituição de segurança pública e deixou de lado a premissa de uma séria investigação jornalística, para atender uma emergente exclusividade editorial.
A atitude do DP e dos demais veículos, fugiu do compromisso do código de ética ao desrespeitar o Art 8º quando culpou a polícia como a fonte principal do erro ao repassar que o Jean Carlos tinha praticado os abusos.
O artigo deixa evidente que o jornalista é responsável por toda a informação que divulga. Reforçamos ainda mais o pensamento ao trazer o que defende o Art 11no inciso II, quando deixa claro que o jornalista não pode divulgar informações de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes.
Um caso como este, é a prova do quão a mídia é despreparada na hora de investigar e apurar as notícias. A busca incessante para dar o “furo jornalístico” não permite a calma e a confirmação, é preciso ir logo a redação, fazer a matéria mais apelativa e melhor que o do concorrente. Com tudo que nos foi apresentados, consultamos o Código de Ética dos Jornalistas da Fenaj para compararmos quais artigos foram desrespeitados. E observamos que:
Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que:
I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas;
II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público;
Art. 3º O exercício da profissão de jornalista é uma atividade de natureza social, estando sempre subordinado ao presente Código de Ética.
Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação.
Art. 6º É dever do jornalista:
VI - não colocar em risco a integridade das fontes e dos profissionais com quem trabalha;
VIII - respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão;
Art. 7º O jornalista não pode:
IV - expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua identificação, mesmo que parcial, pela voz, traços físicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais;
Art. 8º O jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela alteração será de seu autor.
Art. 12 O jornalista deve:
II - buscar provas que fundamentem as informações de interesse público;
VI - promover a retificação das informações que se revelem falsas ou inexatas e defender o direito de resposta às pessoas ou organizações envolvidas ou mencionadas em matérias de sua autoria ou por cuja publicação foi o responsável;
2.2 As conseqüências de um mau jornalismo
Após ter tido sua vida revirada, Jean descobriu o peso que a mídia tem. Sua família teve sua casa depredada, murro pichado e carro arranhado. O enfermeiro foi demitido do trabalho, sua mãe que era cabeleireira de um bairro popular, não tinha mais clientes. Foram poucos os amigos que se mantiveram ao lado da família.
O enfermeiro recebeu um pedido de desculpas por parte do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (COREN) e foi a partir daí que as coisas começaram a melhorar no âmbito profissional. Somente um ano depois, ele conseguiu ter sua vida de volta, tudo começava do zero. Mas nada era como antes. Jean conseguiu um emprego em um hospital particular em Boa Viagem, trabalhou lá durante 3 anos, até que um dia, ele foi reconhecido e teve todas as matérias coladas no quadro principal do hospital. O rapaz não agüentou e hoje mora em Blumenau-SC onde tenta refazer sua vida. “Deixei todas as coisas ruins em Recife e não pretendo voltar para lá nunca mais”.
O trabalho nos permitiu observar na prática aquilo que havíamos visto na teoria, sobre a imprensa e a forma como ela manipula as informações. Um caso como o de Jean Carlos é a prova de que jornalistas formados e aqueles em formação, como nós, devemos ter a maior cautela possível quando nos depararmos com uma informação nova ou um furo a cobrir.
Muitas vezes a pressa justificada pelo deadline, a cobrança do editor, a audiência e o furo de notícias são colocados como “fatores que justificam” este tipo de conduta antiética dos profissionais. Mas pensamos que, antiético mesmo, é se usar dessas desculpas para justificar um erro que é condenável no código da própria profissão, muitas vezes desconhecido.
3. Conclusão
O trabalho permitiu a reflexão sobre a importância da ética dentro da profissão, uma vez que pode-se condenar injustamente uma pessoa, como Jean foi condenado, e acabar com a vida dessa pessoa, que fica exposta a todo tipo de julgamento ante a sociedade.
Pensamos que cabe ao jornalista, encarregado de produzir as matérias que a sociedade lerá, ter o cuidado e a sensibilidade na hora de escrever, em pensar um pouco mais nas pessoas que estão envolvidas num fato, e no modo como ele vai escrever sobre estes envolvidos, sejam acusados ou não. Cabe a nós, vigiarmos constantemente e colocar em prática aquilo que prega o Código de Ética dos Jornalistas nas redações, adotando assim uma postura mais séria para o veículo e também com os leitores, a fim de evitar que novos casos como o de Jean Carlos apareçam.
Créditos à: André Maia, Isabella Andrade, Juliana Isola e Vítor Albuquerque
Matéria para a 8ª semana de integraçao da Unicap
Outubro de 2010
CCBS faz mostra de atividades realizadas na clínica Corpore Sano
O Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS) promoveu nesta quinta-feira (7), no térreo do bloco G, a I Mostra de Atualidades do curso de Fisioterapia. A atividade tem como principal objetivo, apresentar à população alguns dos serviços disponíveis na clínica da Universidade. À frente do evento estavam as professoras Maria Goretti Fernandes, Ana Karolina Pontes e o professor Paulo Veiga, coordenador do curso de Fisioterapia.
Os principais serviços prestados pela clínica são: regeneração de estrias, ultrassom para celulite e laser para eletromiografia, que capta a contração da musculatura com resposta imediata.
A clínica conta com um laboratório de reabilitação virtual composto pelo videogame “Nitendo Wii”, que pode ser jogado pelos pacientes, na maioria crianças, com o intuito de atuar nas áreas de traumatologia, dermato-funcional e deficiência na área neurológica.
Dependendo do paciente, os funcionários da clínica criam os jogos. Para conseguir uma consulta, é necessário encaminhamento médico. A Corpore Sano fica localizada na Rua Dom Manoel Pereira, número 220, Boa Vista. Horário de atendimento de segunda a sexta, das 8h às 18h. Telefone 2119-4490.
Contribuição: Isabella Andrade
CCBS faz mostra de atividades realizadas na clínica Corpore Sano
O Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS) promoveu nesta quinta-feira (7), no térreo do bloco G, a I Mostra de Atualidades do curso de Fisioterapia. A atividade tem como principal objetivo, apresentar à população alguns dos serviços disponíveis na clínica da Universidade. À frente do evento estavam as professoras Maria Goretti Fernandes, Ana Karolina Pontes e o professor Paulo Veiga, coordenador do curso de Fisioterapia.
Os principais serviços prestados pela clínica são: regeneração de estrias, ultrassom para celulite e laser para eletromiografia, que capta a contração da musculatura com resposta imediata.
A clínica conta com um laboratório de reabilitação virtual composto pelo videogame “Nitendo Wii”, que pode ser jogado pelos pacientes, na maioria crianças, com o intuito de atuar nas áreas de traumatologia, dermato-funcional e deficiência na área neurológica.
Dependendo do paciente, os funcionários da clínica criam os jogos. Para conseguir uma consulta, é necessário encaminhamento médico. A Corpore Sano fica localizada na Rua Dom Manoel Pereira, número 220, Boa Vista. Horário de atendimento de segunda a sexta, das 8h às 18h. Telefone 2119-4490.
Contribuição: Isabella Andrade
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Resumo sobre o livro "Sobre Entrevistas" de Stela Guedes - Radiojornalismo I
Novembro de 2010
Sobre Entrevistas - Stela Guedes
Um dos melhores livros que já li: “Sobre entrevistas” (Editora Vozes), de Stela Guedes. É simples e direto. Conta como realizar uma boa entrevista. Dicas de como utilizar o rádio, fotografar: tudo que um jornalista, iniciante ou não, deve saber. Stela conta as experiências que teve como jornalista e faz análises sobre diversas formas de realizar uma entrevista.
Há diversos pontos que não podemos esquecer ao realizar uma entrevista: sempre pedir autorização ao entrevistado, estar informado sobre o assunto, fazer um roteiro básico, testar o gravador etc. Também deixa claro no livro a necessidade de ouvir o que o entrevistado diz. Há muitos jornalistas que nem sequer ouvem o que é dito, simplesmente fecham a entrevista sem saber o que foi tratado.
Um dos pontos que mais chamo atenção, a importância da seriedade que temos de ter. Isso pode ser até clichê, mas é de extrema importância. É necessário estar ciente e informado de quem se vai entrevistar. A entrevista fica rica e tem mais profundidade.
Stela traz 16 entrevistas, realizadas no período entre março de 2002 e fevereiro de 2004 para mostrar como aplicou, na prática, o que falou em seu livro. Conta que as entrevistas foram realizadas de diversas formas: por telefone, pessoalmente, por rádio, Internet, mas Stela diz que todas devem ser realizadas pessoalmente.
“Perguntamos porque não sabemos a resposta e queremos saber e que se conseguirmos essa honestidade até poderemos ‘arrancar’ algo ‘revelador’ do nosso entrevistado”; conta Stela no fim do seu livro. Em sua opinião, perguntar de verdade, querer ouvir de verdade, é o que nos ajudará a construir uma boa entrevista, um bom texto.
domingo, 21 de novembro de 2010
Matéria para a 8ª semana de integraçao da Unicap
Outubro de 2010
Palestra mostra como investir em empresas
(Foto: Jéssica Maciel)
Dinheiro, economia, empresas e investimento. Assuntos como estes abrangeram a palestra do professor do curso de Ciências Contábeis da Universidade Católica de Pernambuco Alberto José da Silva Filho. A palestra “Análise das demonstrações contábeis” teve início às 8h , na sala 510 do bloco A. Alunos entre 19 e 31 anos, dos cursos de Ciências Contábeis, Administração, Economia e Direito estavam presentes no evento.
O professor Alberto Filho começou a sua palestra falando sobre como investir em empresas com altos indicadores financeiros. Também deixou claro que, para um bom investimento, o empreendimento precisa ser sólido. “Ninguém entra em uma empresa com o intuito de dar prejuízo, isso só acontece por uma má administração ou por falta de capital”, disse Alberto.
Perguntas como “Qual o volume do capital circulante líquido?” e “Qual o grau de endividamento?”, foram indagadas aos alunos com o intuito de que tomem conhecimento da situação das empresas em que vão trabalhar. Capital ativo circulante é o capital financeiro da corporação, ou seja, o dinheiro que percorre na companhia. Já o grau de endividamento é aquele representado pela fração Ativo circulante/Passivo circulante, que corresponde ao dinheiro que a empresa pode pagar.
Ao falar do lucro/prejuízo de uma empresa, o professor Alberto disse que as companhias precisam fazer um balanço operacional por dois anos consecutivos, mostrando tudo o que a empresa recebeu e gastou. Citou casos de falta de comprometimento entre funcionários e patrões no Brasil que atrapalha na hora da produção e acabou comparando com o Japão, que só produz o que pode vender.
A aluna do curso de Direito Eduarda Salazar, 20, achou a palestra bastante elaborada e bem produtiva. “Gostei muito! O professor pareceu bem preparado e agora me sinto segura de como investir futuramente em alguma empresa”, afirmou Eduarda. Ao fim da palestra, o professor tirou várias dúvidas dos alunos.
Palestra mostra como investir em empresas
(Foto: Jéssica Maciel)
Dinheiro, economia, empresas e investimento. Assuntos como estes abrangeram a palestra do professor do curso de Ciências Contábeis da Universidade Católica de Pernambuco Alberto José da Silva Filho. A palestra “Análise das demonstrações contábeis” teve início às 8h , na sala 510 do bloco A. Alunos entre 19 e 31 anos, dos cursos de Ciências Contábeis, Administração, Economia e Direito estavam presentes no evento.
O professor Alberto Filho começou a sua palestra falando sobre como investir em empresas com altos indicadores financeiros. Também deixou claro que, para um bom investimento, o empreendimento precisa ser sólido. “Ninguém entra em uma empresa com o intuito de dar prejuízo, isso só acontece por uma má administração ou por falta de capital”, disse Alberto.
Perguntas como “Qual o volume do capital circulante líquido?” e “Qual o grau de endividamento?”, foram indagadas aos alunos com o intuito de que tomem conhecimento da situação das empresas em que vão trabalhar. Capital ativo circulante é o capital financeiro da corporação, ou seja, o dinheiro que percorre na companhia. Já o grau de endividamento é aquele representado pela fração Ativo circulante/Passivo circulante, que corresponde ao dinheiro que a empresa pode pagar.
Ao falar do lucro/prejuízo de uma empresa, o professor Alberto disse que as companhias precisam fazer um balanço operacional por dois anos consecutivos, mostrando tudo o que a empresa recebeu e gastou. Citou casos de falta de comprometimento entre funcionários e patrões no Brasil que atrapalha na hora da produção e acabou comparando com o Japão, que só produz o que pode vender.
A aluna do curso de Direito Eduarda Salazar, 20, achou a palestra bastante elaborada e bem produtiva. “Gostei muito! O professor pareceu bem preparado e agora me sinto segura de como investir futuramente em alguma empresa”, afirmou Eduarda. Ao fim da palestra, o professor tirou várias dúvidas dos alunos.
Texto
Novembro de 2010
Decorrência
Interessante a timidez. Completamente notável. É como se estivesse exposta em seu rosto para todo mundo vê: “Eu sou tímido”. Mas, por que as pessoas são tímidas? Me pergunto. Há algum fator bom disso? Talvez seja óbvio que existam fatores bons. E também óbvio que existam ruins. Ser tímido dá experiência em observar o próximo?
O ato de observar é para poucos. Não falo de “olhar” e/ou ver, simplesmente. Falo de observar mesmo, notar a cor dos olhos, os tiques nervosos, a cor da meia que o outro usa, o jeito de falar, o ritmo da fala, enfim. Ser tímido dar mais chance de estudar e entender as pessoas? Como disse, há fatores ruins. Ser tímido implica em não mostrar quem você realmente é. Passa aquela má impressão de que você é um chato, bossal e altamente fútil.
É lógico que a população é mau julgadora. Qual a pessoa que não repara, por exemplo, um rapaz que tenha carro rebaixado? Muitos vão de cara pensar: “É moleque!”. Outros vão pensar que o dono participa de “pegas” com outros veículos semelhantes. Alguns falam que é pra chamar atenção. Ninguém (ou quase ninguém) pensa que o dono, simplesmente, possa gostar daquilo, um carro rebaixado. Timidez pode atrapalhar relacionamentos, entrevista de emprego, reuniões, eventos, palestras, conferências, fatos importantes da/para vida.
Já mal julguei muitos tímidos. Tive surpresas e lições. Nunca julgue quem você mal conhece. Você poderá se surpreender e ter que conviver com aquela pessoa por algum tempo, julgando-a ser chata e fútil, sem ao menos dar-se conta de que ela possa ser uma pessoa muito boa. Esse sujeito pode ter uma ligação com uma das pessoas mais importantes da sua vida: seu pai, sua mãe, seu(sua) melhor amigo(a), enfim. Imagina o relacionamento com esses seres se você julga os amigos(as), irmãos(ãs), namorados(as) deles (as)?
Decorrência
Interessante a timidez. Completamente notável. É como se estivesse exposta em seu rosto para todo mundo vê: “Eu sou tímido”. Mas, por que as pessoas são tímidas? Me pergunto. Há algum fator bom disso? Talvez seja óbvio que existam fatores bons. E também óbvio que existam ruins. Ser tímido dá experiência em observar o próximo?
O ato de observar é para poucos. Não falo de “olhar” e/ou ver, simplesmente. Falo de observar mesmo, notar a cor dos olhos, os tiques nervosos, a cor da meia que o outro usa, o jeito de falar, o ritmo da fala, enfim. Ser tímido dar mais chance de estudar e entender as pessoas? Como disse, há fatores ruins. Ser tímido implica em não mostrar quem você realmente é. Passa aquela má impressão de que você é um chato, bossal e altamente fútil.
É lógico que a população é mau julgadora. Qual a pessoa que não repara, por exemplo, um rapaz que tenha carro rebaixado? Muitos vão de cara pensar: “É moleque!”. Outros vão pensar que o dono participa de “pegas” com outros veículos semelhantes. Alguns falam que é pra chamar atenção. Ninguém (ou quase ninguém) pensa que o dono, simplesmente, possa gostar daquilo, um carro rebaixado. Timidez pode atrapalhar relacionamentos, entrevista de emprego, reuniões, eventos, palestras, conferências, fatos importantes da/para vida.
Já mal julguei muitos tímidos. Tive surpresas e lições. Nunca julgue quem você mal conhece. Você poderá se surpreender e ter que conviver com aquela pessoa por algum tempo, julgando-a ser chata e fútil, sem ao menos dar-se conta de que ela possa ser uma pessoa muito boa. Esse sujeito pode ter uma ligação com uma das pessoas mais importantes da sua vida: seu pai, sua mãe, seu(sua) melhor amigo(a), enfim. Imagina o relacionamento com esses seres se você julga os amigos(as), irmãos(ãs), namorados(as) deles (as)?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Matéria para a 8ª semana de integração da Unicap
Outubro de 2010
Experiências de grupos de idosos são apresentadas na 8 Semana de Integração
A expectativa de vida no Brasil hoje é em média, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 73 anos. Uma idade bem avançada, se comparada à grande parte da população trabalhadora, formada por pessoas de 16 a 55 anos de idade, em média. Boa parte desta população evita trabalhar e/ou conviver com idosos, já que alegam que estes não têm condições físicas e psíquicas para realizar outras atividades.
(Foto: Ana Eduarda Azoubel)
Por isto, a Universidade Católica de Pernambuco realizou na manhã desta quarta-feira (6), às 10h, na sala 824 do bloco B, a palestra “Relatando experiências de grupo com idosos”, com o intuito de valorizar a existência do idoso e conseguir fazer com que eles aceitem a idade. O evento reuniu cerca de 20 alunos e foi coordenado pela professora Tereza Batista, a estagiária Sônia Brito e a voluntária Ângela Campos.
(Foto: Ana Eduarda Azoubel)
Nos últimos tempos, a Clínica de Psicologia da unicap vinha refletindo sobre a necessidade de implantar um serviço para pensar de formas positivas o envelhecimento a fim de atender à demanda de idosos. A palestra abrangeu assuntos sobre como lidar com idoso.
Tereza começou falando da experiência que houve este ano na Clínica de Psicologia da Universidade com grupos de convivência com idosos acima de 60 anos. Isto trouxe demandas próprias da idade, como envelhecimento, falta de trabalho devido à aposentadoria e afastamento dos filhos, por causa de casamento. Com o objetivo de valorizar a existência do idoso e conseguir fazer com que eles aceitem a idade, o grupo tem encontros todas as sextas-feiras, das 9h30 às 11h. É cobrada uma taxa de R$10 por sessão. A frequência deve ser respeitada assim como pontualidade. Todos os assuntos abordados no grupo são de alto sigilo.
A professora Tereza Batista lembrou como os idosos eram tratados na antiguidade: com respeito e sempre foram representantes familiares, vistos como seres com grande sabedoria e experiência de vida. Mas hoje, muitos são desrespeitados e acabam cedendo, aceitando a suposta incapacidade de trabalhar, a perda da família e, assim, declinando sua vida até entrar em depressão.
Sônia Brito, estagiária, falou de como o grupo de convivência age. Recebe os idosos acima de 60 anos, debate sobre assuntos do cotidiano, tenta resolver os problemas de falta de narcisismo e falta de confiança.
A palestra teve a participação de alunos dos cursos de Psicologia e Pedagogia da Unicap. Ao fim do debate, Tereza Batista tirou dúvidas e ouviu sugestões.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Poema
Novembro de 2010
Solidão
sozinho em casa.
vida macabra.
pessoas esquecem de tudo e de todos.
as vezes nem voltam, e se soltam pelos morros.
quando decidem voltar, nem sempre conseguem.
mas quando conseguem, chegam e se despedem.
abandonam novamente.
nem sequer lembram da gente.
se voltarem pra sempre.
nunca mais teremos presente.
mas se forem novamente.
a lembrança ficará pra sempre.
Solidão
sozinho em casa.
vida macabra.
pessoas esquecem de tudo e de todos.
as vezes nem voltam, e se soltam pelos morros.
quando decidem voltar, nem sempre conseguem.
mas quando conseguem, chegam e se despedem.
abandonam novamente.
nem sequer lembram da gente.
se voltarem pra sempre.
nunca mais teremos presente.
mas se forem novamente.
a lembrança ficará pra sempre.
Texto
VIDA
Às vezes, quero sentir a música minha alma. Às vezes, quero sentir um abraço de um(a) cantor(a). Às vezes, me vejo perdido no escuro, na negra solidão. Às vezes, quero voltar pra casa, mas não posso.
Penso em tantas coisas que poderia fazer e não posso. Queria poder voar. Queria poder sumir. Sinto minha vida tão agitada mas, ao mesmo tempo, tão vazia e seca. Preciso de uma dose de ânimo. Onde encontrar ânimo?
A família é sempre aquele clichê: acolhe-te e sempre quer o seu bem. Às vezes, é necessário cair, sofrer para aprender o certo. Não simplesmente ser perdoado pelos familiares. É preciso nos obrigar a comer sabão e apanhar para saber que sabão não é feito para comer.
Quando me sinto sozinho, corro logo para meus amigos. Não quero o mesmo papo de sempre da família: como está o colégio? E os amigos, tem muitos? E a namorada? Cara, que saco!
Triste aqueles que não têm amigos para recorrer. Pior para aqueles que não têm família. Imagina aqueles que não têm nada disso? Não quero nem pensar.
Vida? O que é vida? Viva e saberá.
Às vezes, quero sentir a música minha alma. Às vezes, quero sentir um abraço de um(a) cantor(a). Às vezes, me vejo perdido no escuro, na negra solidão. Às vezes, quero voltar pra casa, mas não posso.
Penso em tantas coisas que poderia fazer e não posso. Queria poder voar. Queria poder sumir. Sinto minha vida tão agitada mas, ao mesmo tempo, tão vazia e seca. Preciso de uma dose de ânimo. Onde encontrar ânimo?
A família é sempre aquele clichê: acolhe-te e sempre quer o seu bem. Às vezes, é necessário cair, sofrer para aprender o certo. Não simplesmente ser perdoado pelos familiares. É preciso nos obrigar a comer sabão e apanhar para saber que sabão não é feito para comer.
Quando me sinto sozinho, corro logo para meus amigos. Não quero o mesmo papo de sempre da família: como está o colégio? E os amigos, tem muitos? E a namorada? Cara, que saco!
Triste aqueles que não têm amigos para recorrer. Pior para aqueles que não têm família. Imagina aqueles que não têm nada disso? Não quero nem pensar.
Vida? O que é vida? Viva e saberá.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Artigo de opinião - Língua Portuguesa e Jornalismo
Novembro de 2010
Onde estamos?
Século XXI. Muita coisa mudou e vêm mudando. Não posso negar que preconceito acabou e/ou vem acabando. Mas, é incrível como o índice ainda consegue vencer essa barreira que o impede de subir.
Em 2010, vi um terrível caso de homofobia. Quatro adolescentes e um jovem atacaram covardemente uma dupla de amigos que passeava na Avenida Paulista em São Paulo. Segundo informações, no grupo atingido, havia homossexuais. O jovem do grupo rival quebrou uma lâmpada fluorescente no rosto de um dos rapazes do grupo oposto.
Com o rosto completamente machucado, o atingido foi socorrido por pessoas que passavam no local e seu amigo conseguiu fugir. Mais a frente, os agressores atacaram novamente uma pessoa. Eram cinco contra um. Vigilantes dos empresariais próximos ajudaram as vítimas. Os adolescentes foram levados para a antiga FEBEM e o jovem para a delegacia, mas depois foram soltos.
Aí eu me pergunto, pra que tanta covardia? Só por que a pessoa é homossexual, negro, evangélico, pequeno, grande? Sinceramente, preconceito é crime! Qual foi a parte de "crime" que esses racistas e preconceituosos ainda não entenderam? Eu só acredito que um ser que tem a capacidade de fazer uma maldade dessas mereça a punição no mesmo nível. Usando a antiga lei de Talião, “Olho por olho, dente por dente”.
Se o indivíduo é negro, branco, alto, gordo, magro, gay, virgem, sinceramente, a vida é dele. Se a justiça fosse rápida, se a polícia funcionasse, muitos desses episódios seriam poupados. Num país como o nosso, nem tão cedo isso será mudado.
Onde estamos?
Século XXI. Muita coisa mudou e vêm mudando. Não posso negar que preconceito acabou e/ou vem acabando. Mas, é incrível como o índice ainda consegue vencer essa barreira que o impede de subir.
Em 2010, vi um terrível caso de homofobia. Quatro adolescentes e um jovem atacaram covardemente uma dupla de amigos que passeava na Avenida Paulista em São Paulo. Segundo informações, no grupo atingido, havia homossexuais. O jovem do grupo rival quebrou uma lâmpada fluorescente no rosto de um dos rapazes do grupo oposto.
Com o rosto completamente machucado, o atingido foi socorrido por pessoas que passavam no local e seu amigo conseguiu fugir. Mais a frente, os agressores atacaram novamente uma pessoa. Eram cinco contra um. Vigilantes dos empresariais próximos ajudaram as vítimas. Os adolescentes foram levados para a antiga FEBEM e o jovem para a delegacia, mas depois foram soltos.
Aí eu me pergunto, pra que tanta covardia? Só por que a pessoa é homossexual, negro, evangélico, pequeno, grande? Sinceramente, preconceito é crime! Qual foi a parte de "crime" que esses racistas e preconceituosos ainda não entenderam? Eu só acredito que um ser que tem a capacidade de fazer uma maldade dessas mereça a punição no mesmo nível. Usando a antiga lei de Talião, “Olho por olho, dente por dente”.
Se o indivíduo é negro, branco, alto, gordo, magro, gay, virgem, sinceramente, a vida é dele. Se a justiça fosse rápida, se a polícia funcionasse, muitos desses episódios seriam poupados. Num país como o nosso, nem tão cedo isso será mudado.
Matéria de cidades - Redação Jornalística
Outubro de 2010
SHOW INTERNACIONAL DEIXA TRÂNSITO PARADO NO BAIRRO DO PRADO
No último domingo (17) a cidade do Recife foi palco de uma das principais bandas de Pop Internacional, “The Black Eyed Peas”. O show ocorreu no Jóckey Clube de Pernambuco, no bairro do Prado. A apresentação se deu início pontualmente às 20h30, teve duração de mais de duas horas e totalizou um público de mais de 30 mil pessoas.
O trânsito, após o evento, na Avenida Abdias de Carvalho, que liga a zona leste a oeste do recife, ficou completamente engarrafado. Houve conflito entre os motoristas que tentavam sair o mais rápido possível da área do show. Não houve presença da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) no local e o principal semáforo, que dava acesso à avenida, só permanecia aberto por 20 segundos, causando impaciência aos fãs.
Foi necessário muito paciência de todos. O tempo médio para sair do evento foi de quase três horas. Muitos optaram pela contramão sentido Ilha do Leite, e foram surpreendidos mais a frente, próximo a Avenida Agamenom Magalhães, por uma blitz da CTTU. A maioria preferiu esperar e seguir o fluxo sentido Cidade Universitária.
Quem lucrou com tudo isso foram as lanchonetes mais requisitadas da cidade. A maioria preferiu o Habib’s ali ao lado, mas algumas pessoas optaram a zona norte do Recife, bem menos lotada.
SHOW INTERNACIONAL DEIXA TRÂNSITO PARADO NO BAIRRO DO PRADO
No último domingo (17) a cidade do Recife foi palco de uma das principais bandas de Pop Internacional, “The Black Eyed Peas”. O show ocorreu no Jóckey Clube de Pernambuco, no bairro do Prado. A apresentação se deu início pontualmente às 20h30, teve duração de mais de duas horas e totalizou um público de mais de 30 mil pessoas.
O trânsito, após o evento, na Avenida Abdias de Carvalho, que liga a zona leste a oeste do recife, ficou completamente engarrafado. Houve conflito entre os motoristas que tentavam sair o mais rápido possível da área do show. Não houve presença da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) no local e o principal semáforo, que dava acesso à avenida, só permanecia aberto por 20 segundos, causando impaciência aos fãs.
Foi necessário muito paciência de todos. O tempo médio para sair do evento foi de quase três horas. Muitos optaram pela contramão sentido Ilha do Leite, e foram surpreendidos mais a frente, próximo a Avenida Agamenom Magalhães, por uma blitz da CTTU. A maioria preferiu esperar e seguir o fluxo sentido Cidade Universitária.
Quem lucrou com tudo isso foram as lanchonetes mais requisitadas da cidade. A maioria preferiu o Habib’s ali ao lado, mas algumas pessoas optaram a zona norte do Recife, bem menos lotada.
Matéria de cultura - Redação Jornalística
Novembro de 2010
FILME DE TERROR AGORA EM “3D”
“Eu quero jogar um jogo.” Essa é a frase mais ouvida no filme “Jogos Mortais” que deu início no ano de 2004. O longa, originado por uma série, conta a história de algumas pessoas que são escolhidas por psicopatas para participarem de um jogo. Nessa disputa há uma escolha, viver ou morrer, feita pelo mentor do jogo, chamado “Jigsaw”, um boneco controlado pelos maníacos.
Os jogadores sempre são escolhidos por terem feito algo de ruim em suas vidas. Por exemplo, terem contado alguma mentira, serem racistas, julgar e condenar etc. E agora, merecem sofrer e escolher salvar suas vidas ou simplesmente desistir e terem uma morte longa e tenebrosa.
No dia 29 de outubro, estreou-se o último episódio da saga, chamado “Jogos Mortais o Final”. A película teve mais seis edições, todas seguindo uma sequência cronológica.
A novidade esse ano é a característica do filme ser em terceira dimensão. Alguns espectadores que foram entrevistados afirmaram que é uma grande diferença. “Muito melhor que os outros! Você tem a impressão de que as partes dos corpos voam pra cima de você. Pra quem gosta de terror, esse é filme certo!”, afirmou a estudante de Direito, Isabella Nóbrega. Já a também estudante de Direito, Eduarda Salazar não gostou dos efeitos. “Prefiro como antes. Não gostei da sensação. É como se eu estivesse lá. Eu quero ver de fora, não me senti naquela situação horrível.”.
O filme pode ser visto nos cinemas do shopping Recife, Tacaruna e Guararapes. Os únicos que oferecem a versão em 3D são o Recife e Guararapes. Os preços variam de R$10,50 a R$22, dependendo do dia, idade e tipo. Para os que preferirem a versão normal, devem ir ao cinema do Tacaruna. Lá, os preços vão de R$3 a R$18.
FILME DE TERROR AGORA EM “3D”
“Eu quero jogar um jogo.” Essa é a frase mais ouvida no filme “Jogos Mortais” que deu início no ano de 2004. O longa, originado por uma série, conta a história de algumas pessoas que são escolhidas por psicopatas para participarem de um jogo. Nessa disputa há uma escolha, viver ou morrer, feita pelo mentor do jogo, chamado “Jigsaw”, um boneco controlado pelos maníacos.
Os jogadores sempre são escolhidos por terem feito algo de ruim em suas vidas. Por exemplo, terem contado alguma mentira, serem racistas, julgar e condenar etc. E agora, merecem sofrer e escolher salvar suas vidas ou simplesmente desistir e terem uma morte longa e tenebrosa.
No dia 29 de outubro, estreou-se o último episódio da saga, chamado “Jogos Mortais o Final”. A película teve mais seis edições, todas seguindo uma sequência cronológica.
A novidade esse ano é a característica do filme ser em terceira dimensão. Alguns espectadores que foram entrevistados afirmaram que é uma grande diferença. “Muito melhor que os outros! Você tem a impressão de que as partes dos corpos voam pra cima de você. Pra quem gosta de terror, esse é filme certo!”, afirmou a estudante de Direito, Isabella Nóbrega. Já a também estudante de Direito, Eduarda Salazar não gostou dos efeitos. “Prefiro como antes. Não gostei da sensação. É como se eu estivesse lá. Eu quero ver de fora, não me senti naquela situação horrível.”.
O filme pode ser visto nos cinemas do shopping Recife, Tacaruna e Guararapes. Os únicos que oferecem a versão em 3D são o Recife e Guararapes. Os preços variam de R$10,50 a R$22, dependendo do dia, idade e tipo. Para os que preferirem a versão normal, devem ir ao cinema do Tacaruna. Lá, os preços vão de R$3 a R$18.
Matéria de esportes - Redação Jornalística
Outubro de 2010
CLÁSSICO TERMINA EM EMPATE NA ILHA DO RETIRO
No último sábado (23), os dois times mais populares de Pernambuco, Sport e Náutico disputaram três pontos na campeonato Pernambucano da série B. O rubro-negro encontrava-se a três pontos do G4 e o alvi-rubro não podia perder, pois estava a um passo da zona de rebaixamento.
O primeiro tempo foi dominado pelo time do timbu, com jogadas excelentes de Bruno Meneghel, estreante no jogo de sábado. Ao início do segundo tempo, o jogador, impedido, conseguiu ultrapassar a barreira do Sport, o goleiro Magrão e fez o gol para o Náutico. Nem o árbitro nem o bandeirinha perceberam a posição de impedimento de Bruno causando à torcida rubro-negra indignação e decepção.
Todo o segundo tempo foi de bastante strss para a torcida do Sport, até que aos aproximados 30 minutos, Romerito, recém chegado ao time, fez o empate num jogada de destaque. Os mais de 20 mil torcedores gritavam e a Ilha ferveu de emoção.
Com o empate, cada tima recebeu um ponto no campeonato. O resultado não foi bom para nenhum dos clubes. O Sport permaneceu em quinto lugar com 50 pontos, dois até o G4 e o Náutico, a cinco pontos da zona de rebaixamento. O time de Geninho precisa ganhar seis rodadas para se classificar a série A e o timbu tem que correr para não ser rebaixado para a série C.
Os próximos jogos, Náutico X Guaratinguetá e Sport X Figueirense serão realizados nas datas de 29 e 30 de outubro, respectivamente. O Figueirense que se encontra em segundo lugar dom 55 pontos precisa perder para que o Sport possa subir, assim como o Guaratinguetá que está a dois pontos acima do Náutico.
CLÁSSICO TERMINA EM EMPATE NA ILHA DO RETIRO
No último sábado (23), os dois times mais populares de Pernambuco, Sport e Náutico disputaram três pontos na campeonato Pernambucano da série B. O rubro-negro encontrava-se a três pontos do G4 e o alvi-rubro não podia perder, pois estava a um passo da zona de rebaixamento.
O primeiro tempo foi dominado pelo time do timbu, com jogadas excelentes de Bruno Meneghel, estreante no jogo de sábado. Ao início do segundo tempo, o jogador, impedido, conseguiu ultrapassar a barreira do Sport, o goleiro Magrão e fez o gol para o Náutico. Nem o árbitro nem o bandeirinha perceberam a posição de impedimento de Bruno causando à torcida rubro-negra indignação e decepção.
Todo o segundo tempo foi de bastante strss para a torcida do Sport, até que aos aproximados 30 minutos, Romerito, recém chegado ao time, fez o empate num jogada de destaque. Os mais de 20 mil torcedores gritavam e a Ilha ferveu de emoção.
Com o empate, cada tima recebeu um ponto no campeonato. O resultado não foi bom para nenhum dos clubes. O Sport permaneceu em quinto lugar com 50 pontos, dois até o G4 e o Náutico, a cinco pontos da zona de rebaixamento. O time de Geninho precisa ganhar seis rodadas para se classificar a série A e o timbu tem que correr para não ser rebaixado para a série C.
Os próximos jogos, Náutico X Guaratinguetá e Sport X Figueirense serão realizados nas datas de 29 e 30 de outubro, respectivamente. O Figueirense que se encontra em segundo lugar dom 55 pontos precisa perder para que o Sport possa subir, assim como o Guaratinguetá que está a dois pontos acima do Náutico.
Matéria de economia - Redação Jornalística
Outubro de 2010
VARIEDADE DE PREÇOS NA HORA DE ESCOLHER O PRESENTE DE FIM DE ANO
Dezembro, festas, reuniões e encontros. Com a chegada do natal, os preços das mercadorias aumentam de acordo com a inflação brasileira. As lojas do centro da cidade são as mais procuradas pela população de classe média. Os preços variam de acordo com o tipo de produto. Vão de R$1 a R$100, aproximadamente.
O shopping center é uma saída para quem quer dar um presente mais caro. Há uma variedade enorme de lojas dentro do estabelecimento. Roupas, sapatos, artigos para casa e até mesmo eletrodomésticos. Os clientes têm a opção de pagar à vista, em algumas lojas com desconto que caria de cinco a 10% e poderão também pagar dividido em seis ou até 15 vezes sem juros em diversos cartões, dependendo da loja.
A comerciante Juliana Gomes, 36, gerente de uma loja de roupas de um shopping da zona sul do Recife preferiu não aumentar tanto os preços de suas peças, já que já muita mercadoria em estoque. "Eu prefiro não aumentar o preço pra chamar mais cleintes. E já que tenho muita mercadoria, não corro o risco do meu lucro ser baixo." Conta Juliana
A autônoma Flávia Pereira, 43, disse que prefere comprar os produtos na véspera de natal. "Encontro muita promoção relâmpago! Claro que há um risco de não conseguir o que quero, mas sempre acho algo que me interesse. O problema são as filas, cada uma imensa!" contou Flávia.
O horário de funcionamento do centro da cidade é de segunda a sábado, das 8h às 18h. Os shoppings abrem diariamente às 9h e fecham às 22h. Atenção para o dia da véspera de natal; o shopping fechará às 19h.
VARIEDADE DE PREÇOS NA HORA DE ESCOLHER O PRESENTE DE FIM DE ANO
Dezembro, festas, reuniões e encontros. Com a chegada do natal, os preços das mercadorias aumentam de acordo com a inflação brasileira. As lojas do centro da cidade são as mais procuradas pela população de classe média. Os preços variam de acordo com o tipo de produto. Vão de R$1 a R$100, aproximadamente.
O shopping center é uma saída para quem quer dar um presente mais caro. Há uma variedade enorme de lojas dentro do estabelecimento. Roupas, sapatos, artigos para casa e até mesmo eletrodomésticos. Os clientes têm a opção de pagar à vista, em algumas lojas com desconto que caria de cinco a 10% e poderão também pagar dividido em seis ou até 15 vezes sem juros em diversos cartões, dependendo da loja.
A comerciante Juliana Gomes, 36, gerente de uma loja de roupas de um shopping da zona sul do Recife preferiu não aumentar tanto os preços de suas peças, já que já muita mercadoria em estoque. "Eu prefiro não aumentar o preço pra chamar mais cleintes. E já que tenho muita mercadoria, não corro o risco do meu lucro ser baixo." Conta Juliana
A autônoma Flávia Pereira, 43, disse que prefere comprar os produtos na véspera de natal. "Encontro muita promoção relâmpago! Claro que há um risco de não conseguir o que quero, mas sempre acho algo que me interesse. O problema são as filas, cada uma imensa!" contou Flávia.
O horário de funcionamento do centro da cidade é de segunda a sábado, das 8h às 18h. Os shoppings abrem diariamente às 9h e fecham às 22h. Atenção para o dia da véspera de natal; o shopping fechará às 19h.
Matéria sobre artesanato - Redação Jornalística
Outubro de 2010
Artesanato é vendido na Unicap
O vendedor de artesanato, Edinauro Pereira, 41, faz a arte desde 1984 com o irmão e vende desde 1992, sozinho. Seus principais pontos de veda são a Unicap, Uni. Federal de PE, Uni. Rural de PE e a cidade de Porto de Galinhas. Na Católica, o vendedor chega sempre às 11h da manhã e sái às 16h para pegar seu tranposrte e seguir para a UFRPE.
Edinauro vende cerca de dez a 15 produtos por dia, entre eles, brincos, colares, pulseiras e artigos para decoração. Os preços variam de R$5 e R$35 e quando o cliente não tem dinheiro na hora, ele sugere a venda por telefone.
Artesanato é vendido na Unicap
O vendedor de artesanato, Edinauro Pereira, 41, faz a arte desde 1984 com o irmão e vende desde 1992, sozinho. Seus principais pontos de veda são a Unicap, Uni. Federal de PE, Uni. Rural de PE e a cidade de Porto de Galinhas. Na Católica, o vendedor chega sempre às 11h da manhã e sái às 16h para pegar seu tranposrte e seguir para a UFRPE.
Edinauro vende cerca de dez a 15 produtos por dia, entre eles, brincos, colares, pulseiras e artigos para decoração. Os preços variam de R$5 e R$35 e quando o cliente não tem dinheiro na hora, ele sugere a venda por telefone.
Diferentes tipos de lides - Redação Jornalística
Setembro de 2010
Estudantes promovem protesto contra o calor em Universidade
Lide de "Citação"
"Esse protesto não vai dar em nada! Nunca deu certo, não vai dar agora.". Foram essas as palavras de Eduarda Salazar, estudante do 2º período de Direos da Universidade Católica de Pernambuco, mediante o protesto a favor da instalação de ar-condicionados por toda a Universidade. O moviemtn, promovido pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) será realizsado no dia 2 de setembro às 11h da manhã no campus da Unicap.
Lide de "Enumeração"
Verão, sol, calor. Os alunos da Universidade Católica de Pernambuco solicitam a instalação de ar-condicionados nas salas de aula de todos os blocos da Unversidade para diminuir o calor intenso. Haverá um protesto, cujos cartazes de divulgação foram distribuídos por toda a Católica na última segunda-feira. O movimento, que já é o segundo realizado em menos de um ano, é organizado pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes).
Lide "Interrogativo"
Você acha que recife está quente demais ultimamente? Os estudantes da Universidade Católica de Pernambuco reclamam diariamente do calor intenso nas salas de aula. Na última segunda-feira, foi divulgado um protesto organizado pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), pedindo a instalação de ar-condicionados em todos os espaços da Católica. O movimento acontecerá no dia 2 de setembro, às 11h da manhã no campus da Universidade e os estudantes prometem trajar roupas de calor.
Estudantes promovem protesto contra o calor em Universidade
Lide de "Citação"
"Esse protesto não vai dar em nada! Nunca deu certo, não vai dar agora.". Foram essas as palavras de Eduarda Salazar, estudante do 2º período de Direos da Universidade Católica de Pernambuco, mediante o protesto a favor da instalação de ar-condicionados por toda a Universidade. O moviemtn, promovido pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) será realizsado no dia 2 de setembro às 11h da manhã no campus da Unicap.
Lide de "Enumeração"
Verão, sol, calor. Os alunos da Universidade Católica de Pernambuco solicitam a instalação de ar-condicionados nas salas de aula de todos os blocos da Unversidade para diminuir o calor intenso. Haverá um protesto, cujos cartazes de divulgação foram distribuídos por toda a Católica na última segunda-feira. O movimento, que já é o segundo realizado em menos de um ano, é organizado pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes).
Lide "Interrogativo"
Você acha que recife está quente demais ultimamente? Os estudantes da Universidade Católica de Pernambuco reclamam diariamente do calor intenso nas salas de aula. Na última segunda-feira, foi divulgado um protesto organizado pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), pedindo a instalação de ar-condicionados em todos os espaços da Católica. O movimento acontecerá no dia 2 de setembro, às 11h da manhã no campus da Universidade e os estudantes prometem trajar roupas de calor.
Lide Jornalístico - Redação Jornalística
Setembro de 2010
Estudantes promovem protesto contra o calor em Universidade
Na útltima segunda-feira (30), foram distribuídos por toda a Universidade Católica de Pernambuco, cartazes divulgando o protesto a favor da instalação de ar-condicionados por toda a Unicap. Esse já é o segundo movimento a ser realizado em menos de um ano. A paralisação, promovida pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), acontece no dia 2 de semtebro às 11h da manhã no campus da Católica e os estudantes prometem trajar roupas de calor.
Estudantes promovem protesto contra o calor em Universidade
Na útltima segunda-feira (30), foram distribuídos por toda a Universidade Católica de Pernambuco, cartazes divulgando o protesto a favor da instalação de ar-condicionados por toda a Unicap. Esse já é o segundo movimento a ser realizado em menos de um ano. A paralisação, promovida pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), acontece no dia 2 de semtebro às 11h da manhã no campus da Católica e os estudantes prometem trajar roupas de calor.
Terceiro Stand-up sobre "Blitz sanitária na rua do Lazer" - Telejornalismo
Setembro de 2010
STAND-UP: CERCA DE TRINTA QUIOSQUES FORAM VISTORIADOS. VERIFICOU-SE VALIDADE DE ALIMENTOS, CONDIÇÕES SANITÁRIAS E AUTORIZAÇÃO PARA VENDA DOS PRODUTOS. DUAS BARRACAS FORAM INTERDITADAS POR VENDER PRODUTOS FORA DA VALIDADE. DAS OITO QUE RESTARAM APENAS UMA, QUE VENDE COMIDA CHINESA NÃO TINHA A DEVIDA AUTORIZAÇÃO PARA A COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS. ESTA RECEBEU SUSPENSÃO DE QUINZE DIAS ATÉ SUA LEGALIZAÇÃO. A BLITZ SANITÁRIA SEGUE AMANHÃ PARA O MERCADO DA MADALENA.
STAND-UP: CERCA DE TRINTA QUIOSQUES FORAM VISTORIADOS. VERIFICOU-SE VALIDADE DE ALIMENTOS, CONDIÇÕES SANITÁRIAS E AUTORIZAÇÃO PARA VENDA DOS PRODUTOS. DUAS BARRACAS FORAM INTERDITADAS POR VENDER PRODUTOS FORA DA VALIDADE. DAS OITO QUE RESTARAM APENAS UMA, QUE VENDE COMIDA CHINESA NÃO TINHA A DEVIDA AUTORIZAÇÃO PARA A COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS. ESTA RECEBEU SUSPENSÃO DE QUINZE DIAS ATÉ SUA LEGALIZAÇÃO. A BLITZ SANITÁRIA SEGUE AMANHÃ PARA O MERCADO DA MADALENA.
Segundo Stand-up sobre "Vestibular na UNICAP" - Telejornalismo
Setembro de 2010
STAND-UP: A UNIVERSIDADE CATOLICA DE PERNAMBUCO E O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DECIDIRAM QUE A SELEÇÃO PARA NOVOS ESTUDANTES SERÁ REALIZADA EM DUAS ETAPAS, SENDO UM GRUPO POR DIA. NO PRÓXIMO SÁBADO O DE HUMANAS COM AS PROVAS DE HISTÓRIA, PORTUGUES, LITERATURA, REDAÇÃO E LÍNGUA ESTRANGEIRA INGLÊS OU ESPANHOL. NO DOMINGO O DE EXATAS COM MATEMÁTICA, FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA. CADA GRUPO TERÁ A DURAÇÃO DE CINCO HORAS. A NOVIDADE SERVE PARA TRANQUILIZAR OS CANDIDATOS, JÁ QUE MUITOS RECLAMAM DA QUANTIDADE DE EXAMES PARA SE FAZER EM APENAS UM DIA. PARA OUTRAS INFORMAÇÕES ACESSE O SITE WWW.UNICAP.BR
STAND-UP: A UNIVERSIDADE CATOLICA DE PERNAMBUCO E O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DECIDIRAM QUE A SELEÇÃO PARA NOVOS ESTUDANTES SERÁ REALIZADA EM DUAS ETAPAS, SENDO UM GRUPO POR DIA. NO PRÓXIMO SÁBADO O DE HUMANAS COM AS PROVAS DE HISTÓRIA, PORTUGUES, LITERATURA, REDAÇÃO E LÍNGUA ESTRANGEIRA INGLÊS OU ESPANHOL. NO DOMINGO O DE EXATAS COM MATEMÁTICA, FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA. CADA GRUPO TERÁ A DURAÇÃO DE CINCO HORAS. A NOVIDADE SERVE PARA TRANQUILIZAR OS CANDIDATOS, JÁ QUE MUITOS RECLAMAM DA QUANTIDADE DE EXAMES PARA SE FAZER EM APENAS UM DIA. PARA OUTRAS INFORMAÇÕES ACESSE O SITE WWW.UNICAP.BR
Primeiro Stand-up sobre "Aumento das passagens de ônibus" - Telejornalismo
Agosto de 2010
STAND-UP: DE ACORDO COM O GRANDE RECIFE, SOMENTE OS ANÉIS A E BÊ RECEBERÃO AUMENTO. O ANEL A TERÁ UM AJUSTE DE MAIS DE CINCO POR CENTO E PASSARÁ DE UM REAL E OITENTA E CINCO CENTAVOS PARA UM REAL E NOVENTA E CINCO CENTAVOS. JÁ O ANEL BÊ PASSARÁ DE DOIS REAIS E OITENTA CENTAVOS PARA TRES REAIS. UM AUMENTO DE CERCA DE SETE POR CENTO. NÃO HAVERÁ ALTERAÇÃO PARA OS ANÉIS DÊ E GÊ. OS NOVOS PREÇOS ENTRARÃO EM VIGOR A PARTIR DO DIA SEIS DE SETEMBRO. E OS ESTUDANTES CONTINUARÃO A PAGAR MEIA PASSAGEM.
STAND-UP: DE ACORDO COM O GRANDE RECIFE, SOMENTE OS ANÉIS A E BÊ RECEBERÃO AUMENTO. O ANEL A TERÁ UM AJUSTE DE MAIS DE CINCO POR CENTO E PASSARÁ DE UM REAL E OITENTA E CINCO CENTAVOS PARA UM REAL E NOVENTA E CINCO CENTAVOS. JÁ O ANEL BÊ PASSARÁ DE DOIS REAIS E OITENTA CENTAVOS PARA TRES REAIS. UM AUMENTO DE CERCA DE SETE POR CENTO. NÃO HAVERÁ ALTERAÇÃO PARA OS ANÉIS DÊ E GÊ. OS NOVOS PREÇOS ENTRARÃO EM VIGOR A PARTIR DO DIA SEIS DE SETEMBRO. E OS ESTUDANTES CONTINUARÃO A PAGAR MEIA PASSAGEM.
Relatório sobre a peça: "Os Fuzis da Senhora Carrar" - Telejornalismo
Setembro de 2010
A montagem, “Os Fuzis da Senhora Carrar”, (Direção e adaptação de João Denys e Bertolt Brecht) traz a época do regime militar, batalhas, guerras silenciosas, sem aviso prévio em territórios completamente frágeis. A senhora Teresa Carrar, viúva do então senhor Carrar, possui todos os fuzis usados por ele na guerra e os esconde de todos para evitar mais lutas sangrentas. Teresa defende seus filhos e evita que eles entrem na luta. Um deles é assassinado e ela se rende à guerra junto com amigos e o irmão Pedro.
A peça, apresentada no teatro Hermilo Borba Filho no Recife Antigo, Recife, Pernambuco é um espetáculo emocionante. Um mundo tão distante do de hoje. Foi surpreendente a ótima atuação, direção, produção e texto. Atores bem preparados e demonstrando perfeito trabalho.
Teatro cheio, o evento teve a presença de alunos e professores da Universidade Católica de Pernambuco, e de personalidades da mídia recifense. Em uma hora e meia de espetáculo, cada passo era interessante, inesperado, imprevisível, chocante. Cada palavra interpretada era escutada com bastante atenção pelos espectadores e tornava a mente de todos a refletir. Cada minuto que passava, a peça ia tornando-se impecável, de qualidade tremenda.
Ao final da peça, uma grande interpretação das mortes que foram sofridas na guerra, inclusive da própria Senhora Carrar, tentando defender os filhos e seu país. O espetáculo foi aplaudido de pé pelos espectadores que puderam cumprimentar os artistas logo após do encerramento.
Para saber mais sobre a peça clique aqui
A montagem, “Os Fuzis da Senhora Carrar”, (Direção e adaptação de João Denys e Bertolt Brecht) traz a época do regime militar, batalhas, guerras silenciosas, sem aviso prévio em territórios completamente frágeis. A senhora Teresa Carrar, viúva do então senhor Carrar, possui todos os fuzis usados por ele na guerra e os esconde de todos para evitar mais lutas sangrentas. Teresa defende seus filhos e evita que eles entrem na luta. Um deles é assassinado e ela se rende à guerra junto com amigos e o irmão Pedro.
A peça, apresentada no teatro Hermilo Borba Filho no Recife Antigo, Recife, Pernambuco é um espetáculo emocionante. Um mundo tão distante do de hoje. Foi surpreendente a ótima atuação, direção, produção e texto. Atores bem preparados e demonstrando perfeito trabalho.
Teatro cheio, o evento teve a presença de alunos e professores da Universidade Católica de Pernambuco, e de personalidades da mídia recifense. Em uma hora e meia de espetáculo, cada passo era interessante, inesperado, imprevisível, chocante. Cada palavra interpretada era escutada com bastante atenção pelos espectadores e tornava a mente de todos a refletir. Cada minuto que passava, a peça ia tornando-se impecável, de qualidade tremenda.
Ao final da peça, uma grande interpretação das mortes que foram sofridas na guerra, inclusive da própria Senhora Carrar, tentando defender os filhos e seu país. O espetáculo foi aplaudido de pé pelos espectadores que puderam cumprimentar os artistas logo após do encerramento.
Para saber mais sobre a peça clique aqui
SPOT sobre o show da banda Americana "Black Eyed Peas" - Radiojornalismo
Análise do livro: "As mulheres da China" - Radiojornalismo
Outubro de 2010
O livro conta a história de mulheres sofridas da China. A jornalista Xinram que trabalha em um programa de rádio no país, segue em uma jornada por quase toda a China atrás de depoimentos que mostrem a realidade dessas mulheres. Muitas molestadas e subjugadas e nem conhecimento disso têm, pois são completamente distantes do mundo real, do mundo ocidental.
O que chama mais atenção é o trabalho delas. Mas, não é trabalho fora. Muitas passam o dia cuidando da casa e dos filhos. Completamente impedidas de sair de casa e de trabalharem. Têm de esperar o marido voltar do trabalho e ainda dá conta de tudo e de satisfazê-lo sexualmente. Mas, em muitas aldeias, há um tipo de “monogamia”. Em casas mais pobres, há uma mulher para todos os irmãos da família, ou seja, ela terá de se relacionar sexualmente com todos; usada somente como objeto.
Cada história tem um forte apelo emocional e serve para mostrar a realidade da China oculta do mundo ocidental. Muitos desse mundo não conhecem o tratamento que as mulheres da China recebem. A autoridade reina em muitas famílias, e quem desobedecer, recebe um enorme castigo; muitos são pauladas, moléstia, estupros e até a morte por asfixia ou outras causas mais chocantes.
O machismo é a principal causa disso tudo. A autoridade vai passando de pai para filho, para os netos e assim sucessivamente. Não há como impedir. As mulheres chinesas não têm coragem de enfrentar e acabam cedendo.
A repressão é tamanha que a jornalista Xinram só consegue escrever seu livro “As mulheres da China” depois que se muda de lá. O livro, além de histórias pessoais, nos traz muito sobre a geografia, sobre a história, cultura, hábitos e costumes do povo da China.
O livro conta a história de mulheres sofridas da China. A jornalista Xinram que trabalha em um programa de rádio no país, segue em uma jornada por quase toda a China atrás de depoimentos que mostrem a realidade dessas mulheres. Muitas molestadas e subjugadas e nem conhecimento disso têm, pois são completamente distantes do mundo real, do mundo ocidental.
O que chama mais atenção é o trabalho delas. Mas, não é trabalho fora. Muitas passam o dia cuidando da casa e dos filhos. Completamente impedidas de sair de casa e de trabalharem. Têm de esperar o marido voltar do trabalho e ainda dá conta de tudo e de satisfazê-lo sexualmente. Mas, em muitas aldeias, há um tipo de “monogamia”. Em casas mais pobres, há uma mulher para todos os irmãos da família, ou seja, ela terá de se relacionar sexualmente com todos; usada somente como objeto.
Cada história tem um forte apelo emocional e serve para mostrar a realidade da China oculta do mundo ocidental. Muitos desse mundo não conhecem o tratamento que as mulheres da China recebem. A autoridade reina em muitas famílias, e quem desobedecer, recebe um enorme castigo; muitos são pauladas, moléstia, estupros e até a morte por asfixia ou outras causas mais chocantes.
O machismo é a principal causa disso tudo. A autoridade vai passando de pai para filho, para os netos e assim sucessivamente. Não há como impedir. As mulheres chinesas não têm coragem de enfrentar e acabam cedendo.
A repressão é tamanha que a jornalista Xinram só consegue escrever seu livro “As mulheres da China” depois que se muda de lá. O livro, além de histórias pessoais, nos traz muito sobre a geografia, sobre a história, cultura, hábitos e costumes do povo da China.
Matérias diversas - Língua portuguesa e Jornalismo
Agosto de 2010
Violência
Assalto registrado em Brasília Teimosa
Um assalto a uma residência no bairro de Brasília Teimosa, zona Sul do Recife, deixou duas pessoas feridas e causou pânico a comunidade.
Severina Francisca da Silva, 53 anos e Claudia Francisca da Silva, 49, irmãs, estavam chegando em casa quando foram abordadas por dois homens trajando preto e portando armas. De acordo com testemunhas, Severina reagiu ao assalto, fazendo com que um dos bandidos atirasse. O projétil atingiu o braço de Claudia e atraiu toda a vizinhança. Os ladrões entraram na residência das irmãs e roubaram eletrodomésticos e algumas roupas. A polícia foi acionada, mas os criminosos conseguiram fugir. Claudia foi levada ao hospital da Restauração e passa bem.
Futebol
Dessa vez deu Leão!
O campeonato Pernambucano terminou ontem com o clássico Sport e Náutico no estádio da Ilha do Retiro. O Leão venceu com um placar apertado de 1x0, sendo assim pentacampeão pernambucano, chegando mais perto do famoso “Hexa” do timbu.
O time rubro-negro apresentou grande falha na zaga e também na defesa no primeiro tempo, mesmo assim, aos 44 minutos, Ciro, artilheiro do time, marcou um gol. Já no segundo tempo, o time do leão chegou com muito mais ataque, mas continuou falhando na zaga. O time do Náutico teve diversas chances de marcar um gol, mas o goleiro Magrão salvou o Sport. Com o resultado, o time campeão causou euforia aos torcedores e a avenida Abdias de Carvalho permaneceu fechada por mais de 30 minutos depois do jogo, para que todos os torcedores pudessem sair. O tráfego foi liberado pelo batalhão de polícia, 45 minutos depois da partida.
Saúde
Novo tratamento contra o câncer.
Depois da quase cura da AIDS, estudada pelo médico/cientista Luiz Cláudio Arraes no ano de 2008, agora, o cientista Claudio Manoel da Costa descobriu no Recife, um novo tratamento para o câncer cerebral.
O estudioso descobriu que células tronco retiradas da placenta do urso Panda podem ter efeito curativo ao câncer. O cientista informou que o tratamento poderá ser testado em cobaias depois da autorização prévia do IBAMA, já que a espécie animal citada encontra-se em extinção.
Tecnologia
Computador que lê até pensamentos
Já não basta a criação de robôs e máquinas. A última agora do famoso cientista Geraldo Geração, dono do maior laboratório de pesquisas científicas de São Paulo, “G.G. Tecnologia”, é um computador que lê pensamentos, o sonho de muitas pessoas.
O especialista tem realizado testes no aparelho e informou que o mesmo poderá ser muito eficaz em investigações policiais, permitindo aos profissionais a leitura dos pensamentos dos criminosos, ajudando a descobrir se eles estão realmente falando a verdade.
O computador não será comercializado ao público, já que o governo federal não permitiu, alegando ser invasão de privacidade alheia.
Violência
Assalto registrado em Brasília Teimosa
Um assalto a uma residência no bairro de Brasília Teimosa, zona Sul do Recife, deixou duas pessoas feridas e causou pânico a comunidade.
Severina Francisca da Silva, 53 anos e Claudia Francisca da Silva, 49, irmãs, estavam chegando em casa quando foram abordadas por dois homens trajando preto e portando armas. De acordo com testemunhas, Severina reagiu ao assalto, fazendo com que um dos bandidos atirasse. O projétil atingiu o braço de Claudia e atraiu toda a vizinhança. Os ladrões entraram na residência das irmãs e roubaram eletrodomésticos e algumas roupas. A polícia foi acionada, mas os criminosos conseguiram fugir. Claudia foi levada ao hospital da Restauração e passa bem.
Futebol
Dessa vez deu Leão!
O campeonato Pernambucano terminou ontem com o clássico Sport e Náutico no estádio da Ilha do Retiro. O Leão venceu com um placar apertado de 1x0, sendo assim pentacampeão pernambucano, chegando mais perto do famoso “Hexa” do timbu.
O time rubro-negro apresentou grande falha na zaga e também na defesa no primeiro tempo, mesmo assim, aos 44 minutos, Ciro, artilheiro do time, marcou um gol. Já no segundo tempo, o time do leão chegou com muito mais ataque, mas continuou falhando na zaga. O time do Náutico teve diversas chances de marcar um gol, mas o goleiro Magrão salvou o Sport. Com o resultado, o time campeão causou euforia aos torcedores e a avenida Abdias de Carvalho permaneceu fechada por mais de 30 minutos depois do jogo, para que todos os torcedores pudessem sair. O tráfego foi liberado pelo batalhão de polícia, 45 minutos depois da partida.
Saúde
Novo tratamento contra o câncer.
Depois da quase cura da AIDS, estudada pelo médico/cientista Luiz Cláudio Arraes no ano de 2008, agora, o cientista Claudio Manoel da Costa descobriu no Recife, um novo tratamento para o câncer cerebral.
O estudioso descobriu que células tronco retiradas da placenta do urso Panda podem ter efeito curativo ao câncer. O cientista informou que o tratamento poderá ser testado em cobaias depois da autorização prévia do IBAMA, já que a espécie animal citada encontra-se em extinção.
Tecnologia
Computador que lê até pensamentos
Já não basta a criação de robôs e máquinas. A última agora do famoso cientista Geraldo Geração, dono do maior laboratório de pesquisas científicas de São Paulo, “G.G. Tecnologia”, é um computador que lê pensamentos, o sonho de muitas pessoas.
O especialista tem realizado testes no aparelho e informou que o mesmo poderá ser muito eficaz em investigações policiais, permitindo aos profissionais a leitura dos pensamentos dos criminosos, ajudando a descobrir se eles estão realmente falando a verdade.
O computador não será comercializado ao público, já que o governo federal não permitiu, alegando ser invasão de privacidade alheia.
Análise sobre o filme "Quarto Poder" - Ética Jornalísitca
Setembro de 2010
Max Brackett (Dustin Hoffman) – Repórter
O reporter Max Brackett, freelancer da emissora KXBD do estado da California (EUA), é um homem bastante curioso e insistente. Ele tenta conseguir de qualquer maneira matérias quentes para sua emissora contratante. Conversa com Lou (Robert Prosky), seu cehfe de departamento, sobre pôr no ar uma matéria de um homem acusado de alguns processos no estado. Lou afirma que seria uma exposição desnecessária, pois o réu ainda não tinha participado das audiências judiciais. Mas Max insiste na matéria. Ele nem sequer dá conta da gravidade que esse caso poderia causar. Irritado, Lou manda Max para uma entrevista com a dona de um museu, onde haviam sido demitidos diversos empregados por motivos financeiros. Matéria feita, tudo cero, Max vai ao banheiro e, sem perceber estava no meio de uma tentativa de assassinato de um dos ex-empregados do museu, Sam Baily (John Travolta). Na mesma hora, Max liga para sua assistente do lado de fora do museu e conta o caso. Ela liga para Lou e Max diz que essa seria a matéria do ano. O comportamento de Max a frente de todo esse “circo” é muito de interesses em sua carreira. Ele não da conta da situação de risco que ele se envolvera. Havia crianças e adultos reféns, e Max, assim mesmo, preferiu não chamar a polícia. Exigiu que sua assistente chamasse a emissora para o local e ele conseguir um furo de reportagem que iria fazer sua carreira explodir. - É impressionante a capacidade do repórter de somente se preocupar com o furo, e não com sua vida e na vida dos outros. - Logo em seguida, Sam encontra Max no banheiro narrando tudo que estava ocorrendo dentro do museu para o país. - Num momento do filme, eu fiquei completamente surpreso. Na hora em que o suposto assassino dá de cara com o repórter; Max pega o microfone e pergunta se Sam queria dar alguma satisfação ao público e ainda mais, sendo apontado por uma arma, agindo como se nada estivesse acontecendo. É completamente inacreditável a reação de Max à frente disso tudo. - Resumindo; o repórter vai manipulando a cabeça de Sam ao longo do tempo. Fazendo uma série de perguntas, tentando acalmar o suspeito. Mas, tudo que Max queria era uma entrevista exclusiva com Sam Baily. Imagine só; a carreira do repórter iria explodir. Mesmo numa situação de alto risco, Max Brackett prefere sua matéria. A manipulação de Max sobre Sam é tamanha que ele domina a situação. Tanto é que podia sair e entrar do museu quando bem entendesse. Ele consegue a confiança de Sam ao longo do tempo. - O que mais me chama atenção no filme é a frieza com que Max trata Sam. Ele parece estar bem calmo e não vê a gravidade da situação. Volto a repetir, seu único interesse é a matéria, a exclusiva, o furo de reportagem. - Finalmente, ele consegue sua exclusiva, expondo o rosto de Sam para todo o país. Uma coisa completamente errada a meu ver. A imprensa é responsável por muitos casos, e aquele que ela expor primeiro, ficará guardado na memória do público para sempre. Max manipula Sam de uma forma para ele parecer uma boa pessoa, e consegue. Depois da entrevista, 59% do país passa a acreditar que Sam é uma pessoa boa. Mas, ao longo do tempo, ele vai enlouquecendo, e quando recebe a ligação de sua esposa, tentando fazer com que ele desista de tudo; ele a vê pela TV no momento de sua conversa, ouvindo instruções do chefe de polícia. Sam entra em desespero e atira para o alto, pela janela, fazendo com que as pessoas voltassem a pensar que ele era uma pessoa má. Max pede a ilha de edição e manda sua assistente entrevistar uma série de pessoas que pudessem ajudar Sam, - o que me deixou confuso, será que ele queria mesmo ajudar Sam ou não? Será que ele só estava manipulando para conseguir mais uma entrevista? - Enfim; Max edita as matérias de uma forma contrária ao que elas diziam, mudando assim o depoimento dos entrevistados. Mais um absurdo em troca de matérias e promoções na carreira. O caso vira um verdadeiro “circo”. Câmeras por toda parte, policiais manipulados pela imprensa, representada por Max, as entrevistas concedidas por Sam pareciam um show etc. Ao final, Sam libertou todas as crianças e reféns e explodiu o museu com ele dentro. Max gritou para a imprensa do local que eles haviam matado Sam Baily. - A meu ver, correto. Nada é pior do que a pressão e o poder da imprensa e da mídia.
Laurie Callahan (Mia Kirshner) – Estagiária
No começo do filme, Laurie é bastante ingênua no mundo da mídia. Preocupa-se bastante com o próximo. Muito diferente de Max Brackett, que era frio e só pensava em sua carreira. O comportamento da estagiária vai mudando aos poucos com a convivência com Max. Laurie estava sendo “envenenada” pelo poder da mídia. Ao longo do caso, sua opinião muda e ela se transforma em um novo “Max Brackett”, apoiando a manipulação e ajudando nas entrevistas. Tudo para manter seu emprego. - O que me desperta a atenção é como todo jornalista faz de tudo para não perder seu emprego. Até expor a imagem de um suspeito, até editar depoimentos para conseguir audiência, e sabemos que não só ocorre num filme, temos diversos programas de sensacionalismo no ar. - Ao final, Laurie está completamente “batizada” e já aceita o sensacionalismo de forma completamente normal. Um exemplo explícito é o momento em que Max aparece ferido e sangrando por toda face e ela se aproxima para realizar uma exclusiva com Max, fazendo uma série de perguntas e mandando Max não limpar os ferimentos para causar uma impressão assustadora do ocorrido. Ela nem sequer lembra de que ele foi seu chefe. Laurie estava ali somente para conseguir sua entrevista.
Kevin Hollander (Alan Alda) - Âncora de rede
Kevin Hollander, âncora do programa da KXBD em Nova York, é também bastante manipulador, assim como Max Brackett. Os dois têm um passado meio perturbador. Max acabou com uma matéria de Kevin há anos atrás, falando asneiras ao vivo. Kevin ficou completamente constrangido e nunca esqueceu o ocorrido. Hoje, ele quer se vingar, roubando matérias de Max. O repórter alega que a história é dele, mas o assistente de Kevin afirma que é propriedade da emissora. Tudo gira em torno da matéria, da exclusiva, do furo de reportagem. Ninguém lembra de que há um ser humano, que errou no meio disso tudo. O que eles querem é o sensacionalismo, é expor completamente a imagem de Sam para conseguir mais audiência... Kevin ameaça a carreira de Max para conseguir sua entrevista exclusiva com Sam, mas Max desiste e cede para um dos maiores shows influenciáveis da TV americana, “Larry King Show”. Kevin fica bastante irritado e consegue artifícios para prejudicar a carreira de Max. Edita as entrevistas e consegue gravações suspeitas de Max conversando com Sam, mostrando a manipulação. Acabou também com a boa imagem do suspeito, expondo-o ainda mais. A ética jornalística é completamente esquecida por toda imprensa.
Cinegrafistas
Os cinegrafistas são os piores, no sentido de expor a imagem do público. No momento em que duas crianças são libertadas, eles ultrapassam o limite permitido pela polícia, sem nenhum escrúpulo, e chegam bem próximos das reféns, fazendo diversas perguntas, assustando as mesmas. O respeito vai embora, e a exposição continua, agora pior, expor vítimas menores de idades. Não achando pouco, se disfarçam de médicos e entram no hospital em que Cliff, guarda de segurança do museu atingido acidentalmente por um tiro por Sam Baily, está internado, tentando conseguir uma entrevista ou imagens chocantes. Invadem o quarto de Cliff para conseguir imagens através da janela do quarto do hospital, se estabilizam na frente da casa da esposa de Sam Baily, expõem as vítimas e os envolvidos, amigos, parentes e família do suspeito. Não há limites, tudo para conseguir a famosa “exclusiva”. Ao fim de tudo, quando todos são libertados, os cinegrafistas correm para conseguir imagens em primeira mão dos reféns.
[...] O filme mostra todo o poder da mídia em cima de casos como este. Até quando vai esse sensacionalismo absurdo do chamado “quarto poder”? É triste ver que jornalistas formados, infringem o código ético jornalístico, que visa a privacidade da vítima. O artigo de número dois parágrafo primeiro afirma que: “a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas”, o que é completamente descumprido pela maioria dos jornalistas de hoje. Alguns deles até divulgam dados falsos, para conseguir uma boa matéria. É um absurdo como a imprensa consegue manipular todo e qualquer tipo de pessoa. É um veículo altamente poderoso e capaz de mudar e formar opiniões num piscar de olhos. No filme, o repórter Max Brackett consegue mudar os pensamentos de Sam diversas vezes. Nas entrevistas, ele consegue com que Sam fale de um modo comum, como se nada estivesse acontecendo, manipulando Sam e o telespectador ao mesmo tempo. É um poder assustador. Esse poder é tão grande que consegue mudar opiniões e visões, como o caso da estagiária Laurrie Callahan, que era contra o sensacionalismo, contra a manipulação e foi influenciada, mudando de ideia a respeito de tudo isso. No mundo da mídia, da imprensa, há competições, e quem for melhor, e mais influenciador, consegue o que quer. Kevin, o âncora, se vinga de Max, por ter destruído sua matéria há tempos atrás. Não há escrúpulos, não há companheirismo nem coleguismo. Quem conseguir a matéria mais drástica, mais chamativa, mais chocante, é o melhor. Podendo até prejudicar a carreira do colega jornalista. Cinegrafistas estão cada dia mais invasores da vida privada. Chegam a expor descaradamente a imagem das vítimas e dos suspeitos. Assustam o público que não está acostumado. E eles não se importam. Quanto mais assustadores forem, melhor. O sensacionalismo virou uma arma poderosa a favor da imprensa. O absurdo maior dos cinegrafistas no filme é o disfarce para invadir o hospital e conseguir cenas chocantes. Outro é a invasão de privacidade no quarto da vítima baleada, filmando a mesma pela janela do quarto do hospital. A ética foi perdida. [...]
Max Brackett (Dustin Hoffman) – Repórter
O reporter Max Brackett, freelancer da emissora KXBD do estado da California (EUA), é um homem bastante curioso e insistente. Ele tenta conseguir de qualquer maneira matérias quentes para sua emissora contratante. Conversa com Lou (Robert Prosky), seu cehfe de departamento, sobre pôr no ar uma matéria de um homem acusado de alguns processos no estado. Lou afirma que seria uma exposição desnecessária, pois o réu ainda não tinha participado das audiências judiciais. Mas Max insiste na matéria. Ele nem sequer dá conta da gravidade que esse caso poderia causar. Irritado, Lou manda Max para uma entrevista com a dona de um museu, onde haviam sido demitidos diversos empregados por motivos financeiros. Matéria feita, tudo cero, Max vai ao banheiro e, sem perceber estava no meio de uma tentativa de assassinato de um dos ex-empregados do museu, Sam Baily (John Travolta). Na mesma hora, Max liga para sua assistente do lado de fora do museu e conta o caso. Ela liga para Lou e Max diz que essa seria a matéria do ano. O comportamento de Max a frente de todo esse “circo” é muito de interesses em sua carreira. Ele não da conta da situação de risco que ele se envolvera. Havia crianças e adultos reféns, e Max, assim mesmo, preferiu não chamar a polícia. Exigiu que sua assistente chamasse a emissora para o local e ele conseguir um furo de reportagem que iria fazer sua carreira explodir. - É impressionante a capacidade do repórter de somente se preocupar com o furo, e não com sua vida e na vida dos outros. - Logo em seguida, Sam encontra Max no banheiro narrando tudo que estava ocorrendo dentro do museu para o país. - Num momento do filme, eu fiquei completamente surpreso. Na hora em que o suposto assassino dá de cara com o repórter; Max pega o microfone e pergunta se Sam queria dar alguma satisfação ao público e ainda mais, sendo apontado por uma arma, agindo como se nada estivesse acontecendo. É completamente inacreditável a reação de Max à frente disso tudo. - Resumindo; o repórter vai manipulando a cabeça de Sam ao longo do tempo. Fazendo uma série de perguntas, tentando acalmar o suspeito. Mas, tudo que Max queria era uma entrevista exclusiva com Sam Baily. Imagine só; a carreira do repórter iria explodir. Mesmo numa situação de alto risco, Max Brackett prefere sua matéria. A manipulação de Max sobre Sam é tamanha que ele domina a situação. Tanto é que podia sair e entrar do museu quando bem entendesse. Ele consegue a confiança de Sam ao longo do tempo. - O que mais me chama atenção no filme é a frieza com que Max trata Sam. Ele parece estar bem calmo e não vê a gravidade da situação. Volto a repetir, seu único interesse é a matéria, a exclusiva, o furo de reportagem. - Finalmente, ele consegue sua exclusiva, expondo o rosto de Sam para todo o país. Uma coisa completamente errada a meu ver. A imprensa é responsável por muitos casos, e aquele que ela expor primeiro, ficará guardado na memória do público para sempre. Max manipula Sam de uma forma para ele parecer uma boa pessoa, e consegue. Depois da entrevista, 59% do país passa a acreditar que Sam é uma pessoa boa. Mas, ao longo do tempo, ele vai enlouquecendo, e quando recebe a ligação de sua esposa, tentando fazer com que ele desista de tudo; ele a vê pela TV no momento de sua conversa, ouvindo instruções do chefe de polícia. Sam entra em desespero e atira para o alto, pela janela, fazendo com que as pessoas voltassem a pensar que ele era uma pessoa má. Max pede a ilha de edição e manda sua assistente entrevistar uma série de pessoas que pudessem ajudar Sam, - o que me deixou confuso, será que ele queria mesmo ajudar Sam ou não? Será que ele só estava manipulando para conseguir mais uma entrevista? - Enfim; Max edita as matérias de uma forma contrária ao que elas diziam, mudando assim o depoimento dos entrevistados. Mais um absurdo em troca de matérias e promoções na carreira. O caso vira um verdadeiro “circo”. Câmeras por toda parte, policiais manipulados pela imprensa, representada por Max, as entrevistas concedidas por Sam pareciam um show etc. Ao final, Sam libertou todas as crianças e reféns e explodiu o museu com ele dentro. Max gritou para a imprensa do local que eles haviam matado Sam Baily. - A meu ver, correto. Nada é pior do que a pressão e o poder da imprensa e da mídia.
Laurie Callahan (Mia Kirshner) – Estagiária
No começo do filme, Laurie é bastante ingênua no mundo da mídia. Preocupa-se bastante com o próximo. Muito diferente de Max Brackett, que era frio e só pensava em sua carreira. O comportamento da estagiária vai mudando aos poucos com a convivência com Max. Laurie estava sendo “envenenada” pelo poder da mídia. Ao longo do caso, sua opinião muda e ela se transforma em um novo “Max Brackett”, apoiando a manipulação e ajudando nas entrevistas. Tudo para manter seu emprego. - O que me desperta a atenção é como todo jornalista faz de tudo para não perder seu emprego. Até expor a imagem de um suspeito, até editar depoimentos para conseguir audiência, e sabemos que não só ocorre num filme, temos diversos programas de sensacionalismo no ar. - Ao final, Laurie está completamente “batizada” e já aceita o sensacionalismo de forma completamente normal. Um exemplo explícito é o momento em que Max aparece ferido e sangrando por toda face e ela se aproxima para realizar uma exclusiva com Max, fazendo uma série de perguntas e mandando Max não limpar os ferimentos para causar uma impressão assustadora do ocorrido. Ela nem sequer lembra de que ele foi seu chefe. Laurie estava ali somente para conseguir sua entrevista.
Kevin Hollander (Alan Alda) - Âncora de rede
Kevin Hollander, âncora do programa da KXBD em Nova York, é também bastante manipulador, assim como Max Brackett. Os dois têm um passado meio perturbador. Max acabou com uma matéria de Kevin há anos atrás, falando asneiras ao vivo. Kevin ficou completamente constrangido e nunca esqueceu o ocorrido. Hoje, ele quer se vingar, roubando matérias de Max. O repórter alega que a história é dele, mas o assistente de Kevin afirma que é propriedade da emissora. Tudo gira em torno da matéria, da exclusiva, do furo de reportagem. Ninguém lembra de que há um ser humano, que errou no meio disso tudo. O que eles querem é o sensacionalismo, é expor completamente a imagem de Sam para conseguir mais audiência... Kevin ameaça a carreira de Max para conseguir sua entrevista exclusiva com Sam, mas Max desiste e cede para um dos maiores shows influenciáveis da TV americana, “Larry King Show”. Kevin fica bastante irritado e consegue artifícios para prejudicar a carreira de Max. Edita as entrevistas e consegue gravações suspeitas de Max conversando com Sam, mostrando a manipulação. Acabou também com a boa imagem do suspeito, expondo-o ainda mais. A ética jornalística é completamente esquecida por toda imprensa.
Cinegrafistas
Os cinegrafistas são os piores, no sentido de expor a imagem do público. No momento em que duas crianças são libertadas, eles ultrapassam o limite permitido pela polícia, sem nenhum escrúpulo, e chegam bem próximos das reféns, fazendo diversas perguntas, assustando as mesmas. O respeito vai embora, e a exposição continua, agora pior, expor vítimas menores de idades. Não achando pouco, se disfarçam de médicos e entram no hospital em que Cliff, guarda de segurança do museu atingido acidentalmente por um tiro por Sam Baily, está internado, tentando conseguir uma entrevista ou imagens chocantes. Invadem o quarto de Cliff para conseguir imagens através da janela do quarto do hospital, se estabilizam na frente da casa da esposa de Sam Baily, expõem as vítimas e os envolvidos, amigos, parentes e família do suspeito. Não há limites, tudo para conseguir a famosa “exclusiva”. Ao fim de tudo, quando todos são libertados, os cinegrafistas correm para conseguir imagens em primeira mão dos reféns.
[...] O filme mostra todo o poder da mídia em cima de casos como este. Até quando vai esse sensacionalismo absurdo do chamado “quarto poder”? É triste ver que jornalistas formados, infringem o código ético jornalístico, que visa a privacidade da vítima. O artigo de número dois parágrafo primeiro afirma que: “a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas”, o que é completamente descumprido pela maioria dos jornalistas de hoje. Alguns deles até divulgam dados falsos, para conseguir uma boa matéria. É um absurdo como a imprensa consegue manipular todo e qualquer tipo de pessoa. É um veículo altamente poderoso e capaz de mudar e formar opiniões num piscar de olhos. No filme, o repórter Max Brackett consegue mudar os pensamentos de Sam diversas vezes. Nas entrevistas, ele consegue com que Sam fale de um modo comum, como se nada estivesse acontecendo, manipulando Sam e o telespectador ao mesmo tempo. É um poder assustador. Esse poder é tão grande que consegue mudar opiniões e visões, como o caso da estagiária Laurrie Callahan, que era contra o sensacionalismo, contra a manipulação e foi influenciada, mudando de ideia a respeito de tudo isso. No mundo da mídia, da imprensa, há competições, e quem for melhor, e mais influenciador, consegue o que quer. Kevin, o âncora, se vinga de Max, por ter destruído sua matéria há tempos atrás. Não há escrúpulos, não há companheirismo nem coleguismo. Quem conseguir a matéria mais drástica, mais chamativa, mais chocante, é o melhor. Podendo até prejudicar a carreira do colega jornalista. Cinegrafistas estão cada dia mais invasores da vida privada. Chegam a expor descaradamente a imagem das vítimas e dos suspeitos. Assustam o público que não está acostumado. E eles não se importam. Quanto mais assustadores forem, melhor. O sensacionalismo virou uma arma poderosa a favor da imprensa. O absurdo maior dos cinegrafistas no filme é o disfarce para invadir o hospital e conseguir cenas chocantes. Outro é a invasão de privacidade no quarto da vítima baleada, filmando a mesma pela janela do quarto do hospital. A ética foi perdida. [...]
Assessor X Jornalista - Ética Jornalística
Outubro de 2010
-> O Código de Ética do Jornalista se aplica ao assessor de imprensa?
Não. Pois assessor de imprensa é aquele que trabalha direcionado somente a seu cliente. Ele defende sua empresa. O jornalista não. Ele defende todas as áreas. Mas, como em todo caso, há exceções. Por exemplo: O Jornal do Commercio, onde JCPM é o dono, os jornalistas que trabalham lá, em momento algum poderão escrever matérias prejudicando algum empreendimento do JCPM. Já um assessor de imprensa do clube Náutico Capibaribe, não poderá nunca falar das dívidas e dos problemas que o time vem sofrendo. O trabalho dele é somente defender, mesmo estando errado. Há jornais que hoje tentam chegar ao máximo à imparcialidade, como a Folha de Pernambuco, que fala de toda a cidade, sem exceções. O artigo primeiro do código ético jornalístico diz: “...tem como base o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange seu o direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação.” mas, que tipo de informação? É a informação que o leitor quer saber ou a que o jornalista quer que o leitor saiba? É um tipo de indução ao leitor? Passar a informação é o trabalho do jornalista, mas de forma mais neutra possível. O artigo segundo, parágrafo primeiro diz que: “a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente de sua natureza jurídica – se pública, estatal ou privada – e da linha política de seus proprietários e/ou diretores.”. O assessor de imprensa deve passar a informação sobre seu cliente, mas diversas vezes ele omite, dando credibilidade à empresa em que trabalha. Deveria haver outro código de ética para o Assessor de Imprensa. Deve-se ter muito cuidado com informações passadas por ele, pois podem ser de extrema fragilidade.
-> O Código de Ética do Jornalista se aplica ao assessor de imprensa?
Não. Pois assessor de imprensa é aquele que trabalha direcionado somente a seu cliente. Ele defende sua empresa. O jornalista não. Ele defende todas as áreas. Mas, como em todo caso, há exceções. Por exemplo: O Jornal do Commercio, onde JCPM é o dono, os jornalistas que trabalham lá, em momento algum poderão escrever matérias prejudicando algum empreendimento do JCPM. Já um assessor de imprensa do clube Náutico Capibaribe, não poderá nunca falar das dívidas e dos problemas que o time vem sofrendo. O trabalho dele é somente defender, mesmo estando errado. Há jornais que hoje tentam chegar ao máximo à imparcialidade, como a Folha de Pernambuco, que fala de toda a cidade, sem exceções. O artigo primeiro do código ético jornalístico diz: “...tem como base o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange seu o direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação.” mas, que tipo de informação? É a informação que o leitor quer saber ou a que o jornalista quer que o leitor saiba? É um tipo de indução ao leitor? Passar a informação é o trabalho do jornalista, mas de forma mais neutra possível. O artigo segundo, parágrafo primeiro diz que: “a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente de sua natureza jurídica – se pública, estatal ou privada – e da linha política de seus proprietários e/ou diretores.”. O assessor de imprensa deve passar a informação sobre seu cliente, mas diversas vezes ele omite, dando credibilidade à empresa em que trabalha. Deveria haver outro código de ética para o Assessor de Imprensa. Deve-se ter muito cuidado com informações passadas por ele, pois podem ser de extrema fragilidade.
Rotinas e mecanismos de produção: Estudo sobre o programa "Bom dia Pernambuco" - Int. à Rádio e TV
Maio de 2010
1. INTRODUÇÃO
Em uma sociedade em que as desigualdades persistem e onde o acesso à educação ainda é privilégio de poucos, os reflexos da realidade podem ser observados nos índices de analfabetismo populacional. No Brasil, esses índices são extremamente elevados, sobretudo, na região Nordeste em que cerca de 20% da população não sabe ler e escrever. Inserida nessa realidade, a televisão aparece como um dos principais meios de acesso à informação local, nacional e internacional.
Ancorada em técnicas de som, enquadramento, iluminação e imagem, a TV busca captar o público mediante estratégias enunciativas que servem à comunicação. Os noticiários televisivos são considerados os meios pelos quais os indivíduos têm acesso aos acontecimentos da realidade. Sob os princípios da neutralidade, imparcialidade, isenção e honestidade que, em tese, fazem parte do campo jornalístico, os telejornais trabalham ou deveriam trabalhar com o compromisso e a preocupação social junto ao público. Em outras palavras, considerados por alguns teóricos como o espaço que serve como reflexo preciso do real e onde a maioria das pessoas se ancora para a construção da realidade, os telejornais ocupam um espaço de centralidade na formação da sociedade contemporânea.
Levando em consideração que alguns conteúdos jornalísticos desrespeitam a ética e a moral profissional em detrimento aos interesses da empresa ao qual fazem parte, a pesquisa se propõe a analisar algumas reportagens produzidas e transmitidas pelo Bom Dia Pernambuco – telejornal matutino veiculado pela Rede Globo Nordeste. Utilizando como embasamento teórico às teses de Pierre Bourdieu, as análises televisivas de Alfredo Vizeu, e a ética do profissional e os direitos do telespectador trabalhados por Eugênio Bucci, o estudo tem como objetivo analisar o formato do programa, as rotinas de produção, os critérios de noticiabilidade e as formas de tratamento dadas às reportagens do Bom Dia Pernambuco.
2. BOM DIA PERNAMBUCO: O FORMATO DO PROGRAMA
Como programa jornalístico da Rede Globo Nordeste que vai ao ar de segunda a sexta-feira, por volta das 6h30, o Bom Dia Pernambuco, para muitos, é a primeira fonte de notícia diária local. O telejornal é exibido em rede estadual pela TV Asa Branca (Caruaru), TV Grande Rio (Petrolina) e pela TV Golfinho (Fernando de Noronha).
Transmitindo aos telespectadores notícias factuais, entrevistas ao vivo e reportagens especiais, o telejornal procura atender a um público diversificado, que, segundo as pesquisas de audiência, é composto por 52% de mulheres e 48% de homens, com faixa etária de até 40 anos de idade (o público jovem não é muito expressivo). Inserido nesse contexto, segue uma linha editorial focada na veiculação de notícias referentes à economia, política, cultura, cidade, saúde, ao sistema de transporte local, prestação de serviços, dicas de emprego e cursos, opções de lazer e assuntos ligados ao esporte, sobretudo, o futebol.
A apresentação do Bom Dia Pernambuco está, atualmente, sob a responsabilidade da jornalista Meiry Lanunce, que, segundo pesquisas internas, possui excelente domínio televisivo, característica de extrema importância na concepção de Bucci:
“O apresentador do telejornal é outro ingrediente-chave da função do jornalismo de entreter para garantir a audiência. Ele desenvolve com o telespectador um vínculo de familiaridade. [...] Vivemos num tempo em que jornalistas da TV são celebridades”. (BUCCI, 2000, p. 29).
Compondo a equipe do telejornal, há também um editor chefe (Aldo Gusmão), três editores de imagem (Jucielo Freitas, André Deiga e Wellington Swallon), duas produtoras/editoras (Paula Delgado e Thais Toledo), um estagiário e 14 repórteres que, na verdade, não são exclusivos deste telejornal, mas sim de todos os telejornais locais, sendo, portanto, distribuídos por um esquema de escalas.
De acordo com o editor chefe, a rotina de produção na redação do Bom Dia Pernambuco começa cedo. Sendo o primeiro a chegar, por volta das 4h, analisa todas as pautas e VTs para fazer a seleção do que entrará no telejornal e do que será descartado ou “engavetado”. Em seguida, às 5h, Meiry Lanunce, que além de apresentadora é produtora/editora do programa, chega à redação. No mesmo horário chegam dois editores de imagem, Jucielo Freitas e André Deiga, e a produtora/editora, Paula Delgado. À tarde, ocorre uma troca: a produtora/editora, Thais Toledo, comanda o telejornal a partir das 16h, contando com a ajuda do editor de imagem, Wellington Swallon, que chega à redação às 19h.
De segunda a sexta-feira à equipe se reúne às 9h da manhã para reuniões exclusivas do Bom Dia Pernambuco. Às 13h, todos os editores e produtores dos demais telejornais exibidos pela Rede Globo Nordeste se reúnem para uma seleção de pautas. No processo de seleção do que será veiculado ou não, segundo Aldo Gusmão, entra no telejornal aquilo que é considerado de interesse da população. Por exemplo, casos de polícia, desastres naturais e acidentes locais.
Apesar de ser produzido nas primeiras horas do dia, o telejornal matutino não sofre com a ausência de pautas, pelo contrário, a redação possui tantas sugestões da própria produção, de colaboradores e de agências de notícias que, em muitos casos, não consegue colocar todas em prática. Por ser o primeiro telejornal a ir ao ar na TV local, o Bom Dia Pernambuco serve de base para muitos noticiários exibidos posteriormente. Ao levantar assuntos exclusivos sem poder, na maioria das vezes pela pressa na produção/transmissão, exibí-los de modo mais aprofundado, os telejornais seguintes o utilizarão como fonte de notícias para apurar melhor determinados temas e gerar suítes – desdobramentos de matéria.
Dessa forma, observa-se que, antes, os jornalistas concorriam pelo furo de reportagem, para dar a notícia primeiro. Hoje, a concorrência está focada em dar primeiro a informação mais bem apurada. Pelo menos, é com esta preocupação que o Bom Dia Pernambuco diz trabalhar: não basta ter acesso a uma notícia exclusiva e divulgar; é preciso checar, fazer uma apuração precisa e completa. Por causa disso, muitas vezes informações deixam de ser veiculadas no Bom Dia Pernambuco por falta de confirmação do fato dentro do horário de produção.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No Brasil, a televisão ocupa um papel de fundamental importância na formação da identidade nacional. Para a maioria das pessoas, é através dela que informações a respeito do mundo são recebidas. Dentro desse contexto, o jornalismo exerce um papel de destaque, já que muitos não lêem jornais ou não têm acesso a outras fontes de conhecimento, ou seja, estão totalmente devotados à televisão como única fonte de informação . Como afirma Alfredo Vizeu, os telejornais têm um espaço significativo na vida das pessoas, por serem relevantes na imagem que elas constroem da realidade .
“A divulgação cotidiana de notícias ajuda a construir imagens culturais que edificam todas as sociedades. [...] Acreditamos que a televisão ocupa cada vez mais um lugar central numa cultura eletronicamente mediada, contribuindo decisivamente para a formação da sociabilidade contemporânea”. (VIZEU, p. 13 e 17)
O jornalismo tem como função social transmitir fatos relevantes e de veracidade, que não comprometam a imagem do profissionalismo e da sociedade. Porém, todo veículo noticioso está atrelado a uma doutrina editorial que exige a adaptação dos profissionais e que, muitas vezes, foge aos preceitos éticos do ofício.
Na teoria, o jornalista deve relatar os fatos de forma neutra e objetiva, sem deixar que a opinião pessoal interfira na cobertura. A mensagem deve ser transmitida tal como ela é e o público deve formar suas próprias conclusões. Dessa forma, objetividade e imparcialidade são vistas como duas premissas ideais. Mas essas premissas, geralmente, não correspondem à realidade diária do fazer jornalístico. Primeiramente, porque não é possível haver total distanciamento de um relato. Qualquer indivíduo, jornalista ou não, apresenta uma visão de mundo que interfere na elaboração de opiniões. E segundo, porque tais premissas podem ser consideradas um mito, já que os veículos de comunicação, inseridos em contextos mercadológicos, apresentam interesses e regras que interferem, restringem e/ou até moldam o material a ser divulgado. Em outras palavras, a imparcialidade e a isenção na transmissão do conteúdo noticioso não são totalmente garantidas.
“A televisão pode, paradoxalmente, ocultar mostrando, mostrando uma coisa diferente do que seria preciso mostrar caso se fizesse o que supostamente se faz, isto é, informar; ou ainda mostrando o que é preciso mostrar, mas de tal maneira que não é mostrado ou se torna insignificante, ou construindo-o de tal maneira que adquire um sentido que não corresponde absolutamente à realidade”. (BOURDIEU, 1997, p. 24)
Em Videologias (2004), Eugênio Bucci aponta como um dos direitos do telespectador ser informado de modo independente, recebendo os dados necessários para que se forme uma opinião própria. Mas também destaca que as emissoras brasileiras, apesar de serem concessões públicas, realizam a chamada censura privada, em que, atreladas a interesses econômicos e políticos, sonegam determinados assuntos ao público. E como ele afirma, a discussão não diz respeito ao dever de todo editor de selecionar, editar e hierarquizar as informações, o problema está no seguinte:
“Os meios de comunicação estão incorporados à lógica econômica de maximização dos mecanismos de mercado, deixando de contemplar as conveniências culturais do conjunto da sociedade para limitar-se a satisfazer os interesses imediatos das entidades ligadas ao negócio da informação. E o setor especializado na produção de informações responde a estes interesses imediatos antes que suas responsabilidades frente à sociedade”. (VIZEU, 2001, p. 64)
O grande problema nessa questão consiste na transformação do jornalismo em um mercado de comunicação, em que a ética é suprimida pelos valores mercadológicos, em que o jornalista adquire o costume de falsear sua relação com os fatos, por meio da impostura da neutralidade. Mas é importante destacar que não é todo meio noticioso que manipula e distorce a informação, pois dessa forma o sistema se autodestruiria pela ausência total de credibilidade. Apesar disso, devido aos interesses que existem por trás das empresas de comunicação, inclusive as detentoras de concessões públicas, a prática não é tão rara a ponto de ser descartada para análise.
Os jornalistas devem sua importância no mundo social ao fato de que detêm um monopólio real sobre os instrumentos de produção e de difusão em grande escala da informação, e, através desses instrumentos, sobre o acesso dos simples cidadãos ao que se chama de “espaço público” . É certo que eles necessitam de determinado controle para atrair a audiência para o seu conteúdo noticioso, porém é preciso trabalhar com e a favor do público, já que este tem o direito de ser informado e o direito de saber como se é informado.
“Não pode haver jornalismo de qualidade quando se atropelam os padrões éticos. Jornalista não é detetive, não é relações-públicas, não é cabo eleitoral, não é cortesão: jornalista é pago para oferecer ao cidadão informações com credibilidade”.(BUCCI,2000, p.63)
Diante disso, defende-se que os meios de comunicação devem ser responsáveis por aquilo que transmitem, devem ter consciência do seu papel como formadores de opinião ao elaborarem determinada interpretação da realidade. Portanto, dentro dos preceitos da ética e da moral, devem repensar determinadas atitudes que colocam, claramente, seus interesses privados acima do seu compromisso com o público.
4. ANÁLISE DE EDIÇÕES
Utilizando critérios de noticiabilidade que abrangem, por exemplo, a notoriedade, a proximidade, a relevância, a notabilidade e a temporalidade da notícia, o Bom Dia Pernambuco se apresenta à audiência com uma programação variada, tanto no aspecto noticioso como no formato de produção. Em outras palavras, o telejornal, com base em determinados valores-notícia, é constituído por reportagens factuais, reportagens especiais, entrevistas de estúdio, transmissões diretas - ao vivo, stand ups.
Escolhendo como objeto de análise alguns VTs veiculados pelo telejornal em março de 2010, observou-se que o Bom Dia Pernambuco, trabalhando com diferentes tipos de matérias, tenta aproximar, ao máximo, suas pautas dos assuntos factuais, ou seja, tenta realizar edições provenientes de ganchos – pretextos que geram oportunidade para materiais jornalísticos.
No primeiro vídeo analisado, e que foi exibido em 24 de março, a repórter Bianca Carvalho entra no ar com uma inserção ao vivo. A partir de uma nota pelada (lida pelo apresentador no estúdio e sem a veiculação de imagens) informando sobre oportunidades de emprego para deficientes físicos e, aproveitando também como gancho o início da feira sobre acessibilidade e turismo, é feita uma entrevista com o presidente do Instituto Muito Especial, Marcus Scarpa, em um dos espaços de lazer mais frequentado da cidade do Recife, mas que, contraditoriamente, apresenta inadequações às normas de acessibilidade.
A reportagem aproveita também para entrevistar e divulgar a habilidade e o trabalho de um músico deficiente visual. Além disso, esse ao vivo é interessante para que os telespectadores percebam que a transmissão direta também passa por um processo de produção/manipulação o que não, necessariamente, desprestigia o trabalho do repórter. Mas este assunto fica para outro momento, pois, seguindo os preceitos jornalísticos, a reportagem cumpre sua função informativa e social. Deixa a desejar apenas em um único momento: ao não colocar na tela os créditos do músico. Assim como o outro entrevistado, deveria ter sido informado seu nome (que foi dito apenas pela repórter), sobrenome e profissão.
Outro exemplo, que utiliza como gancho fatos da atualidade, é a série “Giro pelo Nordeste”, exibida em 30 de março e que trouxe reportagens sobre os restaurantes das universidades federais da Região. Apesar de configurar uma pauta fria (independe da sua factualidade para ser transmitida), partiu de um fato recente. A primeira das cinco reportagens da série foi, justamente, produzida na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), local em que os estudantes, insatisfeitos com o preço cobrado, ocuparam o refeitório.
Ao fazer um comparativo entre as universidades do Nordeste, as reportagens adquirem o caráter funcional de mostrar aos telespectadores locais diferentes situações, algumas melhores e outras piores. Na reportagem escolhida para análise, observa-se que a situação na Universidade Federal do Ceará (UFC) é melhor que na UFRPE. Enquanto nesta, o valor cobrado no refeitório é de R$ 6,00, naquela, os estudantes, além de poderem escolher o cardápio, pagam apenas R$ 1,00 pela refeição.
Quanto às reportagens quentes/factuais, estas também entram na programação do Bom Dia Pernambuco, apesar da rotina de produção ser acelerada. Como não existem repórteres fixos para cada telejornal da Rede Globo, o processo de produção se torna mais fácil. No VT da repórter Wanessa Andrade, exibido em 30 de março, referente à passeata dos policiais militares e do corpo de bombeiros realizada na noite anterior, observa-se que a reportagem gravada não ficou pronta a tempo de entrar no espelho do NETV 2, passando, portanto, para a programação do Bom Dia Pernambuco. Além disso, com um formato diferente da reportagem analisada anteriormente, esta trouxe outra característica de produção: uma nota pé (informação lida pelo apresentador como complementação às informações do VT) com o posicionamento oficial sobre a manifestação.
O exemplo acima não confirma o pressuposto de que as reportagens factuais veiculadas no telejornal matinal sejam apenas as que não ficaram prontas a tempo de entrar no noticiário da noite. Na verdade, durante a manhã, por volta das 5 horas, os repórteres da emissora já estão nas ruas cumprindo as pautas definidas e, dependendo da velocidade em que são produzidas e editadas, entram diretamente no Bom Dia Pernambuco.
5. CONCLUSÃO
O objetivo deste trabalho foi o de avançar na pesquisa sobre o Bom dia Pernambuco oferecendo uma análise sobre as rotinas de produção, as pautas trabalhadas, os critérios de noticiabilidade, o compromisso com o telespectador e a ética desenvolvida e trabalhada pelos profissionais que compõem o telejornal.
Um aspecto de grande importância percebido é o de que, muitas vezes, determinada notícia é produzida e divulgada em inúmeros programas jornalísticos e até não-jornalísticos, mas que o enfoque dado a esta notícia se torna diferenciado de acordo com o que é pretendido com ela. Como exemplo, alguns programas, que não é o caso do Bom Dia Pernambuco – pelo menos nas edições analisadas neste trabalho, aproveitam o fato para dramatizar, tornar a notícia sensacionalista de modo a obter uma maior audiência.
Bucci (2000, p.37) diz ainda que, “uma das constantes da televisão brasileira é o fato de seu telejornalismo se organizar como melodrama, e que informar somente não basta, o programa precisa chamar atenção, surpreender e assustar.” Esta citação vai de acordo com a política do “Pão e Circo”, característica do Império Romano. O Bom Dia Pernambuco não demonstra explícitas manipulações decorrentes de políticas empresariais, não apresenta os fatos com sensacionalismo, não surpreende e nem assusta o telespectador em suas matérias. O que significa que, pensando friamente, o programa tem como foco principal a credibilidade jornalística junto ao público, o que, consequentemente, o torna líder de audiência no horário em que é transmitido.
Credibilidade é algo que o telespectador busca e que faz gerar confiança.
“A credibilidade é produzida com qualidade editorial, que pressupõe conhecer o leitor, atender suas necessidades e antecipar-se a elas, fazer valer seus direitos, defendê-los, informá-lo com exclusividade e em primeira mão, escrever numa linguagem que ele entenda e goste, com a qual ele aprenda e se divirta. Daí nasce a relação de confiança. O público não vai atrás do anunciante, mas o contrário. Este é que vai atrás do público, beneficiando-se legitimamente da relação de confiança que vincula o cidadão-consumidor a tudo aquilo que o jornal ou a revista publicam” (BUCCI, 2000, p.66).
Desta forma, a equipe do Bom dia Pernambuco trabalha com o propósito de demonstrar a seu público uma preocupação com a honestidade e com os valores sociais. Mas apesar dessa constatação, apesar de não termos encontrado nas edições analisadas violações explícitas à moral e à ética jornalística, é importante salientar que o público não pode ser inteiramente passivo e acrítico no ato da recepção.
Em um programa noticioso, mesmo que não predominem interesses político-econômicos, o que é veiculado passa por um processo de manipulação, mesmo não intencional. Afinal, a escolha do que vai ser exibido e de como vai ser exibido é exclusivamente da equipe de reportagem. Isso faz com que o que chaga ao público não seja um fato real, puro e simples, mas sim, uma representação, um determinado ponto de vista feito a partir dessa realidade. O que se quer dizer é que, baseado numa ideologia subjetiva, os jornalistas realizam produções como o espelho preciso do real, o que é uma falácia.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOURDIEU, P. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
BUCCI, E.; KEHL, M. R. Videologias. São Paulo: Boi Tempo, 2004.
BUCCI, Eugênio. Sobre ética e imprensa. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
BUCCI, Eugênio. A TV aos 50 – criticando a televisão brasileira no seu cinqüentenário. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2000.
VIZEU, A. Decidindo o que é notícia: Os bastidores do telejornalismo. 2ªed. Porto Alegre: Edipuc-RS, 2001.
Associação dos militares orienta membros a não saírem para trabalhar sem colete.
Acesso em 30 de março de 2010 e disponível em: http://pe360graus.globo.com/videos/cidades/greve/2010/03/30/VID,15891,4,67,VIDEOS,879-ASSOCIACAO-MILITARES-ORIENTA-MEMBROS-SAIREM-TRABALHAR-COLETE.aspx
Recife recebe feira sobre acessibilidade e turismo.
Acesso em 30 de março de 2010 e disponível em:
http://pe360graus.globo.com/videos/cidades/cidadania/2010/03/24/VID,15801,4,96,VIDEOS,879-RECIFE-RECEBE-FEIRA-SOBRE-ACESSIBILIDADE-TURISMO.aspx
Série Giro pelo Nordeste: Em Fortaleza, existe até cardápio vegetariano no refeitório.
Acesso em 30 de março de 2010 e disponível em:
http://pe360graus.globo.com/videos/educacao-e-carreiras/ensino-superior/2010/03/30/VID,15889,35,342,VIDEOS,879-UNIVERSIDADES-FORTALEZA-EXISTE-CARDAPIO-VEGETARIANO-REFEITORIO.aspx
Créditos à: Andressa Anjos, Cleyton Douglas, Isabella Andrade e Vítor Albuquerque.
1. INTRODUÇÃO
Em uma sociedade em que as desigualdades persistem e onde o acesso à educação ainda é privilégio de poucos, os reflexos da realidade podem ser observados nos índices de analfabetismo populacional. No Brasil, esses índices são extremamente elevados, sobretudo, na região Nordeste em que cerca de 20% da população não sabe ler e escrever. Inserida nessa realidade, a televisão aparece como um dos principais meios de acesso à informação local, nacional e internacional.
Ancorada em técnicas de som, enquadramento, iluminação e imagem, a TV busca captar o público mediante estratégias enunciativas que servem à comunicação. Os noticiários televisivos são considerados os meios pelos quais os indivíduos têm acesso aos acontecimentos da realidade. Sob os princípios da neutralidade, imparcialidade, isenção e honestidade que, em tese, fazem parte do campo jornalístico, os telejornais trabalham ou deveriam trabalhar com o compromisso e a preocupação social junto ao público. Em outras palavras, considerados por alguns teóricos como o espaço que serve como reflexo preciso do real e onde a maioria das pessoas se ancora para a construção da realidade, os telejornais ocupam um espaço de centralidade na formação da sociedade contemporânea.
Levando em consideração que alguns conteúdos jornalísticos desrespeitam a ética e a moral profissional em detrimento aos interesses da empresa ao qual fazem parte, a pesquisa se propõe a analisar algumas reportagens produzidas e transmitidas pelo Bom Dia Pernambuco – telejornal matutino veiculado pela Rede Globo Nordeste. Utilizando como embasamento teórico às teses de Pierre Bourdieu, as análises televisivas de Alfredo Vizeu, e a ética do profissional e os direitos do telespectador trabalhados por Eugênio Bucci, o estudo tem como objetivo analisar o formato do programa, as rotinas de produção, os critérios de noticiabilidade e as formas de tratamento dadas às reportagens do Bom Dia Pernambuco.
2. BOM DIA PERNAMBUCO: O FORMATO DO PROGRAMA
Como programa jornalístico da Rede Globo Nordeste que vai ao ar de segunda a sexta-feira, por volta das 6h30, o Bom Dia Pernambuco, para muitos, é a primeira fonte de notícia diária local. O telejornal é exibido em rede estadual pela TV Asa Branca (Caruaru), TV Grande Rio (Petrolina) e pela TV Golfinho (Fernando de Noronha).
Transmitindo aos telespectadores notícias factuais, entrevistas ao vivo e reportagens especiais, o telejornal procura atender a um público diversificado, que, segundo as pesquisas de audiência, é composto por 52% de mulheres e 48% de homens, com faixa etária de até 40 anos de idade (o público jovem não é muito expressivo). Inserido nesse contexto, segue uma linha editorial focada na veiculação de notícias referentes à economia, política, cultura, cidade, saúde, ao sistema de transporte local, prestação de serviços, dicas de emprego e cursos, opções de lazer e assuntos ligados ao esporte, sobretudo, o futebol.
A apresentação do Bom Dia Pernambuco está, atualmente, sob a responsabilidade da jornalista Meiry Lanunce, que, segundo pesquisas internas, possui excelente domínio televisivo, característica de extrema importância na concepção de Bucci:
“O apresentador do telejornal é outro ingrediente-chave da função do jornalismo de entreter para garantir a audiência. Ele desenvolve com o telespectador um vínculo de familiaridade. [...] Vivemos num tempo em que jornalistas da TV são celebridades”. (BUCCI, 2000, p. 29).
Compondo a equipe do telejornal, há também um editor chefe (Aldo Gusmão), três editores de imagem (Jucielo Freitas, André Deiga e Wellington Swallon), duas produtoras/editoras (Paula Delgado e Thais Toledo), um estagiário e 14 repórteres que, na verdade, não são exclusivos deste telejornal, mas sim de todos os telejornais locais, sendo, portanto, distribuídos por um esquema de escalas.
De acordo com o editor chefe, a rotina de produção na redação do Bom Dia Pernambuco começa cedo. Sendo o primeiro a chegar, por volta das 4h, analisa todas as pautas e VTs para fazer a seleção do que entrará no telejornal e do que será descartado ou “engavetado”. Em seguida, às 5h, Meiry Lanunce, que além de apresentadora é produtora/editora do programa, chega à redação. No mesmo horário chegam dois editores de imagem, Jucielo Freitas e André Deiga, e a produtora/editora, Paula Delgado. À tarde, ocorre uma troca: a produtora/editora, Thais Toledo, comanda o telejornal a partir das 16h, contando com a ajuda do editor de imagem, Wellington Swallon, que chega à redação às 19h.
De segunda a sexta-feira à equipe se reúne às 9h da manhã para reuniões exclusivas do Bom Dia Pernambuco. Às 13h, todos os editores e produtores dos demais telejornais exibidos pela Rede Globo Nordeste se reúnem para uma seleção de pautas. No processo de seleção do que será veiculado ou não, segundo Aldo Gusmão, entra no telejornal aquilo que é considerado de interesse da população. Por exemplo, casos de polícia, desastres naturais e acidentes locais.
Apesar de ser produzido nas primeiras horas do dia, o telejornal matutino não sofre com a ausência de pautas, pelo contrário, a redação possui tantas sugestões da própria produção, de colaboradores e de agências de notícias que, em muitos casos, não consegue colocar todas em prática. Por ser o primeiro telejornal a ir ao ar na TV local, o Bom Dia Pernambuco serve de base para muitos noticiários exibidos posteriormente. Ao levantar assuntos exclusivos sem poder, na maioria das vezes pela pressa na produção/transmissão, exibí-los de modo mais aprofundado, os telejornais seguintes o utilizarão como fonte de notícias para apurar melhor determinados temas e gerar suítes – desdobramentos de matéria.
Dessa forma, observa-se que, antes, os jornalistas concorriam pelo furo de reportagem, para dar a notícia primeiro. Hoje, a concorrência está focada em dar primeiro a informação mais bem apurada. Pelo menos, é com esta preocupação que o Bom Dia Pernambuco diz trabalhar: não basta ter acesso a uma notícia exclusiva e divulgar; é preciso checar, fazer uma apuração precisa e completa. Por causa disso, muitas vezes informações deixam de ser veiculadas no Bom Dia Pernambuco por falta de confirmação do fato dentro do horário de produção.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No Brasil, a televisão ocupa um papel de fundamental importância na formação da identidade nacional. Para a maioria das pessoas, é através dela que informações a respeito do mundo são recebidas. Dentro desse contexto, o jornalismo exerce um papel de destaque, já que muitos não lêem jornais ou não têm acesso a outras fontes de conhecimento, ou seja, estão totalmente devotados à televisão como única fonte de informação . Como afirma Alfredo Vizeu, os telejornais têm um espaço significativo na vida das pessoas, por serem relevantes na imagem que elas constroem da realidade .
“A divulgação cotidiana de notícias ajuda a construir imagens culturais que edificam todas as sociedades. [...] Acreditamos que a televisão ocupa cada vez mais um lugar central numa cultura eletronicamente mediada, contribuindo decisivamente para a formação da sociabilidade contemporânea”. (VIZEU, p. 13 e 17)
O jornalismo tem como função social transmitir fatos relevantes e de veracidade, que não comprometam a imagem do profissionalismo e da sociedade. Porém, todo veículo noticioso está atrelado a uma doutrina editorial que exige a adaptação dos profissionais e que, muitas vezes, foge aos preceitos éticos do ofício.
Na teoria, o jornalista deve relatar os fatos de forma neutra e objetiva, sem deixar que a opinião pessoal interfira na cobertura. A mensagem deve ser transmitida tal como ela é e o público deve formar suas próprias conclusões. Dessa forma, objetividade e imparcialidade são vistas como duas premissas ideais. Mas essas premissas, geralmente, não correspondem à realidade diária do fazer jornalístico. Primeiramente, porque não é possível haver total distanciamento de um relato. Qualquer indivíduo, jornalista ou não, apresenta uma visão de mundo que interfere na elaboração de opiniões. E segundo, porque tais premissas podem ser consideradas um mito, já que os veículos de comunicação, inseridos em contextos mercadológicos, apresentam interesses e regras que interferem, restringem e/ou até moldam o material a ser divulgado. Em outras palavras, a imparcialidade e a isenção na transmissão do conteúdo noticioso não são totalmente garantidas.
“A televisão pode, paradoxalmente, ocultar mostrando, mostrando uma coisa diferente do que seria preciso mostrar caso se fizesse o que supostamente se faz, isto é, informar; ou ainda mostrando o que é preciso mostrar, mas de tal maneira que não é mostrado ou se torna insignificante, ou construindo-o de tal maneira que adquire um sentido que não corresponde absolutamente à realidade”. (BOURDIEU, 1997, p. 24)
Em Videologias (2004), Eugênio Bucci aponta como um dos direitos do telespectador ser informado de modo independente, recebendo os dados necessários para que se forme uma opinião própria. Mas também destaca que as emissoras brasileiras, apesar de serem concessões públicas, realizam a chamada censura privada, em que, atreladas a interesses econômicos e políticos, sonegam determinados assuntos ao público. E como ele afirma, a discussão não diz respeito ao dever de todo editor de selecionar, editar e hierarquizar as informações, o problema está no seguinte:
“Os meios de comunicação estão incorporados à lógica econômica de maximização dos mecanismos de mercado, deixando de contemplar as conveniências culturais do conjunto da sociedade para limitar-se a satisfazer os interesses imediatos das entidades ligadas ao negócio da informação. E o setor especializado na produção de informações responde a estes interesses imediatos antes que suas responsabilidades frente à sociedade”. (VIZEU, 2001, p. 64)
O grande problema nessa questão consiste na transformação do jornalismo em um mercado de comunicação, em que a ética é suprimida pelos valores mercadológicos, em que o jornalista adquire o costume de falsear sua relação com os fatos, por meio da impostura da neutralidade. Mas é importante destacar que não é todo meio noticioso que manipula e distorce a informação, pois dessa forma o sistema se autodestruiria pela ausência total de credibilidade. Apesar disso, devido aos interesses que existem por trás das empresas de comunicação, inclusive as detentoras de concessões públicas, a prática não é tão rara a ponto de ser descartada para análise.
Os jornalistas devem sua importância no mundo social ao fato de que detêm um monopólio real sobre os instrumentos de produção e de difusão em grande escala da informação, e, através desses instrumentos, sobre o acesso dos simples cidadãos ao que se chama de “espaço público” . É certo que eles necessitam de determinado controle para atrair a audiência para o seu conteúdo noticioso, porém é preciso trabalhar com e a favor do público, já que este tem o direito de ser informado e o direito de saber como se é informado.
“Não pode haver jornalismo de qualidade quando se atropelam os padrões éticos. Jornalista não é detetive, não é relações-públicas, não é cabo eleitoral, não é cortesão: jornalista é pago para oferecer ao cidadão informações com credibilidade”.(BUCCI,2000, p.63)
Diante disso, defende-se que os meios de comunicação devem ser responsáveis por aquilo que transmitem, devem ter consciência do seu papel como formadores de opinião ao elaborarem determinada interpretação da realidade. Portanto, dentro dos preceitos da ética e da moral, devem repensar determinadas atitudes que colocam, claramente, seus interesses privados acima do seu compromisso com o público.
4. ANÁLISE DE EDIÇÕES
Utilizando critérios de noticiabilidade que abrangem, por exemplo, a notoriedade, a proximidade, a relevância, a notabilidade e a temporalidade da notícia, o Bom Dia Pernambuco se apresenta à audiência com uma programação variada, tanto no aspecto noticioso como no formato de produção. Em outras palavras, o telejornal, com base em determinados valores-notícia, é constituído por reportagens factuais, reportagens especiais, entrevistas de estúdio, transmissões diretas - ao vivo, stand ups.
Escolhendo como objeto de análise alguns VTs veiculados pelo telejornal em março de 2010, observou-se que o Bom Dia Pernambuco, trabalhando com diferentes tipos de matérias, tenta aproximar, ao máximo, suas pautas dos assuntos factuais, ou seja, tenta realizar edições provenientes de ganchos – pretextos que geram oportunidade para materiais jornalísticos.
No primeiro vídeo analisado, e que foi exibido em 24 de março, a repórter Bianca Carvalho entra no ar com uma inserção ao vivo. A partir de uma nota pelada (lida pelo apresentador no estúdio e sem a veiculação de imagens) informando sobre oportunidades de emprego para deficientes físicos e, aproveitando também como gancho o início da feira sobre acessibilidade e turismo, é feita uma entrevista com o presidente do Instituto Muito Especial, Marcus Scarpa, em um dos espaços de lazer mais frequentado da cidade do Recife, mas que, contraditoriamente, apresenta inadequações às normas de acessibilidade.
A reportagem aproveita também para entrevistar e divulgar a habilidade e o trabalho de um músico deficiente visual. Além disso, esse ao vivo é interessante para que os telespectadores percebam que a transmissão direta também passa por um processo de produção/manipulação o que não, necessariamente, desprestigia o trabalho do repórter. Mas este assunto fica para outro momento, pois, seguindo os preceitos jornalísticos, a reportagem cumpre sua função informativa e social. Deixa a desejar apenas em um único momento: ao não colocar na tela os créditos do músico. Assim como o outro entrevistado, deveria ter sido informado seu nome (que foi dito apenas pela repórter), sobrenome e profissão.
Outro exemplo, que utiliza como gancho fatos da atualidade, é a série “Giro pelo Nordeste”, exibida em 30 de março e que trouxe reportagens sobre os restaurantes das universidades federais da Região. Apesar de configurar uma pauta fria (independe da sua factualidade para ser transmitida), partiu de um fato recente. A primeira das cinco reportagens da série foi, justamente, produzida na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), local em que os estudantes, insatisfeitos com o preço cobrado, ocuparam o refeitório.
Ao fazer um comparativo entre as universidades do Nordeste, as reportagens adquirem o caráter funcional de mostrar aos telespectadores locais diferentes situações, algumas melhores e outras piores. Na reportagem escolhida para análise, observa-se que a situação na Universidade Federal do Ceará (UFC) é melhor que na UFRPE. Enquanto nesta, o valor cobrado no refeitório é de R$ 6,00, naquela, os estudantes, além de poderem escolher o cardápio, pagam apenas R$ 1,00 pela refeição.
Quanto às reportagens quentes/factuais, estas também entram na programação do Bom Dia Pernambuco, apesar da rotina de produção ser acelerada. Como não existem repórteres fixos para cada telejornal da Rede Globo, o processo de produção se torna mais fácil. No VT da repórter Wanessa Andrade, exibido em 30 de março, referente à passeata dos policiais militares e do corpo de bombeiros realizada na noite anterior, observa-se que a reportagem gravada não ficou pronta a tempo de entrar no espelho do NETV 2, passando, portanto, para a programação do Bom Dia Pernambuco. Além disso, com um formato diferente da reportagem analisada anteriormente, esta trouxe outra característica de produção: uma nota pé (informação lida pelo apresentador como complementação às informações do VT) com o posicionamento oficial sobre a manifestação.
O exemplo acima não confirma o pressuposto de que as reportagens factuais veiculadas no telejornal matinal sejam apenas as que não ficaram prontas a tempo de entrar no noticiário da noite. Na verdade, durante a manhã, por volta das 5 horas, os repórteres da emissora já estão nas ruas cumprindo as pautas definidas e, dependendo da velocidade em que são produzidas e editadas, entram diretamente no Bom Dia Pernambuco.
5. CONCLUSÃO
O objetivo deste trabalho foi o de avançar na pesquisa sobre o Bom dia Pernambuco oferecendo uma análise sobre as rotinas de produção, as pautas trabalhadas, os critérios de noticiabilidade, o compromisso com o telespectador e a ética desenvolvida e trabalhada pelos profissionais que compõem o telejornal.
Um aspecto de grande importância percebido é o de que, muitas vezes, determinada notícia é produzida e divulgada em inúmeros programas jornalísticos e até não-jornalísticos, mas que o enfoque dado a esta notícia se torna diferenciado de acordo com o que é pretendido com ela. Como exemplo, alguns programas, que não é o caso do Bom Dia Pernambuco – pelo menos nas edições analisadas neste trabalho, aproveitam o fato para dramatizar, tornar a notícia sensacionalista de modo a obter uma maior audiência.
Bucci (2000, p.37) diz ainda que, “uma das constantes da televisão brasileira é o fato de seu telejornalismo se organizar como melodrama, e que informar somente não basta, o programa precisa chamar atenção, surpreender e assustar.” Esta citação vai de acordo com a política do “Pão e Circo”, característica do Império Romano. O Bom Dia Pernambuco não demonstra explícitas manipulações decorrentes de políticas empresariais, não apresenta os fatos com sensacionalismo, não surpreende e nem assusta o telespectador em suas matérias. O que significa que, pensando friamente, o programa tem como foco principal a credibilidade jornalística junto ao público, o que, consequentemente, o torna líder de audiência no horário em que é transmitido.
Credibilidade é algo que o telespectador busca e que faz gerar confiança.
“A credibilidade é produzida com qualidade editorial, que pressupõe conhecer o leitor, atender suas necessidades e antecipar-se a elas, fazer valer seus direitos, defendê-los, informá-lo com exclusividade e em primeira mão, escrever numa linguagem que ele entenda e goste, com a qual ele aprenda e se divirta. Daí nasce a relação de confiança. O público não vai atrás do anunciante, mas o contrário. Este é que vai atrás do público, beneficiando-se legitimamente da relação de confiança que vincula o cidadão-consumidor a tudo aquilo que o jornal ou a revista publicam” (BUCCI, 2000, p.66).
Desta forma, a equipe do Bom dia Pernambuco trabalha com o propósito de demonstrar a seu público uma preocupação com a honestidade e com os valores sociais. Mas apesar dessa constatação, apesar de não termos encontrado nas edições analisadas violações explícitas à moral e à ética jornalística, é importante salientar que o público não pode ser inteiramente passivo e acrítico no ato da recepção.
Em um programa noticioso, mesmo que não predominem interesses político-econômicos, o que é veiculado passa por um processo de manipulação, mesmo não intencional. Afinal, a escolha do que vai ser exibido e de como vai ser exibido é exclusivamente da equipe de reportagem. Isso faz com que o que chaga ao público não seja um fato real, puro e simples, mas sim, uma representação, um determinado ponto de vista feito a partir dessa realidade. O que se quer dizer é que, baseado numa ideologia subjetiva, os jornalistas realizam produções como o espelho preciso do real, o que é uma falácia.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOURDIEU, P. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
BUCCI, E.; KEHL, M. R. Videologias. São Paulo: Boi Tempo, 2004.
BUCCI, Eugênio. Sobre ética e imprensa. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
BUCCI, Eugênio. A TV aos 50 – criticando a televisão brasileira no seu cinqüentenário. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2000.
VIZEU, A. Decidindo o que é notícia: Os bastidores do telejornalismo. 2ªed. Porto Alegre: Edipuc-RS, 2001.
Associação dos militares orienta membros a não saírem para trabalhar sem colete.
Acesso em 30 de março de 2010 e disponível em: http://pe360graus.globo.com/videos/cidades/greve/2010/03/30/VID,15891,4,67,VIDEOS,879-ASSOCIACAO-MILITARES-ORIENTA-MEMBROS-SAIREM-TRABALHAR-COLETE.aspx
Recife recebe feira sobre acessibilidade e turismo.
Acesso em 30 de março de 2010 e disponível em:
http://pe360graus.globo.com/videos/cidades/cidadania/2010/03/24/VID,15801,4,96,VIDEOS,879-RECIFE-RECEBE-FEIRA-SOBRE-ACESSIBILIDADE-TURISMO.aspx
Série Giro pelo Nordeste: Em Fortaleza, existe até cardápio vegetariano no refeitório.
Acesso em 30 de março de 2010 e disponível em:
http://pe360graus.globo.com/videos/educacao-e-carreiras/ensino-superior/2010/03/30/VID,15889,35,342,VIDEOS,879-UNIVERSIDADES-FORTALEZA-EXISTE-CARDAPIO-VEGETARIANO-REFEITORIO.aspx
Créditos à: Andressa Anjos, Cleyton Douglas, Isabella Andrade e Vítor Albuquerque.
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