terça-feira, 15 de maio de 2012
Jamais vu: o “nunca visto”
Quando se é ouvido o termo Déjà vu, o primeiro pensamento que vem à cabeça, na maioria das vezes, é a tentativa de desvendar o significado. Muitos já associam com pressentimentos e superstição, mas o que realmente significa?
O termo Jamais vu é o oposto do famoso Déjà vu. A experiência acontece numa situação casual, por exemplo: O cidadão que utiliza o mesmo caminho para voltar para casa todos os dias, em certa vez, ele esquece ou simplesmente não sabe onde está, mas, naquele momento, o inconsciente dele sabe onde ele está; isso causa um desconforto muito grande. Muitos, ao sentir o Jamais vu, começam a se desesperar no momento do ato e já pensam em procurar alguém que possa ajudar. É nessas horas que surge a dúvida, a quem procurar?
Jamais vu e suas derivações são consideradas, às vezes, uma ideia recalcada fora do consciente. Então, a vítima pode, num outro momento, ir para um determinado lugar em que o inconsciente reconhece algo daquela situação, só que quem sofre não sabe dizer o que significa.
A experiência não é muito divulgada nem discutida na sociedade, por isso tamanho estranhamento quando sentimos o Jamais vu. Alguns médicos que estudam o cérebro, como psicólogos, psiquiatras e psicanalistas podem ajudar, e muito, a clarear a mente daqueles que estão aflitos com o fato ocorrido.
“São pensamentos inconscientes recalcados”, frisou a médica psicanalista, Ana Lúcia Falcão. De acordo com ela o Déjà vu e suas derivações, ocorrem no inconsciente. “É uma coisa que todo mundo tem. Raiva, ódio, amor, paixão... São sentimentos e ideias que todos têm e que não podem fazer tanta diferença.”
Mas, o que todos desejam saber seria o que de fato significa o fenômeno Jamais vu, por que ele acontece e qual o tratamento. A associação do acontecimento com ciência é bem comum. Já os religiosos acreditam que nossa alma ‘viaja pelo tempo’ enquanto dorme, e por isso, temos a sensação de que já vivenciamos aquilo.
Ainda de acordo com Ana Lúcia Falcão, só é necessária a procura de um profissional quando a situação se agravar bastante: “Eu acho que procurar um psicanalista só é válido quando a experiência estiver proporcionando um incômodo muito grande. Quando o paciente estiver sofrendo ou então se essas sensações tornam-se num grau de sofrimento incontrolável.” Afirmou Ana Lúcia
Estudiosos da área acreditam que o fenômeno é explicável como se o inconsciente estive reconhecendo acontecimentos ou querendo se expressar, isso significa que quanto mais a vítima puder compartilhar seus conflitos, melhor.
Muitos acreditam que esses fenômenos acontecem em relação à esquizofrenia, um tipo de sofrimento psíquico, classificado entre as psicoses e alterações do pensamento, alucinações, delírios e alterações no contato com a realidade. Mas, para os psicanalistas, além de não ser considerada uma patologia nem uma psicopatologia, chega a ser comparada com a doença.
“Para nós psicanalistas, as experiências não podem ser relacionadas à esquizofrenia, pois a doença tem um padrão bem definido. Para que seja identificada a esquizofrenia em um paciente, é necessário que sintomas gravíssimos venham à tona, e o Déjà vu ou Jamais vu, são fatos tão minúsculos que raramente ocorrem no dia a dia.” Ressalta a psicanalista.
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