Me diga uma coisa, não é lindo um jardim florido e verde?
Principalmente quando não é o nosso jardim, pois não temos de nos preocuparmos.
Muitos nem sequer têm a benção de ter um jardim em suas vidas, mas aqueles que
a tem, devem recebê-la com gratidão e cuidar para que seu jardim não venha a
tornar marrom.
Mas, e quando você não quer ter um jardim? Quando você nunca
soube o que é ter um jardim? Não sabia como cuidar, nem como agir e, de
repente, você é presenteado com um jardim enorme, cheio de plantas, flores e
árvores? No início, é doloroso ter de aguar, adubar e cuidar de todas as
plantas, para que não morram. Quando não se sabe cuidar de um jardim, é como
subir um piano pelas escadas até o vigésimo andar. Doloroso, complicado,
difícil, mas um dia percebemos que ter um jardim é a benção mais maravilhosa
que Deus pode nos dar e, até tomamos gosto por aquilo.
Como sempre, o tempo não para e parece que vamos esquecendo daquela
benção; quando ganhamos o jardim. Infelizmente, nos acostumamos com a grama do
jeito que está. Quando as plantas precisavam de água, corríamos para dar água,
mas não cuidávamos para que as plantas nunca viessem a sentir sede. O maior
erro de um bom jardineiro é não cuidar e zelar pelo próprio jardim e, se for
tarde demais, as plantas morrem e não há mais o que fazer.
Porém, em seu último suspiro, as plantas gritam e pedem por ajuda.
Um bom jardineiro fiel corre às pressas, joga água, joga adubo, mas requer um
tempo para que este jardim floresça novamente. Este tempo, deve ser respeitado.
O papel de um jardineiro fiel, neste momento é o de cuidar, estar junto, amar
muito, aguando e adubando, para que as plantas não morram; até que se torne
verde e florido e que toda essa angústia nunca mais se repita e o jardim não
venha a tornar marrom.
Assim é o amor entre dois seres, o jardineiro e o jardim.