Muitos desses aparelhos já são utilizados por clínicas médicas e hospitais de grande porte. Os mais comum é o Raio X, que utiliza radiação para verificar qualquer mudança no corpo. A Ressonância Magnética veio como um avanço, após o Raio X. Ela permite imagens em duas ou três dimensões, de qualquer parte do corpo. É um exame moderno, pois não utiliza radiação e sim, um forte campo magnético e ondas de rádio que permitem a formação de imagens.
O Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está realizando um projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE), de um equipamento desenvolvido na Itália, no final dos anos 90, e disponibilizado para pesquisa em 2003.
No Brasil o primeiro equipamento foi da Escola Paulista de Medicina, o segundo da Universidade Federal de Minas Gerais e, o da UFPE, foi o terceiro (em abril de 2009), sendo na época, o oitavo aparelho no mundo. O projeto tem a coordenação da professora de Fisioterapia da UFPE, Armèle Dornelas de Andrade.
O nome do equipamento é Pletismógrafo opto-eletrônico, da empresa Italiana, BTS Bioengineering. É um equipamento de pesquisa que avalia a função pulmonar utilizando oito câmeras de alta resolução e um software que calcula as medidas dos volumes pulmonares distribuídos em três compartimentos da caixa torácica e dos dois hemitórax, separadamente.
O instrumento, além de informar o percentual da distribuição do volume pulmonar ocupado nos compartimentos da caixa torácica pulmonar, caixa torácica abdominal, região do abdômen, durante a respiração tranquila e o exercício em pacientes com alterações de saúde que interfiram na respiração, também mede a falta de sincronia torácico-abdominal.
Cyda Reinaux, Mestre em Fisioterapia, do Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar da Universidade Federal de Pernambuco conta que “os voluntários geralmente são pacientes envolvidos nas pesquisas e sentem-se privilegiados em poder ter acesso a um aparelho novo e poder proporcionar auxílio no diagnóstico e acompanhamento da resposta terapêutica da sua doença.”. Ressalta Cyda.
“Esse trabalho ainda está sendo aplicado somente para pesquisa. Os médicos que entendem o que o aparelho proporciona que é, avaliar a distribuição dos volumes da caixa torácica, estão animados, pois é uma proposta inovadora, que nenhum aparelho ofereceu ainda. Então, isso vai melhorar além do diagnóstico, o acompanhamento terapêutico do paciente feito através do tratamento medico que é proporcionado.” Frisou Armèle Dornelas.
Já foram realizados trabalhos em crianças, adolescentes, adultos, idosos, obesos, pessoas que praticam exercício e asmáticos. Qualquer um que tenha doença que afete o aparelho respiratório pode ser avaliado.O aparelho não oferece risco nenhum a quem o utiliza, pois avalia o mesmo de forma evasiva.
O paciente coloca sensores que percebem a respiração do mesmo, fazendo com que o aparelho filme todo o processo de deslocamento da caixa torácica que é transformado em volume pulmonar através de um cálculo. “Ele só respira na frente do aparelho, não precisa fazer esforço nenhum, nem colocar bocal nem nada. São oito marcadores que são colocados na região torácico-abdominal, na frente e atrás do tórax. O deslocamento é calculado para verificarmos o volume pulmonar do paciente. Dependendo do teste, meia hora à uma hora.” Comentou Cyda.
No Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar da UFPE, existem vários aparelhos novos que estão sendo estudados. A Plataforma Vibratória, mais nova aquisição do Laboratório que chegou este mês, é um instrumento que vibra, quando o paciente o toca, determinando a frequência que desloca minimamente contra ações da musculatura que possa ser trabalhada, com isso, aumentando a hipertrofia e a força muscular. A proposta é para aqueles que têm fraqueza muscular.
Fotos: Vítor Albuquerque/Divulgação
Confira o áudio da entrevista com Cyda Reinaux! Clique aqui.
Outras informações, acesse o site da empresa: BTS Bioengineering
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