1ª questão: Interpretar o comportamento dos personagens do filme “O Invasor” a partir de Hobbes e Maquiavel.
O filme mostra o lado negro da vida. A competição, a necessidade de vencer e até que ponto pode chegar o suborno e a máfia. O que muitos já sabem é que existe uma máfia por trás de quase tudo ilegal na vida. Até aí, tudo bem. Mas, quase metade dessas pessoas que sabem disso, não tem conhecimento de onde vem a máfia.
Tomamos como exemplo o filme; sócios contratam um matador para eliminar um terceiro sócio e ficar com a parte deste na empresa. Até o final do filme, vemos que há parcerias que são feitas e acordos sigilosos. Mas, quando o sócio correto decide abrir o jogo, é surpreendido com um policial corrupto que acoberta todo o caso, fazendo de mandante o sócio que planejou tudo.
De acordo com Maquiavel, o Estado e o governo devem ser mostrados como realmente são e não como deveriam ser. O que é explícito (somente para o telespectador) no filme. O que fica implícito é que a máfia continua e os segredos são muitos. Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado.
O matador contratado pelos sócios fez seu serviço, mas não ficou somente até aquele ponto. Ele cercava a vida dos empresários, fazendo de um inferno toda uma situação que, supostamente, era para ser extinta. Então, resumindo, na ideia de Hobbes, realmente, os empresários só poderiam ter paz se concordassem com o que o matador queria.
2ª questão: Interpretar o comportamento dos personagens do texto “Nossa história” que conta dos 26 anos do Movimento Sem Terra, a partir dos pensamentos de Rousseau e Locke.
Num país como o Brasil, onde governantes e concessionários se tornam “donos” das “terras públicas”, fica difícil o controle desses espaços, que deveriam ser usados para a melhoria dos cidadãos.
O Movimento Sem Terra (MST) completa, este ano, 26 anos. A maioria da população, quando ouvem falar do MST já associam a guerras, brigas, discussões e interrupções na vida metódica do país. Mas o que muitos não sabem é que o MST vem lutando pelos direitos que são nossos.
A Reforma Agrária é o ponto que mais é estudado e pedido pelo movimento. Um dos pontos principais é a produção de alimentos, que deve ser feita pensando no país, no melhor para sua população e não somente para exportação e baseado em bolsa de valores.
O que o MST vem fazendo é justamente o pensamento de Rousseau, em que ele fala que o homem não pode renunciar à sua liberdade, diferente do pensamento de Locke: "o homem, por ser livre por natureza, não pode ser privado dessa condição e submetido ao poder de outro sem o próprio consentimento".
O liberalismo, que é um sistema político-econômico baseado na defesa da liberdade individual, é explícito no texto e o que os teóricos pensam sobre o assunto é basicamente diferente.
Para Locke, o homem nasceu sob o “estado natural” ou “de natureza”: não existia poder comum ou lei estabelecida, exceto a lei natural, que é a razão humana e para Rousseau a democracia deveria dar-se de maneira direta.
Resumindo, se Locke pensa que o liberalismo parece ser maior do que a democracia, ao falar de Rousseau, temos exatamente a impressão contrária.
3ª questão: Relacionar o documentário “Vocação de poder” com o texto “Como Controlar o Representante? Considerações sobre as Eleições para a Câmara dos Deputados no Brasil” de Jairo Nicolau.
O documentário “Vocação de Poder” mostra todos os bastidores que é um ano de votação. Desde a candidatura, até a possível eleição do candidato. O documentário tenta mostrar como é a vida de cada um deles, com vídeos do dia a dia e como fazem para “buscar” seus votos. O espectador nota, a medida que vai se passando, o que é necessário para poder conseguir a confiança dos eleitores.
Muitos apelam para o poder já “inserido” em família, como é o caso do candidato a vereador que tem pais deputados. A influência que ele sofre dos pais é tamanha, que pode até ser confundida por alguns eleitores, achando que aquele candidato é igual ou parecido com seus ancestrais. Mas até que ponto pode chegar essa “influência”?
O que muitos eleitores não sabem (deveriam saber, pois o poder está em suas mãos) é que existem formas de controlar a atividade parlamentar no país. São alguns: lista aberta, votação apenas na legenda, coligações entre outras.
O que não fica exposto no documentário é o poder que é imposto à muitos dos candidatos. Tomamos como exemplo o caso do candidato Carlo Caiado. Família na política e novo quando se candidatou, Carlo sofreu forte pressão e assim, ganhando um poder imenso quando eleito. Era de se notar que ele tinha uma vocação ao poder, somente pela influência familiar, como é o caso do candidato com pais deputados, com poder ainda maior.
A candidatura da pastora Márcia foi um dos fatores que mais chamou atenção no filme. Só pelo fato dela já ter o “poder” em suas mãos, por ser pastora, de cara já havia conseguido muitos votos. Não foi surpresa para ninguém que ela tenha sido eleita.
Um dos elementos que o texto “Como Controlar o Representante? Considerações sobre as Eleições para a Câmara dos Deputados” de Jairo Nicolau abrange é a Clareza de responsabilidade, que permite os eleitores identificarem o partido responsável pelas políticas implementadas pelo governo, dando a eles um poder de votação ainda maior. Então, Jairo Nicolau afirma:
“Portanto, um elemento fundamental para definir a clareza de responsabilidade é o grau de apoio parlamentar do governo. Os governos unipartidários e majoritários, tal como os gabinetes formados no Reino Unido nas décadas de 80 e 90, por exemplo, possibilitariam um alto grau de clareza de responsabilidade por parte do eleitor.”
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