Ao entrar na exposição, percebi a quantidade de
detalhes para querer mostrar o lado bom e ruim da vida. De cara, podemos até perceber
que se trata de uma exposição série, mas ao “estudar” a exibição, notei que o
artista puxa muito para o humor. Como que Liniers tem a paciência e as ideias
de passar ao mundo tudo que temos a oferecer? Delicado e detalhista, o
quadrinista Argentino se parece pouco comigo. Posso até notar a diferença entre
o bom e o ruim, até saber mostrar, mas da forma que ele encontrou, nunca.
As histórias são pequenas e diretas. Já
as pinturas, muito abstratas e até difíceis de fazer. Ele une diversos quadros
para fazer a pintura em todos eles, dando trabalho e paciência, coisa que eu
tenho pouca.
As historinhas chamam atenção pela
sinceridade e humor. Por exemplo, um que achei bastante engraçado: dois amigos
estão na chuva e, ao abrir a sombrinha, a chuva para. Ao fechar, a mesma volta
e assim sucessivamente. Enquanto isso, os amigos comentam um com o outro que “o
dia hoje está mais para soluço”, dando a entender que a chuva está com soluço,
pelo fato de cair e parar.
Tenho a plena certeza de que muitos vão ver
a exposição, achar bonito e não entender o que ela passa. Outros entenderão,
mas não terão paciência de ler todas as histórias em quadrinhos e outros vão
ler todas e não entender. Posso falar por mim, não li todas, entendi algumas e
gostei muito dos detalhes. É incrível como uma pessoa consegue mostrar a
sociedade tamanha importância com a vida, humor e até o mítico e estranho mundo
imaginário, com cabeças flutuantes e monstros de chapéu. Uma exposição quase
que 100% surreal.
Ao final de tudo, gostei bastante e
indico a quem quiser relaxar a mente e viajar um pouco no mundo surrealista,
que pode trazer surpresa para cada tipo de leitura.
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